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sábado, 21 de setembro de 2024

 

Depois da vitória difícil frente ao Farense, muito por culpa de uma eficácia confrangedora, sem esquecer a grande exibição de Ricardo Velho e de falta de uma pontinha de sorte, sempre importante no futebol, o FCP tinha em Guimarães e frente ao Vitória local, um desafio de grau elevado de exigência.
Vítor Bruno escalou Diogo Costa, João Mário, Zé Pedro, Nehuén e Francisco Moura, Alan Varela, Eustaquio e Nico González, Pepê, Samu e Galeno e o FCP com uma segunda-parte de bom nível e com Samu e os laterais em evidência, conseguiu um excelente e justo triunfo num campo difícil.

Jogo começou algo confuso, Dragões com mais bola, mas muito lentos, previsíveis a executar e com pouco discernimento no último terço, escolhendo e optando quase sempre mal. Vitória tranquilo na defesa - Alan Varela e Eustaquio dois dos jogadores com mais bola, demoravam muito a decidir o que fazer, estavam praticamente parados.
Primeiro lance de relativo perigo junto à baliza de Bruno Varela aconteceu já perto da meia-hora, muito por culpa de um Porto pouco inspirado. Para além disso, muita discussão, jogo muito parado, o que favorecia a estratégia dos vimaranenses. Um espectáculo muito pouco agradável.
E assim não admira que os primeiros 45 minutos se esgotassem sem golos e pior, sem uma oportunidade de golo eminente.
Por parte do FCP, muito porque o meio-campo sem dinâmica e com uma lentidão exasperante, era incapaz de romper linhas, servir nas condições o ataque, sempre mais preocupado em jogar para o lado e para trás que para a frente. A exibição do conjunto de Vítor Bruno foi muito fraca na primeira-parte, não houve um jogador que sobressaísse, apenas os dois centrais estavam ao nível da exigência do jogo.

Depois de uma primeira-parte que deixou a desejar, para a segunda esperava-se mais e melhor FCP.
E os segundos 45 minutos não podiam ter começado melhor para os portistas. Excelente jogada de João Mário pela direita, cruzamento perfeito para o golo de cabeça de Samu.
Reagiu o Vitória, respondeu a equipa de Vítor Bruno, mas equipa da casa mais atrevida.
Era importante aproveitar os espaços que o atrevimento vitoriano ia dar. E foi assim. Enorme qualidade de passe de Francisco Moura e Samu a ir para o espaço nas costas e fazer o segundo golo.
Era importante não deixar o Vitória entrar no jogo.
Os de Guimarães mexeram, o FCP começou a perder gás, impunha-se fazer o mesmo.
Assim foi, aos 71 minutos saiu Eustaquio e entrou Grujic.
Samu exausto, deu o lugar a Namaso, minuto 74. O FCP apesar das alterações perdeu frescura , capacidade para controlar o jogo, sair bem, o conjunto de Rui Borges esteve perto do golo. 
Namaso entrou a fazer as asneiras de sempre: andar com a bola até a perder.
Aos 88 minutos, Francisco Moura - mas que grande aquisição! -, foi a linha cruzar para Pepê fazer o terceiro. 
Aos 89 saíram Alan Varela, Nico e Pepe, entraram Vasco Sousa, André Franco e Gonçalo Borges. O jogo terminou com a vitória sem contestação do FCP num estádio tradicionalmente difícil.

Não sendo uma grande exibição, foi uma segunda-parte muito boa e que não teve nada a ver com a primeira. A defesa que tinha estado em bom plano, continuou segura, com a dupla de centrais sempre muito bem, mas com os dois laterais, João Mário e Francisco Moura em grande plano, quer a assistir um Samu que quando tiver a condição física ideal e mais trabalho colectivo, pode ser um caso sério e no terceiro golo Pepê. O meio-campo, em particular Alan Varela, também subiu e o ataque cumpriu, só faltou Galeno marcar. O luso-brasileiro trabalhou muito, mas não fez um bom jogo.

Seguimos o nosso caminho imunes ao ruído. Com a consciência que a época vai ser difícil, mas a tendência é melhorar. Ganhar no D.Afonso Henriques por três golos sem resposta, não permitir quase nada a um Vitória que está a fazer um grande início de época, é óptimo para a tranquilidade e confiança de uma equipa que perdeu referências, viu os jogadores chegarem já com a temporada iniciada, precisa de ir ganhando jogos enquanto a máquina vai sendo afinada.




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