sexta-feira, 9 de junho de 2017
Fotografia: Ivan Del Val/Global Imagens
Da esquerda para a direita: Diamantino Figueiredo, Siramana Dembélé, Sérgio Conceição, Vítor Bruno e Eduardo Oliveira.Uma coisa dou por adquirido: o discurso de Sérgio Conceição não tem nada a ver com os seus antecessores. Como disse no post anterior, vai haver muito mais emoção, paixão, ambição, frontalidade. O resto... o melhor é esperar para ver.
Ontem à noite no Porto Canal e no programa Universo Porto, Parte I, Universo Porto, Parte II, o tema foi o novo treinador do F.C.Porto, apresentaram-se alguns pequenos vídeos com jogos do Nantes, objectivo: dar a conhecer aos adeptos dos Dragões, mesmo que de forma muito sucinta, uma ideia de como jogava a anterior equipa do seu novo treinador. E o que vi na forma como o Nantes evoluía ofensivamente e a quantidade de jogadores que colocava na zona de finalização, agradou-me - pouca gente no processo ofensivo e a aparecer na zona de finalização, era uma pecha que nós aqui fomos criticando às equipas do F.C.Porto nas últimas épocas -, mas, primeiro, o futebol francês não é o futebol português - há mais espaço. Segundo, o Nantes não é o F.C.Porto. Frente ao anterior clube de Sérgio Conceição, as equipas não jogavam fechadas, utilizavam autocarros, como acontece em mais de 90% nos jogos dos Dragões no campeonato português.
Assim, Sérgio Conceição tem pela frente uma tarefa hercúlea, não é, de repente, a panaceia que vai resolver todos os problemas do F.C.Porto com um toque de magia. Portanto, é fundamental acreditar, mobilizar e motivar, mas calma, ponderação e sensatez, nada de começar já, para o ano é que vai ser! Até porque e é muito importante, não sabemos os meios que vão ser colocados à disposição do novo treinador - ver mais abaixo(*). Não é cepticismo, é realismo. Fruto de quatro épocas em branco, os portistas estão carentes, agarram-se a qualquer coisa que lhes dê esperança. É natural, compreende-se, mas deve ser feito com equilíbrio, para, como tem acontecido ultimamente, não andemos constantemente entre o 8 e o 80, entre a euforia e a depressão.
- Ó Quaresma, vai apanhar sol na moleirinha. Os adeptos do F.C.Porto não papam gelados com a testa, sabem muito bem que os problemas financeiros do F.C.Porto não são culpa dos treinadores, são culpa de quem dirige.
Sobre as denúncias do F.C.Porto, vocês no panfleto da queimada deviam ter vergonha na cara, mas vergonha na cara é algo que já perderam há muitos anos.
Idem para o freteiro com calo no cu como o macaco, Delgado. A denúncia das poucas vergonhas, verdadeiros escândalos com origem no clube da Porta 18, presidido pelo Midas que deve centenas de milhões, é mera ficção, é uma fuga para a frente do F.C.Porto. Não, meu escroque, não é. Uma coisa são os problemas que o F.C.Porto tem e tem de resolver, outra coisa é a denúncia das poucas vergonhas levadas a cabo por um polvo gigantesco que é notório e que à medida que se vai tornando público vai incomodando cada vez mais o benfiquismo. Mas compreende-se que um jornal recheado de prostitutos ao serviço do clube do regime, tente disfarçar e desculpar a bandalheira deste estado lampiânico, dizendo que não se passa nada, são apenas desculpas de mau perdedor por parte do F.C.Porto. Um jornal que tem um histórico de manchetes a disfarçar os fracassos do clube do regime, mesmo quando o El Carnidão ficou em quarto lugar a 23 pontos do campeão, ignorar esta pouca vergonha, reduzi-la a uma fuga para a frente, diz bem do tipo de massa que são feitos os jornalistas, entre aspas, do pasquim da queimada. Quando foi do Apito Dourado, era, tremei capones. Agora um silêncio ensurdecedor.
