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sexta-feira, 2 de maio de 2025

 

Depois daquele desastre na Amadora e no regresso ao Dragão, o conjunto de Martín Anselmi não podia voltar a exibir-se da mesma forma, permitir-se voltar a perder pontos. Mais que conversa de tem de haver comprometimento e atitude, não pode haver relaxamento, é preciso que a prática seja muito diferente da que tem sido a marca do FCP desde o início, mas que se foi agravando ao ponto de quase todos se questionarem para que serviu a chicotada psicológica?

Com Cláudio Ramos, Zé Pedro, Nehuén e Marcano, João Mário, Eustaquio, Fábio Vieira e Francisco Moura, Pepê, Samu e Rodrigo Mora, o FCP com o Moreirense de tracção à rectaguarda, teve muitas dificuldades em encontrar espaços. Era preciso juntar a uma pressão bem conseguida uma rapidez de processos, pensar e executar bem e rápido. Mas pedir isso a esta equipa é pedir demasiado. Tudo muito lento, previsível, muitos passes errados, 30 minutos de jogo, nenhum golo, pior, nem uma única oportunidade clara. O Moreirense na 1ª vez que chegou à frente marcou e colocou-se em vantagem. A forma simples e fácil como os minhotos chegaram ao golo, devia corar de vergonha os jogadores do FCP. A reacção, apesar de não ser forte, contundente, valeu o golo do empate, marcou Francisco Moura. Mas este FCP tira do sério o mais calmo dos adeptos. E assim, já muito perto do intervalo, com João Mário completamente a dormir e a deixar o adversário aparecer-lhe nas costas, valeu uma extraordinária defesa de Cláudio Ramos a evitar novo golo dos minhotos.

Os 45 minutos esgotaram-se com as equipas empatadas, resultado justo e mais uma exibição muito abaixo do que se exige ao FCP. 
Os vários lances de bola parada, livres e cantos, a única coisa que merece ser referenciada é o tempo que demoram a ser executados. Mas é apenas tanto tempo para absolutamente nada.

Para a 2ª parte, Dragões com o mesmo onze e sem grandes melhorias em relação aos primeiros 45 minutos nos primeiros minutos.
Samu muito desamparado, Mora muito apagado, não admira que o primeiro remate só tenha acontecido aos 56 minutos e sem perigo e o primeiro com perigo relativo aos 61. Mas apesar disso era o melhor período do FCP.
Aos 64 minutos Anselmi tirou Nehuén de colocou Tomás Peréz, tirou Pepê - porquê? - e meteu Gonçalo Borges.
Passado uns minutos, cruzamento de João Mário, bola no braço de um defesa do Moreirense, penálti que Samu transformou, estava consumada a reviravolta.
O Moreirense em desvantagem tentou reagir, fundamental, não adormecer na vantagem mínima, ir à procura de dilatar o marcador.
Eustaquio deu lugar a Martim Fernandes e no minuto seguinte, uma bola que Mora recuperou, trabalhou, assistiu para novo golo de Samu, bem a dominar, ganhar espaço e marcar. A vitória estava encaminhada, bastava não facilitar.
A 5 minutos dos 90 saíram Fábio Vieira e Samu, entraram André Franco e Namaso.
Gonçalo Borges até podia ter feito o 4°, mas demorou e perdeu-se a oportunidade. No lance seguinte o mesmo jogador foi claramente albarroado dentro da área, árbitro e VAR acharam que não era penálti. Vá lá perceber estes critérios... e para cúmulo, mostrou um amarelo a Namaso que fez tudo para evitar o contacto com o guarda-redes, mas o choque foi inevitável. Só se de repente o jogador do FCP desaparecesse é que o contacto não acontecia.

Sem mais nada de relevante, para além da lesão de Caio Secco, o jogo terminou com a vitória justa do FCP. Mas se a exibição não foi famosa, pareceu bem melhor quando a equipa passou a jogar num sistema, sem os três centrais, mais de acordo com as características destes jogadores.
Espero que Martín Anselmi tenha visto o mesmo...




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