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domingo, 3 de novembro de 2024


Depois da vitória clara e com uma excelente exibição, em particular na 1ª parte, na Vila das Aves, para o campeonato, de um jogo razoável e ter cumprido a sua obrigação de atingir a final-four da Taça da Liga frente ao Moreirense em Aveiro, o FCP de regresso a casa, tinha  pela frente o Estoril que na época passada em quatro jogos lhe ganhou três, sendo que uma das vitórias foi no Estádio do Dragão.


Começando com o mesmo onze que entrou de início e goleou o AVS, Diogo Costa, Martim Fernandes, Nehuén Pérez, Tiago Djaló e Francisco Moura, Varela, Nico González e Fábio Vieira, Namaso, Samu e Pepê, o FCP com muita bola, ia circulando, procurava espaços, mas era pouco incisivo. Apenas aos 11 minutos a primeira ameaça, Namaso não foi contundente a atacar a bola, podia ter aberto o marcador.
Não marcou aí, marcou aos 19 minutos, mas a bola esteve quase a não entrar.
Na reacção, após uma perda de bola de Pepê e falta de Nico, Diogo Costa foi obrigado a empenhar-se. Pepê que teve um gesto de enorme fair-play desistiu da jogada quando estava sozinho, mas viu o defesa do Estoril cair lesionado.
Aos 28 minutos a defesa dos estorilistas quis retribuir o gesto e ofereceu ao brasileiro o segundo dos portistas.
Esse golo parece que fez mal à equipa de Vítor Bruno. Perdeu concentração, consistência, ligou o complicador, as jogadas perdiam-se facilmente. Depois do segundo golo a qualidade de jogo do FCP, que nunca foi muito alta, baixou muito. Não é admissível a forma como alguns jogadores abordavam os lances. Apesar disso, Namaso voltou a demonstrar que não é um finalizador. Completamente sozinho e após um passe açucarado de Pepê, permitiu a defesa do guarda-redes.

O jogo chegou ao intervalo com os Dragões em vantagem por dois golos de diferença, mas o compromisso tem de estar lá sempre e após o segundo golo não esteve.

Para a 2ª parte esperava-se que o treinador do FCP tenha visto o que esteve mal, corrigido, desse um abanão, aparecesse uma equipa com outra postura. Eustaquio substituiu Alan Varela. 
O jogo recomeçou como acabou. Um Porto lento, trapalhão, incapaz de ligar as jogadas, optando mal, primeiro remate à baliza foi do Estoril. 
Com os Dragões assim, os canarinhos, hoje de rosa, iam procurando incomodar, mas sem criar perigo.
Quando os azuis e brancos aceleravam, não havia critério na definição, os passes errados  sucediam-se, a bola demorava uma eternidade nos pés dos jogadores, o público não gostava.
Isso parece ter acordado a equipa, a pressão aumentou, aos 68 minutos Namaso voltou a demonstrar que para marcar um golo, tem de desperdiçar três e em excelente posição para facturar.
Pepê não fica nada a dever a Namaso no desperdício, falhou uma oportunidade clara e assim o resultado que podia estar resolvido, mantinha-se inalterável, com o risco do Estoril do nada poder marcar e dificultar a tarefa os azuis e brancos. Não foi assim, foi Galeno a marcar após assistência de Martim Fernandes.
Após Samu estar muito perto do golo, aos 84 minutos saíram Nico e Francisco Moura, entraram João Mário e Rodrigo Mora e de seguida Gonçalo Borges substituiu Pepê.
E João Mário que está inconformado, fez uma grande jogada pela direita, foi à linha de fundo, assistiu para o 2° de Galeno.
Só dava Porto, a equipa ainda tentou ajudar Samu, mas o jovem internacional espanhol nesta noite ficou em branco.

O jogo chegou ao fim com mais uma goleada  e mesmo não tendo assinado uma grande exibição, o resultado poderia ter ainda mais dois ou três golos, faltou eficácia a Pepê e, principalmente Danny Namaso.

Eustaquio, pode às vezes perder a concentração e isso já custou alguns dissabores, mas é muito mais rápido a pensar e a executar que Alan Varela, é muito mais dinâmico que o argentino.

Vêm aí dois jogos muito complicados - Lazio e Benfica -, mas a equipa não estando exuberante, já está melhor e conseguiu a sexta vitória consecutiva, entre jogos de várias competições - campeonato, taças da Liga e de Portugal, Liga Europa.

Há jogos em mesmo desperdiçando vários golos dá até para golear. Mas há outros em que a falta de eficácia pode ter consequências que ninguém deseja.


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