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quarta-feira, 23 de outubro de 2019


No caso de Raul Alarcón, atendendo às circunstâncias - um controlo após uma queda violenta que o atirou para a mesa de operações e com os consequentes tratamentos e vários tipos de medicação -, mandaria o bom senso que se esperasse para ver. Mas não, o ciclista da W52 - F.C.Porto já está condenado e até por alguns portistas como Miguel Sousa Tavares. O colunista, cujo o enquadramento da notícia, no início da abordagem, deixa muito a desejar, não tem em conta vários factores importantes e que podem alterar a decisão, aliás na mesma linha do que aconteceu com Rui Vinhas - AQUI.
Portanto, sem meter a cabeça na areia, aguardemos... mas também ver adeptos de um clube, concretamente o Benfica, cujo currículo em casos de doping não tem paralelo no desporto português, que tem telhados de vidro que nunca mais acabam e para todos os gostos, leia-se, modalidades, cavalgarem o caso Alarcón, não deixa de ser sintomático...

Sobre as claques e falo sobre as do F.C.Porto, a minha posição é conhecida...
As claques nasceram para acarinhar, ajudar, com o seu entusiasmo e o seu apoio, as equipas dos seus clubes a serem mais fortes. Ainda me lembro, como se fosse hoje, do momento em que a claque do F.C.Porto soltou um enorme pano azul e branco e que ocupou quase toda a parte inferior da antiga arquibancada do antigo e saudoso Estádio das Antas, para espanto de todo o restante público e também dos escoceses do Aberdeen. Nunca tinha(mos) visto nada igual e aquele pano criou uma atmosfera que muito contribuiu para motivar, galvanizar e ajudar o F.C.Porto fazer uma grande exibição e a vencer o jogo. E não foi frente a uma equipa qualquer, foi frente a uma equipa que na altura era das mais poderosas da Europa e treinada por um técnico que viria a marcar a história do Manchester United, do futebol britânico e europeu, Alex Fergusan. Depois as coisas foram evoluindo, as claques crescendo, ganharam uma força e um poder excessivo, desvirtuaram-se, não raras vezes foram intervenientes e protagonistas em acontecimentos condenáveis.
Nos últimos anos, apesar dos tempos de crise que o F.C.Porto atravessa, as claques, LEGALIZADAS, do F.C.Porto, Super- Dragões e Colectivo, salvo uma outra excepção, têm tido um comportamento que não merece reparos, têm estado em todo lado, os seus cânticos de apoio fazem-se notar, não apenas com eles, mas muito por causa deles, o F.C.Porto nunca caminha sozinho. Têm dado muito mais do que têm recebido. Há quem dia, aqui d' rei, não pode ser assim, deviam apertar a SAD, treinador e jogadores, mandar uns petardos à camioneta, dar uns murros nos carros dos jogadores, etc. Muito bonito e muito didático. Isto está mal, é preciso mudanças, ninguém se chega, ninguém contesta nada, as claques que façam o trabalho sujo. Não, as claques não servem para isso, como não servem para atacar e perseguir aqueles que dentro dos seus direitos legítimos, criticam com respeito, objectividade e de forma construtiva, dirigentes, técnicos e jogadores. Espero que nunca cheguemos a este ponto no meu clube. Mas se isso acontecer, se a gritaria, a ameaça, a baderna, foi a forma de alterar o que é preciso alterar... é muito mau para o futuro do F.C.Porto.

Uma boa escovadela é fundamental...
No congresso da CIP, o ex-árbitro e agora presidente da Liga, Pedro Proença, em resposta a uma pergunta de Pedro Pinto - o da TVI e que às vezes, por coincidência, claro, engana-se e troca o nome do F.C.Porto...- moderador do painel, acerca do golo de Maicon no Benfica 2 - F.C.Porto 3, época 2011/2012, disse que se fosse agora, com VAR, não validaria o lance, por fora-de-jogo do na altura central do F.C.Porto. Ora, Proença disse o óbvio, mas é preciso ir mais longe e dizer umas coisitas mais.
Primeiro, parece que Pedro Pinto ainda não deglutiu aquele golo e de cachecol do SLB ao pescoço, não se inibiu de mesmo num congresso da CIP, colocar a questão a Pedro Proença - é mais um sinal deste nacional benfiquismo bafiento e que nem no tempo da outra senhora encontra paralelo.
Segundo, pena que Pedro Proença não tenha ido mais longe e explicasse porque não marcou um penálti claro de Cardozo, num lance antes do golo que deu a vitória portista, em que o paraguaio que representava o Benfica jogou andebol na área e o que acha faria o VAR nessa circunstância? Sim, porque a grande questão é, porque estando a dois metros do lance, o árbitro não marcou penálti. Sim, porque se o lance de Maicon é de responsabilidade do árbitro assistente, esse é do árbitro e só do árbitro.
Terceiro, como se recordam e isso foi aqui muito badalado, se não estou em erro, esse jogo foi a 9 jornadas do fim, o F.C.Porto saiu da Luz com uma vantagem de 3 pontos, viria a perder 4 - empates com Académica e Paços de Ferreira -, o que significa que se o Benfica, em vez de se queixar muito e com a ajuda da propaganda e das vaquinhas que na comunicação social estão sempre ao seu serviço, fizesse o seu trabalho, teria sido campeão. Aliás, foi o que fez no ano seguinte o F.C.Porto. Nunca baixou os braços, acreditou até ao fim, Kelvin marcou, Jesus ajoelhou e F.C.Porto campeão.
Mas como podem ver, os efeitos da propaganda rendem, passado tantos anos o lance do golo de Maicon ainda é considerado o que decidiu aquele campeonato. Campeonato que o SLB através de Gabi, papagaio verde de bico encarnado, e com a ajuda do mesmo antro de sempre, considerou um tributo dos árbitros.

Nota final:
A RTP Porto faz 60 anos. No meio de tantas peças e tantas recordações, ingenuamente, ainda fiquei na expectativa de ver alguma coisa sobre a histórica vitória do F.C.Porto na Taças dos Campeões Europeus de 1987 - até porque hoje é dia de Champions -, mas sou mesmo um totó! Os da redacção da RTP Porto, Hugo Gilberto, Carlos Daniel, Hélder Silva, etc., como sabemos, são muito sensatos direitinhos e equilibrados.



PS - Continua a ser apenas para manter o tasco aberto...

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