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segunda-feira, 8 de maio de 2023


Após a vitória do Benfica sobre o Braga, objectivo do F.C.Porto, consolidar o 2° lugar e continuar a lutar pelo título. Para isso só servia a vitória no jogo frente ao surpreendente Arouca. Não seria fácil em nenhuma circunstância, pior depois de um jogo muito desgastante física e emocionalmente, com o Famalicão.


Com Diogo Costa, Pepê, Pepe, Marcano e Wendell, Otávio, Grujic, Eustaquio e Galeno, Taremi e Evanilson, o F.C.Porto entrou a mandar, muita bola, mas na zona onde se decidem os jogos faltava sempre qualquer coisa. Ou o passe demorava a entrar, era errado, a opção não era a melhor.
Ao minuto 10 grande jogada, tudo bem feito menos a finalização de Taremi, bola na parte superior da barra.
Só dava Porto, o Arouca não saía da defesa.
Se a equipa da casa não atrapalhava, Diogo Costa resolveu ajudar, errou o passe, felizmente sem consequências.
Mas continuavam os mesmos defeitos, incapacidade flagrante para traduzir o domínio e superioridade em golos. Os dois médios centro, Grujic e Eustaquio, muito lentos a pensar e a executar, incapazes de encontrar o espaço na frente e servir os avançados nas melhores condições, quase só lateralizavam.
30 minutos, apenas uma oportunidade, pouco para tanta posse.
Cartão para Otávio e para Marcano, o espanhol cometeu o mesmo erro do jogo com o Boavista, valeu que desta não foi vermelho.
Já era o Porto dos últimos jogos, pouca dinâmica, ritmo lento, perigo para o Arouca, zero.
Só já perto do minuto 40, Galeno e Grujic ameaçaram, o sérvio falhou clamorosamente no primeiro remate, na segunda atirou contra um defesa.
Guarda-redes do Arouca socou a cabeça de Pepe, mas nada foi assinalado.
Finalmente já em cima do intervalo, Marcano adiantou os Dragões, fez-se justiça.

Resumindo, vantagem mínima, mas atendendo ao domínio e à superioridade dos azuis e brancos - Diogo Costa foi mero espectador -, era curto. É preciso mais agressividade e contundência na zona onde se decidem os jogos.

Na frente, mas apenas com uma vantagem de um golo, fundamental não ficar na expectativa, na gestão do resultado. Importante começar a 2ª parte para resolver o jogo.

Até começou bem e a prometer a equipa de Sérgio Conceição, como prova disso, Galeno em boa posição podia fazer bem melhor. Após esse início, Arouca tentou reagir, Dragões com boas saídas para o contra-ataque, mas muito mal no momento de definir e decidir no último terço. Inacreditável a forma como várias jogadas que podiam ter terminado em golo eram desperdiçadas por falta de critério a definir, por passes sem nexo, por pura aselhice. Sim, mesmo com toda a tolerância para o cansaço. Quem desperdiça põe-se a jeito, quem não mata sujeita-se a morrer.
Aos 71 minutos saiu Evanilson e entrou Toni Martínez. Aos 87 saíram Grujic e Taremi, entraram Bernardo Folha e André Franco. Aos 90+4 entraram Namaso e Veron, saíram Galeno e Eustaquio.
Incapaz de marcar mais um golo, por-se a coberto de ser surpreendido até por um lance fortuito, o F.C.Porto, por culpa de uma incapacidade notória para fazer finalizar, mesmo em situações onde tudo estava a seu favor, conseguiu pelo menos não sofrer, sair de Arouca com os três pontos, manter-se a quatro do Benfica e cavar uma vantagem de cinco para o 3° que é o Braga.

Concluindo, a vitória é indiscutível, mas é de ficar à beira de um ataque de nervos ver um jogo que podia ter terminado numa diferença de três ou quatro golos, terminar na diferença mínima. 
Não, não é falta de sorte, em várias jogadas foi pura incompetência.






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