- Por mais que te incomode, por mais que tentes chutar para canto, ignorar, não vais ter sorte, vais ter de aguentar... e se o calo no cu inflamar e te perturbar, mete pomada que se isso porque é crónico não passa, alivia e atenua.
Que o clube do regime, incomodado com o escândalo que se abateu sobre si e com a ajuda de papagaios verdes de bico encarnado, zarolhos, cartilheiros, recadeiros e afins, procure disfarçar, compreende-se, como se compreende que por essas razões não queira Pedro Guerra a falar sobre o assunto na BTV. Mas que a TVI 24 avance para uma edição especial do programa Prolongamento para que o cartilheiro-mor se defenda, é o fim da picada, diz muito sobre o estado da informação em Portugal.
PS 1- Fernando Guerra, o nosso qiduxo reco-reco, na BTV. Será que ainda continua no panfleto da queimada? Não me admirava nada... Se ele já lambia o Midas que deve centenas de milhões, no panfleto, imagino na BTV...
PS 2 - Ó Chouro, a sério, ainda tens lata para falar no Apito Dourado?
(*) - Última hora:
Acordo entre F.C.Porto e UEFA sobre o fair-play financeiro:
«O acordo de liquidação abrange as temporadas desportivas de 2017/18, 2018/19, 2019/20 e 2020/21.
FC O Porto compromete-se a alcançar o cumprimento do equilíbrio financeiro até ao período de monitorização de 2020/21 (ou seja, os relatórios financeiros que terminam em 2018, 2019 e 2020).
O FC Porto compromete-se a reportar um défice máximo de equilíbrio financeiro de 30 milhões de euros no final do ano financeiro de 2017, de 20 milhões de euros no final do ano financeiro de 2018 e de 10 milhões de euros no final do ano financeiro de 2019.
O FC Porto aceita que, para o ano financeiro que termina em 2018 e para o ano financeiro que termina em 2019, o rácio entre as despesas com funcionários e as receitas, bem como os custos financeiros, estão restringidos e que o resultado líquido de actividades de transferências está definido.
O FC Porto aceita pagar um montante total até 2,2 milhões de euros, os quais serão retidos de quaisquer receitas obtidas pela participação nas competições da UEFA a partir da temporada de 2016/17. Desse montante, 0,7 milhões de euros (700 mil euros) terão de ser pagos na íntegra, mesmo que se verifique a saída prematura deste regime de liquidação. O pagamento dos restantes 1,5 milhões de euros é condicional e poderá ser retido em determinadas circunstâncias, dependendo do cumprimento ou não por parte do clube das medidas operacionais e financeiras impostas no acordo de liquidação.
O FC Porto aceita que será sujeito a uma limitação do número de jogadores que poderá incluir na sua lista A para participação nas competições da UEFA. Especificamente, na temporada 2017/18 o Porto poderá inscrever apenas um máximo de 22 jogadores na sua lista A, em vez dos habituais 25 previstos nos regulamentos das competições, e um máximo de 23 jogadores na temporada 2018/19. Esta restrição será levantada na temporada 2019/20 e/ou 2020/21 se o clube cumprir as medidas operacionais e financeiras impostas no acordo de liquidação com o CFCB da UEFA.
O FC Porto aceita, durante o período de duração do acordo de liquidação, uma limitação calculada quanto ao número de inscrições de novos jogadores na sua lista A para o propósito de participação nas competições da UEFA. Este cálculo baseia-se na posição do clube na tabela de gastos líquidos de transferências em cada período de inscrição de jogadores cobertos pelo acordo. Esta restrição será levantada nas temporadas 2019/20 e/ou 2020/21 se o clube cumprir as medidas operacionais e financeiras impostas no acordo de liquidação com o CFCB da UEFA.»
PS 3 - Depois de ter apresentado o treinador e ser conhecido o acordo com a UEFA, espero que o senhor presidente fale aos portistas.
Diga, como chegamos aqui, mas mais importante, como vamos sair daqui.