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quinta-feira, 8 de março de 2012


Porque o próximo jogo é frente à Académica, uma recordação marcante, pela negativa.

Ano de 1969, época 1968/69, tempos difíceis, não havia dinheiro e portanto, nessa altura ir ao futebol, para mim, eram tempos do "meu senhor, deixe-me entrar consigo"
Em plena hegemonia do clube do regime, o F.C.Porto treinado por José Maria Pedroto, sem grandes estrelas, mas com uma equipa forte, esteve quase a meter uma lança em África e ganhar o campeonato. A quatro jornadas do fim lideravamos - 33 pontos, contra 32 do Benfica - e tinhamos dois jogos seguidos em casa: Académica e U.Tomar. Se tivessemos ganho esses jogos e como depois empatamos a zero na Luz e ganhamos ao Belenenses, tinhamos sido campeões. Não ganhamos, perdemos com a Briosa, empatamos com a equipa nabantina e lá se foi o título. A recordação que tenho desse F.C.Porto/Académica não é nítida - embora a imagem de um golo falhado por Bernardo da Velha e que nos dias de hoje iria para os apanhados, ainda persista -, os estudantes, nessa altura, eram uma das melhores equipas portuguesas, mas foi uma grande desilusão, difícil de compreender, a forma como o título a começou a fugir, quando estava claramente ao nosso alcance... Mais tarde ficaram-se a conhecer as razões para a perda do título - aqui
Os tempos são outros, a Briosa perdeu fulgor, o F.C.Porto tem a hegemonia, é o melhor clube português, tem uma liderança forte, dificilmente aconteceriam as coisas que aconteceram em 1968/69. Mas nunca fiando... o resto fica apara antevisão do jogo.

Notas finais:
Enquanto os adeptos do clube do regime vão deitando pela boca fora a bílis que os afecta desde sexta-feira - até o papa-hóstias perdeu a traquitana... mas como bom rato de sacristia, nada que 100 Avé Marias e outros tantos Pai Nossos não resolvam -, apenas mais uma referência e para terminar este assunto... Estranho o silêncio de quem dirige o futebol português, em particular do presidente da FPF. Fernando Gomes, sempre tão cioso da boa imagem do desporto-rei, sempre tão preocupado com os árbitros e as suas condições, mas que perante acusações tão graves, que colocaram em causa, repetidamente, a honorabilidade de um trio de arbitragem, não diz nada. Mais, esteve sentado na tribuna da Luz ao lado de Vieira, no jogo frente ao Zenit. Mandava o bom senso que tivesse ficado em casa...

Vi jogar grandes jogadores, mas ontem, definitivamente, Lionel Messi, convenceu-me: é, para mim, o melhor de todos os tempos. Fui um dos privilegiados que viram, ao vivo, na inauguração do Estádio do Dragão, a sua estreia.


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