C.D.Celoricence 0 - F.C.Porto 4. Objectivo cumprido, vitória natural, a exibição melhor na 2ª que na 1ª parte
sábado, 18 de outubro de 2025
No primeiro jogo da Taça de Portugal 2025/2026 e a contar para a 3ª eliminatória, o FCP defrontou o CDC, do campeonato de Portugal, no estádio municipal de Barcelos - casa emprestada - e fez jus ao favoritismo. Venceu tranquilamente e passa à 4ª eliminatória onde vai defrontar o vencedor do jogo entre Sintrense e Rio Ave.
Uma palavra de simpatia para o conjunto do campeonato de Portugal que se bateu bem dentro das suas possibilidades.
Francesco Farioli não fez uma revolução, apenas duas alterações em relação à equipa que começou o jogo com o Benfica - há quem ache mal, há quem compreenda. Tendo em conta que do onze escolhido só três jogadores foram muito utilizados, Bednarek, Kiwior e Froholdt e jogaram no domingo e o próximo jogo é apenas quinta-feira... objectivo foi os jogadores não perderem o foco, ritmo, rotinas -, entraram de início Cláudio Ramos, Alberto Costa, Bednarek, Kiwior e Francisco Moura, Alan Varela, Gabri Veiga e Froholdt, Pepê, Deniz Gül e Borja Sainz. E com o Celoricence, naturalmente, em bloco baixo o que implicava quase sempre 21 jogadores no seu meio-campo, o FCP tinha o domínio total, mas num ritmo lento e com dificuldade em encontrar espaços. Só de um lance de bola parada os Dragões chegaram à vantagem. Canto de Gabri, cabeça de Bednarek para o 1-0 aos 8 minutos.
O jogo continuou na mesma toada, a faltava o tempo certo para soltar a bola por parte do FCP. Em jogos fechados é fundamental ter a dinâmica correcta, ritmo alto, pensar e executar rápido e bem, algo que, por exemplo, Alan Varela não faz. E o jogo não saía disto... e foi assim que se esgotaram os primeiros 45 minutos.
Um golo e mais nada, foi aquilo que o FCP conseguiu produzir na 1ª parte.
Tudo muito lento, previsível, uma enorme incapacidade para encontrar espaços, desmontar o sistema defensivo do adversário. Esperava-se muito mais. Ou mudamos, ou assim vamos ter dificuldades frente a equipas fechadas.
Para a 2ª parte os Dragões fizeram uma substituição, saiu Kiwior e entrou Prpić.
E a etapa complementar começou com Francisco Moura perto do golo. Do canto bola na barra. E a equipa mais assertiva e perigosa na procura do 2° golo. Alberto Costa vai para dentro porquê? Porque não dá largura?
Com o jogo a não sair deste rame rame, Farioli aos 59 minutos tirou Gabri Veiga, Borja Sainz e Deniz Gül, entraram William Gomes, Samu e Rodrigo Mora.
Logo de seguida o recém entrado Samu fez o 2° do FCP e terminou com as dívidas. O passe foi de Prpić, mais objectivo e mais rápido a passar que o seu colega do lado, bem mais lento nessas duas funções.
Novamente de canto, Mora marcou, Bednarek penetrou e Samou bisou.
Com o Celoricence naturalmente a acusar o acumular do marcador e cansaço, aos 73 minutos Samu fez hat trick e o 4° do FCP. Bednarek esteve no passe para William que assistiu numa bandeja o internacional espanhol. Acredito que a lentidão em soltar a bola do central polaco possa fazer parte do processo, mas nem tanto ao mar nem tanto à terra. É preciso arriscar mais.
Aos 74 minutos entrou Eustaquio para o lugar de Froholdt.
Bons pormenores de Rodrigo Mora e o 5° perto por duas vezes.
Aos 85 Samu completamente agarrado e falta? Vai no Batalha. A camisola resiste, não rasga e o sinal foi dado por Duarte Gomes - pode-se agarrar à vontade os jogadores do FCP.
O jogo chegou ao fim com a vitória esperada da equipa claramente favorita e com um resultado que espelha a sua superioridade. Objectivo cumprido. A exibição não foi exuberante, melhor na 2ª que na 1ª parte.