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domingo, 21 de outubro de 2012


Não tem apenas a ver com o jogo de ontem, tem também a ver com a equipa B, já andava na cabeça há muito e como nos tempos dificílimos que correm, a formação vai ser importantíssima, resolvi abordar uma questão que me mete uma grande confusão e que já dei um lamiré neste post. Refiro-me à forma como agora são tratados os jovens da formação, mas não só, do F.C.Porto. Compreendo que os tempos são outros, que parte da MÍSTICA que existia quando jogavamos no campo de treinos do saudoso Estádio das Antas, se perdeu, com a passagem para o Olival e Pedroso- nas Antas eram enchentes, público em cima, grande pressão sobre o adversário, mas também sobre os jovens do F.C.Porto, que cresciam com isso...; ou que tempos em que treinadores de referência na formação portista, por exemplo, o saudoso António Feliciano, iam ao ponto de não admitir cabelos compridos, estão ultrapassados; mas não passemos do 80 para o 8; que espécie de jovens estamos a formar? Jovens que aos 18 anos já têm o rei na barriga, bons popós, já pensam que são estrelas, não precisam trabalhar muito, ser humildes, aproveitar todas as oportunidades? Que adianta ter na formação ex-jogadores de referência, alguns que beberam a mística que lhes foi passada por grandes mestres, se depois eles não puderem dizer nada aos meninos porque eles amuam e lá vêm os paizinhos, os empresários, quando não, os próprios jogadores, fazer queixinhas no facebook ou no twitter? 
É óbvio que não foram só os jovens que ontem estiveram mal, não - Varela irritou-me solenemente e Kléber vai ter nota à parte -, mas eles, mais que ninguém, tinham de ter ATITUDE, agarrar a oportunidade com unhas e dentes, dar tudo, mostrar, de facto, que têm direito a mais tempo de jogo. Não sou de arrasar jogadores, mas e de muitos anos a esta parte, habituei-me a ver um espírito, uma raça, uma mística, uma MENTALIDADE Porto e uma capacidade de ir, se for preciso, ao inferno, resgatar vitórias, mostrar serviço, que eram e quero que continuem a ser, a imagem de marca do F.C.Porto. Quero ver jogadores inconformados dentro do campo, que compliquem a vida ao treinador, não quero ver jogadores sem ambição, incapazes de lutar contra a condição de suplente. Não quero perder uma filosofia, uma MÍSTICA e uma MENTALIDADE que deu muito trabalho a ganhar raízes e a consolidar. Não, não acho que tenha a ver com o facto de no passado serem quase todos portugueses e agora haver muitos estrangeiros. Para mim isso não é importante, nem significativo. Há muitos que vêm das nossas escolas e portam-se bem pior que aqueles que não nasceram portistas...

Quatro notas finais:
A foto que encabeça o post só pode ser dos adeptos, esses estiveram à altura. Ou melhor, têm estado sempre à altura.

Rolando tem merecido algumas críticas da minha parte, achei que devia ter saído no defeso e é natural que saia em Janeiro. Não estou lá dentro, não sei porque não joga, nem tão pouco é convocado e ontem jogou fora do seu lugar, mas foi dos poucos que teve atitude, mostrou carácter, procurou dizer que merece mais oportunidades.

Kléber parece-me claramente o tipo de jogador que chegou ao F.C.Porto e pronto, estou realizado. Se for titular, óptimo, se não for, óptimo também, não vale a pena chatear muito.
- Arrepia caminho, Kléber, este tipo de jogadores não costumam ter futuro no Dragão.

Há tempos fiz um post, ver aqui, em que dizia que entre Castro e Pedro Moreira, claramente o segundo. Ao ver jogar os dois, cada vez fico mais convencido que a minha análise está certa.

Muito interessante e nem de propósito, este artigo de Paulo Futre no panfleto da queimada.

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