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segunda-feira, 1 de julho de 2024



É extraordinário, mas há gente que não enxerga o óbvio. Mesmo perante as evidências e a realidade de um clube à beira do colapso, continua a idolatrar quem colocou o FCP nesta situação e atacar quem, corajosamente, apareceu para o salvar.

Gente que acha normal e até festeja, um clube à beira do abismo, dar um passo em frente e apresentar como uma grande coisa, um gesto grandioso, o facto de um treinador que ganha 7 milhões/ano, assinar um novo contrato de 4 anos, a dois dias das eleições, sem exigir nem mais um cêntimo.

Pela minha parte só espero que AVB cumpra a promessa de campanha. Se tiver provas que houve quem prejudicasse e usasse o FCP em seu proveito, seja implacável.


Dito isto, começa hoje uma nova era. Uma era que, espero e espera o portismo cujo lema é, FCP acima de tudo e de todos, termine em Maio de uma forma que possamos dizer: com uma cajadada só mataram-se dois coelhos...



Portugal 0 - Eslovénia 0. (3-0 nas GP). São Diogo Costa faz 4 milagres e coloca Portugal nos quartos-de-final.


Depois da derrota - que não foi comprometedora - e da exibição muito pouco conseguida frente à Geórgia, Portugal defrontou a Eslovénia para o primeiro mata-mata do Europeu.

Sem invenções e já com uma equipa próxima do onze ideal, o conjunto de Roberto Martínez, como se esperava, entrou a dominar, a jogar no meio-campo dos eslovenos, claramente de tracção à retaguarda, ameaçar, mas sem marcar.

Aos poucos a Eslovénia começou a soltar-se, Portugal entrou num futebol confuso, trapalhão, pouco fluído, não havia ninguém capaz de desequilibrar, desmontar a teia defensiva do adversário.

Numa saída rápida para o contra-ataque através de Rafael Leão, livre perto da área, Cristiano Ronaldo atirou por cima. Era o jogador do Milan, ajudado por Nuno Mendes, o único capaz de meter velocidade, agitar, criar algum perigo. Não adianta cruzar muito e depois só ter Ronaldo na área, um Ronaldo que já não tem aquele tempo certo de subir e cabecear, já não é letal.

A Eslovénia com menos posse de bola, era mais pragmática, dois toques chegava na frente e também ameaçava.

Antes do intervalo Palhinha esteve perto do golo, a bola raspou o poste e saiu.


O nulo ao intervalo era um resultado que se ajustava. Faltava a Portugal que Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva e Bruno Fernandes  aparecessem mais no jogo. O jogador do City não tinha um rasgo, recebia e tocava, o do United estava muito sobre a esquerda, zona onde já lá estavam Nuno Mendes e Rafael Leão, o capitão não era o ponta-de-lança que a equipa precisava.


Portugal entrou com o mesmo onze na segunda-parte, até começou bem e podia ter marcado. Bernardo Silva atirou por cima.

Novamente de livre perto da área, Ronaldo acertou na baliza, mas foi direito ao guarda-redes.

Com Cancelo bem a desmontar o lado esquerdo da defesa eslovena e a encontrar espaços, o perigo rondou a baliza de Oblak num período em que o domínio português se intensificava. 

Roberto Martínez fez a primeira substituição - minuto 65 -, tirou Vitinha e meteu Diogo Jota, Bruno Fernandes passou para o meio.

Mais um livre de Ronaldo para fora. É, enquanto não fizer golo não há nada para ninguém.

Sem conseguir desbloquear o jogo, o seleccionador português fez entrar Francisco Conceição - minuto 76 - para o lugar de Rafael Leão e como Bernardo é intocável, o "Espalha Brasas" foi para um lugar onde pouco tem jogado nos últimos tempos. 

Já perto dos 90 minutos Ronaldo sozinho rematou para a defesa de Oblak.

O jogo terminou empatado a zero. O prolongamento castigava a incapacidade portuguesa de traduzir em golos a superioridade e o domínio do jogo.


Nos 30 minutos suplementares, os primeiros 15 estavam a ser mais do mesmo: muita bola, mas tudo muito lento, denunciado, fácil para os eslovenos. Até que Diogo Jota de uma forma pouco ortodoxa, conseguiu ultrapassar alguns adversários, foi derrubado dentro da área, penálti que Cristiano Ronaldo falhou - muito mérito do guarda-redes da Eslovénia.

Para os últimos 15 minutos Portugal continuou a porfiar, mas o discernimento já não existia. A Eslovénia que já só queria chegar aos penáltis, beneficiou de um erro clamoroso de Pepe, só não marcou porque Diogo Costa fez um extraordinária defesa frente a um esloveno completamente sozinho.

Já quase a terminar, saíram Pepe e Cancelo, entraram Nélson Semedo e Rúben Neves.

O jogo chegou ao fim sem golos, tudo vai ser decidido no desempate através dos pontapés de grande penalidade.


Nos penáltis emergiu São Diogo Costa, defendeu três penáltis e como Ronaldo, Bruno Fernandes e Bernardo Silva a marcaram, Portugal segue para os quartos-de-final.

Acaba por fazer-se justiça, mas é preciso melhorar muito para o confronto de Hamburgo frente à França.



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