sexta-feira, 5 de janeiro de 2024
Na 16ª jornada, primeira de 2024 e no derby da Invicta, Boavista e FCP defrontaram-se no Bessa e empataram a um golo, resultado construído na primeira-parte.
O conjunto de Sérgio Conceição iniciou com Diogo Costa, João Mário, Pepe, Fábio Cardoso e Wendell, André Franco, Eustaquio, Grujic e Pepê, Toni Martínez e Evanilson e o jogo começou com o FCP com mais bola, mas no meio-campo e atrás, Boavista recuado e a procurar sair para contra-ataque. Primeiros 15 minutos sem lances de grande perigo. O primeiro lance em que o guarda-redes do Boavista teve de se aplicar foi numa cabeçada de Toni Martínez após um canto.
Estava difícil criar desequilíbrios, encontrar espaços - muito por culpa de um trio de médios muito lento a pensar e executar -, quando conseguiu pela primeira vez, o FCP chegou à vantagem. Pepê assistiu, marcou Toni Martínez após alguma confusão na defesa do Boavista, iam decorridos 23 minutos.
A perder os axadrezados reagiram e não demoraram a empatar. Lance de bola parada - curioso, o FCP teve vários lances idênticos e não aproveitou nenhum -, Pepe e Fábio Cardoso completamente fora da posição, não saíram para o fora-de-jogo, golo de Bruno Lourenço aos 28.
Aos 37 o Boavista perto da cambalhota, Bozenik para grande defesa de Diogo Costa.
Só a 5 minutos do intervalo o FCP voltou a rematar à baliza do Boavista, mas sem grande perigo.
O relvado, um autêntico batatal, não ajudava, mas a primeira-parte do FCP foi novamente aquém do que se exige à equipa de Sérgio Conceição.
Quando as equipas regressaram às cabines o empate a um era um resultado justo.
Dúvidas num empurrão pelas costas a Eustaquio na área do Boavista.
Para a segunda-parte Dragões com os onze da primeira e com os mesmos defeitos e problemas.
Só aos 55 minutos portistas perto do golo, João Mário na mesma posição que marcou ao Chaves, atirou para fora. Pepê era o único que agitava. Do livre próximo da área nada resultou.
Aos 61 minutos entraram Francisco Conceição e Galeno, saíram André Franco e Toni Martínez, FCP parecia melhor, Evanilson, sozinho, falhou o golo, mas estava em posição irregular.
Aos 69 saiu Eustaquio e entrou Nico González e quase de seguida o ex-Barcelona rematou com muito perigo. Era um Dragão à procura do golo e da vitória. O conjunto de Sérgio Conceição tinha bola, estava mais rápido a circular, chegava com mais perigo ao último terço, mas faltava mais contundência, marcar.
Aos 79 saíram João Mário e Grujic, entraram Ivan Jaime e Namaso. FCP pressionava na procura do golo, mas o jogo estava mais parado que jogado. Entretanto Pedro Malheiro continuava a fazer faltas, mas o segundo amarelo não saía.
Pepê, agora a lateral-direito, continuava a ser o único jogador capaz de desbloquear. Mais uma falta perto da área e em zona frontal sobre o brasileiro, mas para fora.
O árbitro deu 11 minutos, Porto com mais um, tentou, aos sexto Namaso falhou por pouco, mas o resultado não se alterou, os azuis e brancos deixaram dois pontos no Bessa e ficaram a cinco pontos da liderança.
Quando se deixa qualidade de fora e se joga com jogadores que já provaram ser poucochinho, corre-se o risco de não se ganhar. Aliás, é sintomático, os três médios que entraram de início foram substituídos.
Era sobre isto que o treinador do FCP se devia debruçar e explicar como é que a sua equipa tem dificuldades contra todos os adversários em que é claramente favorita e lhe são manifestamente inferiores. Porque dá uma parte de avanço? Que tal escolher os melhores de início?