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domingo, 12 de maio de 2024


Ainda a disputar o 3° lugar, agora dois pontos atrás com o S.C.Braga que tem mais um jogo e tendo de ir jogar à "Pedreira" na última jornada, o FCP tinha obrigatoriamente de vencer no derby da Invicta frente ao Boavista para abordar o último jogo com a tranquilidade de poder empatar e manter o 3° lugar.

Venceu, mas no último suspiro, após mais uma exibição que deixou a desejar em muitos períodos do jogo.


Com Diogo Costa, Martim Fernandes, Zé Pedro, Otávio e Wendell, Francisco Conceição, Nico, Varela e Galeno, Pepê e Evanilson, o conjunto de Sérgio Conceição, depois de uns minutos em que o Boavista deu um ar da sua graça, não demorou a tomar conta do jogo, embora com pouca clarividência.
Muita circulação na zona do meio-campo, futebol trapalhão, pouco fluido, muitos passes errados, más opções, o  primeiro lance de algum perigo foi junto à baliza de Diogo Costa.
Quando os azuis e brancos chegaram com algum perigo à frente, Francisco Conceição deu um toque a mais. Já iam decorridos 22 minutos. Como se pode ter qualidade de jogo quando os jogadores sozinhos e tempo para pensar e executar bem, passam mal? Quando jogadores em vez de tocar e ir, tentavam fintar?
O jogo continuou nessa toada, Dragões com mais bola, mas sem mais nada digno de registo.
Só aos 42 minutos Nico González teve uma boa oportunidade, mas espirrou. De seguida, na resposta, foi Salvador Agra a ter uma boa chance. Na contra resposta a grande possibilidade de golo: Pepê após excelente trabalho atirou com estrondo à barra 

O intervalo chegou com o resultado em branco e mais 45 minutos muito cinzentos da equipa de Sérgio Conceição. Tirando os lances referidos e quando o 1° tempo já se estava a esgotar, mais nada a registar.

Para a segunda-parte FCP com o mesmo onze e certamente a querer exibir-se melhor.
O jogo era de sentido único, mas na frente faltava mais objectividade e contundência .
Sérgio Conceição mexeu, aos 59 minutos entrou Taremi e saiu Martim Fernandes, Pepê passou para lateral-direito. O iraniano ainda não tinha tocado na bola e já o Boavista chegava à vantagem. Defesa do FCP passiva, Bruno Lourenço teve tempo para receber sozinho, fintar e marcar um belo golo. Surpresa? Nem por isso...
Era preciso reagir e a reacção ficou facilitada, aos 64 minutos Pedro Malheiro viu segundo amarelo, foi expulso.
De seguida nova substituição no FCP, entrou Namaso e saiu Wendell.
Se o Boavista já raramente saía, depois de ficar com 10 só defendia. Porto carregava, mas não estava fácil marcar. Importante encontrar as melhores opções, simplificar, não ser cada um por si. Ia ganhando cantos o conjunto da casa, mas só aos 81 minutos o golo do empate chegou. Um remate falhado de Otávio resultou numa bela assistência para Zé Pedro fazer o 1-1. Ainda havia tempo.
Aos 82 minutos saiu Nico entrou Romário e Zé Pedro pertíssimo de bisar.
As oportunidades surgiram, incrível o duplo falhanço, Evanilson, Namaso, mas o golo da vantagem não aparecia.
Sete minutos de desconto, pouco, muito pouco para tantas paragens. Depois, vá lá, compensou com mais dois.
Tantos ataques, tantas oportunidades, mas tanta incapacidade para fazer golo. Até que,  quando o desespero já estava instalado, grande cruzamento de Francisco Conceição e golo de Taremi. Estava no fim, era o golo da vitória. 
Ufa, não está boa para o coração esta temporada do FCP.

Resumindo, vitória justa, mas não era preciso sofrer tanto. Contra 10 mais de meia-hora pedia-se mais calma, mais e melhores abordagens no último terço, mais qualidade a definir e a finalizar. Não pode ser apenas Francisco Conceição a desequilibrar, tem de haver mais gente a chegar-se à frente.

Mas a diferença entre um empate e a vitória, é ir a Braga a poder empatar em vez de ter de ganhar. Para manter o 3° lugar tem de estar na "Pedreira" um Dragão de alto nível e não este a quem é fácil fazer golos e que tem dificuldades em marcar.

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