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domingo, 22 de fevereiro de 2015


Depois do que se passou ontem em Moreira de Cónegos vai ser preciso muito trabalho para preparar mentalmente a equipa do F.C.Porto para um jogo difícil, de grande rivalidade, disputado num piso sintético e frente e a uma equipa que pode não ter muita qualidade, mas vai deixar a pele em campo para contrariar o favoritismo portista. Vamos entrar num ciclo de quatro jogos decisivos: Boavista, Sporting, Braga e Basileia, onde se jogar muito desta época dos Dragões. Sair deste ciclo vitorioso é a quase garantia do segundo lugar... já que como temos visto, o primeiro só por milagre. Mas como sou crente...

Há uma verdade inquestionável e que não admite duas leituras:
Independentemente de alguns pontos mal perdidos pelo F.C.Porto: Boavista, Estoril, Benfica e Marítimo, o clube do regime só lidera com avanço, porque, ao contrário do que acontece com o F.C.Porto, quando jogou mal e estava à rasca, os árbitros ajudaram e evitaram que perdesse pontos. Há exemplos que têm sido uma constante esta época, sempre a favor do Benfica, mas dou dois paradigmáticos: Bruno Paixão não hesitou um segundo a marcar um penalty duvidoso a favor dos vermelhos; se não era um árbitro auxiliar gritar-lhe para marcar, ele não tinha marcado um penalty claro contra o Benfica. Contra o Vitória de Setúbal lances semelhantes tiveram julgamentos diferentes, na área do Benfica não se passou nada, na do Vitória penalties logo assinalados. Meus amigos, todas as épocas há erros dos árbitros, umas vezes erram contra nós, outras a nosso favor, idem com os nossos rivais, no final até se costuma dizer que tudo fica equilibrado. Estamos na 22ª jornada, alguém de boa-fé, clubite à parte, pode dizer que é isso que está  acontecer? Não, não são desculpas de mau pagador, não é procurar nos árbitros a justificação para resultados que não foram os melhores, uma classificação que não é a desejada. O blog vai fazer oito anos, sabem os que me acompanham, nunca foi o meu estilo só olhar para fora, ver sempre em factores externos a justificação para os nossos desaires. Faço, isso faço, é o combate contra o jornalismo de vão de escada, prostituído, como aquele que ajudou, por exemplo, em Setembro de 2010 - reparem, logo no início da época...- a incendiar o ambiente, como as duas capas em anexo bem demonstram, por muito menos do que se está a passar agora. Eu sei, sabemos muitos, porque acompanhamos de perto, quanto foi preciso trabalhar e lutar, quantos obstáculos foi preciso derrubar para aqui chegar. Recuso-me a assistir impávido e sereno a um retrocesso que se não reagirmos, será inevitável e de consequências imprevisíveis. Recuso-me a confiar em quem não é de confiança, tenho memória do que é o Benfica de Luís Filipe Vieira, do que eles fizeram, do que voltarão a fazer se as coisas se alterarem. E por isso, repetirei quantas vezes for preciso: não me revejo neste Porto silencioso, amorfo, conformado, onde a única voz que se levanta é a do treinador.

A voz da impunidade ontem disse que o facto do Moreirense ter jogado 30 minutos com menos um, não foi determinante, ele ia fazer uma substituição e ia ser um massacre. É preciso ter uma grande desfaçatez, uma arrogância sem limites e uma enorme falta de pudor, para dizer uma coisa daquelas.
 
O árbitro é Hugo Miguel, auxiliado por Ricardo Santos e Hernâni Fernandes

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Fabiano e Helton;
Defesas, Ricardo, Reyes, Maicon, Marcano, José Ángel e Martins Indi;
Médios, Rúben Neves, Brahimi, Evandro, Herrera e Quintero;
Avançados, Quaresma, Tello, Jackson, Hernâni e Aboubakar.

Equipa provável:
Fabiano, Ricardo, Maicon, Marcano e José Ángel, Rúben Neves, Herrera e Evandro, Brahimi, Jackson e Quaresma.

Antevisão de Julen Lopetegui.
Sobre os jogadores que não podem jogar:
«A realidade é que não vamos ter cinco jogadores, por diferentes motivos. A competição é assim, mas temos plantel para dar a resposta. Não é apenas um onze que ganha uma competição, é todo o plantel.   
Temos toda a confiança nos jogadores que vão aparecer. E esta é a altura ótima para, perante estas dificuldades, mostrarem a personalidade e o carácter de que precisamos para vencer o jogo de segunda-feira»

Sobre o momento do F.C.Porto:  
 «Estamos a competir bem em todas as provas e temos é que continuar assim, a dar resposta às dificuldades que vão aparecendo. Temos vontade de continuar a crescer. Temos agora algumas dificuldades por causa das baixas, mas temos que adaptar-nos».

Sobre  alesão de Óliver: 
«Oliver voltou a lesionar-se no ombro. Infelizmente, porque é um jogador importante na dinâmica ofensiva e defensiva. Espero que recupere o quanto antes e que não tenha recaídas».

Sobre as dificuldades do jogo:
«Espero um jogo difícil e duro. Historicamente é uma equipa difícil. Já na primeira volta nos causaram muitas dificuldades e é das equipas que mais progrediu nesta I Liga. O Boavista está uma equipa mais completa e joga com as armas que tem. Forte e dura fisicamente, mas também futebolisticamente, e ainda por cima vai jogar em casa. Temos demasiada vontade e demasiados argumentos para vencer o Boavista. Vingança? Só queremos os três pontos de que necessitamos. Este jogo é completamente diferente do de quarta-feira e penso que este será ainda mais difícil».

Sobre se o sintético do Bessa será um problema:
«Depois de a Liga ter tomado a decisão de permitir que se jogue no sintético, nada tenho a dizer sobre isso. A minha opinião não vale para nada. Temos que adaptar-nos rapidamente às condições, reagir e tentar fazer um bom jogo», disse, admitindo que «claro que algumas coisas têm que ser alteradas na preparação do encontro».

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