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sábado, 20 de maio de 2017


Agora que estamos no lavar dos cestos de um campeonato que todos, á excepção do regime, foi descaradamente tributado pelos árbitros para que um sonho de treta se realizasse em tetra, é hora do universo portista reflectir.
Mas reflectir com ideias objectivas, práticas e racionais, e não absurdas, estapafúrdias ou emocionais!
Uma das primeiras reflexões, prende-se com o caminho a seguir. Queremos continuar nesta senda de dança de treinadores ano após ano ou inverter o ciclo e tornar ao trilho do sucesso?
Esta pergunta só há uma pessoa que pode e deve responder: Pinto da Costa.
Foi ele que afirmou publicamente que tínhamos batido no fundo. Foi ele que publicamente disse que não iria olhar para o passado, mas sim para o futuro. E foi ele que publicamente declarou que não estava agarrado ao poder.
Tudo isso é muito bonito, mas não passam de palavras de circunstância. Neste momento, nós adeptos, sócios e simpatizantes, queremos ver o F.C.Porto no caminho certo que foi encetado nos princípios dos anos 80. Queremos um F.C.Porto lutador, corajoso e incómodo perante o poder vigente e perante uma comunicação social que se prostitui gratuitamente perante um clube que nada faz para o sucesso do futebol português, bem antes pelo contrário.
Está nas mãos de quem manda, dizer se ainda tem forças e vontade para retomar a luta. Está nas mãos de Pinto da Costa, dizer se quer ser apenas e só um presidente que bateu o record de longevidade à frente de um clube, ou se quer ser activo e intransigente na defesa do nosso sagrado bom nome. É para irmos para a luta ou para a resignação?
Nunca ninguém conseguiu construir uma casa pelo telhado. Os alicerces são a estrutura base de qualquer edifício. Os nosso alicerces neste momento estão enferrujados. Ameaçam ruir. E para além da ferrugem, alguém veio dinamitar todo um sistema que faz com que o nosso campeonato mais pareça uma tríade chinesa ou uma máfia russa, uma transparência ilegal que chega a parecer que é legitima e honesta! Mas já chega de falar em polvos. Temos é que unir esforços e cozinhá-los em lume brando para eles sentirem bem na pele o que é ser estranho ao poder central.
Precisamos de um timoneiro que nos leve a bom porto. Quem se sentir com coragem, mas sobretudo com ideias plausíveis de abraçar um projecto de sucesso - e não com frases ocas e populistas como vai acontecendo há longos anos no Sporting - que avance. Quanto mais não seja para mostrar a quem está no poder, que há gente capaz de suceder a quem tudo nos deu, mas que agora nada nos dá!

Estou demasiado triste para continuar a escrever. Espero que apareça alguém que saiba me fazer feliz. A mim e a todos os portistas que se sentem incapazes de abandonar quem amamos muito. Nem que para isso tenha que atravessar um curto deserto. Até porque recuso-me a dizer: para o ano há mais!

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