segunda-feira, 3 de abril de 2017
O que se está a passar actualmente no futebol português não é nada de novo, passa-se sempre que alguém se recusa a estender a passadeira, prestar vassalagem ao Benfica/clube do regime. Hoje com o F.C.Porto, ontem com o Sporting, no passado com outros clubes, Braga em 2009/2010, por exemplo. Nesta época estabeleceu-se como uma espécie de desígnio nacional o tetracampeonato para o Benfica, algo nunca conseguido pelo clube do regime. Como a dada altura tudo corria sobre esferas, era tudo um mar de rosas, o futebol português estava aí e recomendava-se. Como as coisas se complicaram e muito, voltaram as carpideiras do regime. Que bom seria se o F.C.Porto abdicasse... Como o F.C.Porto não abdica, vale tudo, do nada se faz muito, do muito se faz nada. Quem tinha o dever do rigor, equilíbrio e equidistância, há muito que perdeu a vergonha na cara e não tem, todos os dias somos confrontados com comportamentos que nos causam as maiores perplexidades. Há neste país e em particular numa comunicação social quase totalmente prostituída, quem tenha perdido completamente a noção das coisas, pise a ética e a deontologia diariamente, tenha atitudes inqualificáveis, lastimáveis, miseráveis... mas depois, como fossem um exemplo para alguém, são os primeiros a atirar pedras aos outros e a gritar que é preciso pôr mão nisto.
Este é o último exemplo:
De repente, saído do nada, os desavergonhados do clube do regime, com a conivência de algumas prostitutas que estão sempre de pernas abertas para os servir, descobriram uma pretensa falta no golo do F.C.Porto. Percebe-se, é preciso arranjar um fait divers para retirar do centro da discussão alguns acontecimentos, dentro e fora do campo que colocam o Benfica/clube do regime muito mal na fotografia. Faz muito bem Maxi em rir-se do pagode... Sim, porque é um pagode que a Benfica Tv tenha descoberto essa pretensa falta tarde e a más horas. Fica um vídeo interessante com alguns lances do jogo.
Para que não pensem que estou a falar por falar, fiquem com o que escrevi em dois posts do passado, um em 2010 e outro em 2014. Leiam-nos e vejam se não continuam actuais.
Querem paz, tranquilidade e harmonia no futebol português? 06 de Maio de 2010:
«Já aqui mostrei, suportado em vários exemplos vermelhos e com imagens que não deixam dúvidas, que a violência, os comportamentos incorrectos, as atitudes provocatórias e reprováveis, não têm, infelizmente, côr, que nesta matéria não há anjos e demónios, não há inocentes e culpados. Mas como se viu antes, durante e depois do F.C.Porto/Benfica, a propaganda não faz outra coisa senão culpar o F.C.Porto e os portistas do que aconteceu e do que tem acontecido. Já aqui falei do vergonhoso comportamento da SIC - a PSP, segundo sei, manifestou junto da estação de Carnaxide o mais vivo repúdio pela reportagem, mas desse repúdio, ninguém deu conta, apesar de haver Orgãos de Comunicação Social que tinham a notícia... O que demonstra bem ao que isto chegou. Tão valentes para atacar e denegrir o F.C.Porto, tão cobardes quando se trata de tocar no Benfica! -, do miserável comportamento do realizador Vasconcelos, da pouca vergonha que é a Benfica TV - falarei deles mais à frente... -, mas podia também falar do pasquim da Queimada, do Record, do C.da Manhã, da TVI, de colunistas homens e mulheres que parecem homens, de paineleiros com problemas nas mãozinhas, ou e para finalizar, de "senadores patetas", que não fizeram e fazem outra coisa senão apregoar que a violência é azul e o F.C.Porto é o império do mal. Ora, meus caros amigos, esta gente que tanto fala em paz, em harmonia e em tranquilidade para o futebol português, não quer a paz, ou então a paz que eles desejam é à custa da abdicação do F.C.Porto, um F.C.Porto que não represente perigo, à custa de um F.C.Porto perdedor - ao fim e ao cabo, um regresso ao passado, um F.C.Porto que aceite tudo, que não reclame, mesmo quando é vítima e em variadíssimas circunstâncias, de tratamento desigual, de perseguições inqualificáveis, de acincalhamentos na praça pública... Eles bem tentaram, bem tentam e vão continuar a tentar, mas nós nunca permitiremos que aconteça e por isso tirem o cavalinho da chuva... Se de facto querem um futebol melhor em Portugal, é fácil: comecem por tratar o Grande Clube da Invicta, seus dirigentes, profissionais e adeptos com respeito e dêem-lhe o destaque que merece, por tudo o que tem feito pelo desporto em geral e pelo futebol português em particular. Vão ver que a paz regressa rapidamente ao futebol... »
As Carpideiras. 11 de Março de 2014:
«Quem os ouve, vê ou lê, até pode pensar que eles quando enchem a boca a dizer que querem um futebol mais credível, mais transparente, capaz de chamar mais público aos estádios, etc., estão a falar verdade, é mesmo isso que querem. Tanga, uma grande tanga! O campeonato pode ser o pior possível, podem acontecer as maiores poucas vergonhas, mas se o crónico vencedor em vez de ser o F.C.Porto, fosse o Benfica, tudo podia ser igual ou ainda pior, que não havia problema. Basta ver o que aconteceu em 2004/2005, ano do tenebroso Estorilgate, nome porque viria a ficar conhecido esse campeonato ganho pelo Benfica de Trapattoni. Quem quer um futebol melhor, mais saudável, mais transparente e mais credível, não alimenta as piores teorias da conspiração; não promove programas que são autênticas noites da má língua, onde o mais puro fanatismo clubístico prevalece, onde o futebol fica de lado e se discutem durante horas a fio, com a ajuda de imagens em câmara lenta, os erros dos árbitros. Para além disso, basta ver como são tratados os erros quando são a favor do F.C.Porto ou dos seus rivais, como já dei conta em variadíssimos posts. Basta ver como são encaradas as nomeações dos árbitros, com silêncio em relação às mais polémicas que envolvem os Dragões, fazendo um levantamento exaustivo de todo o currículo do juíz, procurando mostrar erros que beneficiaram os azuis e brancos, mas quando são sempre os mesmos árbitros para jogos do clube do regime, alguns com um histórico pouco recomendável em relação ao clube da Luz, aí é tudo natural, normal, nada é colocado em causa.
Portanto e concluindo: as carpideiras podem continuar a carpir mágoas, mas enquanto o futebol português for olhado e tratado, por quem tem o dever de ser isento, equilibrado e equidistante, com facciosismo, falta de rigor e de ética, tratando uns como filhos e o outro como enteado, só haverá paz e tranquilidade para um futebol melhor em Portugal, se o F.C.Porto abdicar e isso está fora de questão.»