quinta-feira, 23 de outubro de 2025
Na 3ª jornada da fase de apuramento para os play-off ou directamente para os oitavos-de-final da Liga Europa, o FCP viajou até Inglaterra, onde nunca ganhou em jogos oficiais, para defrontar o Nottingham Forest. O histórico clube inglês - tem duas Taças dos Campeões Europeus - que na época passada sob o comando de Nuno Espírito Santo andou a lutar pela ida à Champions League até ao fim e, por um ponto, terminou apenas a qualificar-se para a Liga Europa, mesmo assim só porque o Crystal Palace não pôde participar - caso contrário iria apenas à Liga Conferência -, está a atravessar um mau momento. O polémico dono do clube de Nottingham, o grego Evangelis Marinakis, já despediu dois treinadores, NES e também Ange Postecoglou, este apenas durou 39 dias no cargo, atravessa um mau momento na Premier League. Mas seria um erro monumental acreditar em facilidades, pensar que apesar de não estar bem o Nottingham seria um adversário fácil. Era por isso fundamental um FCP ao mais alto nível, intenso, pronta a aguentar o ritmo alto dos ingleses, uma equipa capaz de manter a excelente organização defensiva que tem demonstrado, mas depois ter a capacidade de ser também eficiente na transição ofensiva, contundente e eficaz na hora de finalizar. Mas o Porto que se pretendia raramente esteve no City Ground, saiu de Nottingham com uma derrota justa.
Com Diogo Costa, Alberto Costa, Bednarek, Kiwior e Francisco Moura, Alan Varela, Froholdt e Pablo Rosário, Pepê, Samu e Borja Sainz e o jogo começou com os ingleses com mais bola, FCP curto, procurando conter o ritmo do adversário e depois sair no contra-ataque. Quando saiu deu espaço, Diogo Costa foi obrigado a aplicar-se. Nottingham mais perigoso, bola na mão de Bednarek, num lance muito duvidoso, árbitro assinalou penálti, golo, ingleses na frente.
FCP a complicar, passes errados, más opções, dificuldades em encontrar as melhores soluções, espaço. Havia reacção, Dragões por cima, mas era preciso mais qualidade no último terço. Muita confusão, pouco discernimento. Pepê e Francisco Moura eram os melhores exemplos. O defesa, então, nem se fala...
Aos 38 Alan Varela tentou de fora da área, excelente defesa do guarda-redes. Aos 44 Pablo Rosário podia ter feito melhor na hora de finalizar. É preciso mais agressividade a atacar e mais contundência a rematar.
O jogo chegou ao intervalo com o Nottingham na frente na sequência de um lance fortuito. Sem ser exuberante o FCP fez o suficiente para não ir para as cabines em desvantagem.
Para a 2ª parte Francesco Farioli manteve o mesmo onze. E o jogo recomeçou com o FCP a procurar e a conseguir o empate. Marcou Bednarek após canto e alguns ressaltos - VAR invalidou o golo por fora-de-jogo de Samu.
Aos 58 Saíram Alan Varela, Francisco Moura e Borja Sainz, entraram Gabri Veiga, Martim Fernandes e William Gomes.
Porto carregava, ganhava cantos, mas não marcava. Uma precipitação ía sendo fatal. Calma e cabeça fria na hora de definir e passar. Pepê continuava a ser o exemplo daquilo que o FCP não precisava. Asneiras na saída, asneiras na frente, algumas que colocavam a equipa em perigo. Numa bola perdida pelo brasileiro à entrada da área, Martim Fernandes uma entrada desastrosa em campo e no lance, fez penálti - mais uma vez o VAR -, golo do Nottingham que ampliou a vantagem. Já começa a cansar a forma como Martim Fernandes aborda os lances e compromete o FCP.
Finalmente, aos 84 minutos saiu um péssimo Pepê e entrou Rodrigo Mora. E o jogo terminou com a vitória da equipa inglesa que não fez um grande jogo, mas beneficiou de uma noite onde o FCP não esteve bem.
Num jogo que o VAR foi interveniente e a arbitragem foi caseira, houve muita gente na equipa do FCP que fez falta de comparência. E as substituições também não trouxeram melhorias à equipa.
Foi a primeira derrota, num jogo em que individual e colectivamente o FCP não se viu. Futebol nunca fluiu, tudo muito confuso, trapalhão, raramente o conjunto de Francesco Farioli conseguiu fazer uma jornada em condições.
Na Liga Europa esta derrota não é um drama, mas serve para que a equipa desça à Terra e que alguns jogadores percebam que cometer sempre os mesmos erros tem consequências.
Agora é preciso reagir e na 2ª feira voltar aquele Porto forte, um Porto que esta noite esteve desaparecido durante a maior parte do jogo.

