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terça-feira, 27 de março de 2018

Para ele chegar ao mundial fresquinho como uma alface.

Na época 1990/1991, a luta pelo título durou quase até ao fim, conquistou-o o Benfica, à custa do F.C.Porto, na altura treinado por Artur Jorge. Para esse título muito contribuiu a vitória do SLB nas Antas por 2-0, o tal jogo dos dois golos de César Brito já perto do final do jogo. Quando o seu clube se sagrou campeão, o presidente da assembleia geral do clube do regime, Adriano Afonso, numa tirada definidora de uma certa forma de estar, afirmou que tinha sido o triunfo do bem sobre o mal. Se esta época, como todos esperamos e desejamos, o F.C.Porto for campeão, não vou dizer que é o triunfo do bem sobre o mal, mas vou dizer que é uma vitória contra a promiscuidade, compadrio, manipulação, arrogância e prepotência do Benfica e toda a máquina de propaganda que o serve, usando para isso métodos que fazem lembrar as piores práticas de um passado de muito má memória.

Serve esta introdução para dar conta da importância que terá para o F.C.Porto a conquiste do título e vou mais longe, também para o futebol português será muito importante que o clube do regime não seja penta. Ora, para conseguir chegar a meados de Maio na frente, ninguém tenha dúvidas, vai ser preciso que a equipa de Sérgio Conceição, para além dos atributos que uma equipa que quer vencer o campeonato sempre terá de ter, qualidade de jogo, organização, coesão e eficácia, tenha também muita raça, muita crença, junte a uma grande capacidade de luta, uma enorme coragem. Neste mês e meio que nos resta até ao final da época é fundamental que todos estejam de corpo e alma no Dragão, totalmente concentrados nos objectivos do F.C.Porto. Nem o treinador, nem os adeptos, que têm tido um comportamento extraordinário no apoio à equipa - Belém vai receber mais um imenso Mar Azul -, vão aceitar que não seja assim. Mundial? OK, é um objectivo de carreira, a maior montra do futebol, mas vem depois e só depois de terminar a época os jogadores estão autorizados a pensar nele.
Portanto, é preciso que o seleccionador do México, Juan Carlos Osorio, fique ciente de algumas coisas, ele que tentou meter foice em seara alheia - aqui.
Um, o F.C.Porto tem respeito pelos seus profissionais, nunca os trata como carne para canhão.
Dois, nesta altura decisiva meter jogadores jogadores que não estão a 100%, é correr riscos desnecessários, tanto porque não conseguem dar o rendimento pretendido, como podem agravar lesões, com as consequências que daí advirão.
Mas, a entidade patronal dos jogadores não são as selecções, são os clubes e os clubes não vão abdicar dos seus direitos, dos seus interesses, colocar profissionais muito bem pagos numa redoma para que possam chegar fresquinhos como uma alface à Rússia. Quem gere os profissionais do F.C.Porto são os seus técnicos e médicos, não é e nem vai ser o seleccionador do México ou de qualquer outro país. Mais, que o senhor Juan Carlos Osorio esteja preocupado com a situação clínica de Hector Herrera, até se compreende, que trate esta questão sensível na praça pública, pressionando a entidade patronal do jogador é uma tirada de péssimo gosto, um comportamento pouco recomendável.

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