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sexta-feira, 16 de agosto de 2024


 

Depois de uma vitória natural e esperada frente ao Gil Vicente, o FCP viajou até aos Açores para defrontar o Santa Clara que na 1ª jornada surpreendeu ao golear o Estoril no António Coimbra da Mota por 4-1.
Com Diogo Costa, Martim Fernandes, Zé Pedro, Otávio e Galeno , Alan Varela, Nico González e Vasco Sousa, Iván Jaime, Namaso e Fran Navarro, duas alterações, em relação à equipa que entrou de início com o Gil Vicente - Vasco Sousa e Fran Navarro nos lugares de Eustaquio e Gonçalo Borges -, os azuis e brancos entraram a ter bola, mas numa perdida ainda no meio-campo do Santa Clara, deu origem a um contra-ataque dos açorianos que só não resultou em golo porque Diogo Costa fez um milagre.
Após o susto, Dragões novamente com bola, mas tudo muito lento, previsível, fácil para quem defendia com muitos para depois sair na transição - era preciso ter mais critério a definir, ser mais rápido a executar e passar melhor.
Na primeira vez que conseguiu ligar uma jogada e de Zé Pedro ter visto um amarelo por um erro de Martim Fernandes, Iván Jaime finalizou, colocou FCP em vantagem.
Em vantagem os portistas só podiam melhorar, para isso importante soltar e passar melhor. E foi já melhor e construindo bem, que o FCP conseguiu uma jogada que culminou num derrube na área a Fran Navarro. Penálti que Galeno não desperdiçou e aumentou a vantagem.
Fundamental ter cabeça, não inventar, aproveitar os espaços que os insulares na tentativa de reentrar no jogo iam dar, procurar aumentar o resultado.
Um erro grosseiro de Diogo Costa, displicente a abordar o lance, quase deu golo. Valeu Galeno a evitar que o Santa Clara reduzisse. Não pode ser - dominando o jogo e resultado, por erros que não se admitem, os açorianos podiam ter feito dois golos.
Após o 2-0 o FCP perdeu concentração atrás - guarda-redes e centrais -, enquanto no meio-campo e na frente em vez de se executar rápido andava-se demasiado com a bola, complicava-se, o Santa Clara recuperava, na saída aproveitava para criar perigo.
O pior é que o FCP mostrou que conseguia fazer bem. Prova que nas raras vezes que fez bem marcou dois e até podia ter feito outro.

O jogo chegou ao intervalo com Dragões na frente com dois golos de vantagem, numa exibição em que o resultado foi melhor que a qualidade de jogo.
Não se admite a uma equipa que tem mais de 70% de posse, por erros próprios, correr riscos de ter sofrido pelo menos dois golos.

Na segunda-parte e com dois golos à maior, pedia-se à equipa de Vítor Bruno cabeça, concentração, tentar aumentar a vantagem, ou, pelo menos não deixar o adversário entrar no jogo.
No recomeço o FCP em vez de sair com critério, circular e passar bem, parecia apostado em complicar. Parecia que cada um queria uma bola só para si, parecia um concurso para ver quem era mais trapalhão, inventava mais.
Aos 64 minutos os açorianos ficaram com 10, expulsão correcta de Adriano, após intervenção do VAR.
Vida facilitada para os azuis e brancos.
Ao minuto 67 saíram Nico e Fran Navarro, entraram Eustaquio e Pepê.
Aos 73 Vasco Sousa e Iván Jaime deram o lugar a André Franco e Gonçalo Borges.
O jogo arrasta-se, mesmo com superioridade numérica, o FCP não aproveitava para se exibir melhor.
Só aos 82 minutos cheirou o golo, num belo remate de Gonçalo Borges para uma excelente defesa de Gabriel Batista.
O mesmo na baliza dos Dragões, aos 86 minutos só não foi golo por acaso.
Antes tinha saído Namaso - incrível como esteve tanto tempo em campo... - para entrar Toni Martínez.
Até ao fim foi penoso ver o jogo.

OK, nesta fase importa ganhar, mas mesmo nas actuais circunstâncias é possível ganhar e jogar muito melhor. E a partir do momento que o Santa Clara ficou com 10, muito mais.
Há muita coisa a melhorar na qualidade de jogo do FCP. É preciso passar muito melhor, circular, definir e executar rápido, jogar um futebol mais consentâneo com o que se exige a um clube da grandeza do FCP.
Depois, vamos continuar com o Galeno na lateral do lado esquerdo defensivo a fazer todo o corredor? Vamos continuar a estourar fisicamente o luso-brasileiro?

Nota final:
«A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD vem informar o mercado que chegou a um acordo com o AFC Bournemouth para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva e 100% dos direitos económicos do jogador profissional de futebol Evanilson pelo valor total de 47M€ (quarenta e sete milhões de euros), correspondendo a uma remuneração fixa de 37M€ (trinta e sete milhões de euros), acrescida de uma remuneração variável máxima de 10M€ (dez milhões de euros). Este acordo prevê finalmente 10% de uma mais-valia futura na venda dos direitos de inscrição desportiva do jogador.

Mais se informa que, uma vez que a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD era apenas detentora de 80% dos direitos económicos do jogador, em momento anterior à cedência do jogador ao AFC Bournemouth, a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD logrou adquirir ao Tombense os 20% dos direitos económicos do jogador que ainda estavam na posse do clube brasileiro pela quantia de 4,75M€ (3,25M€ fixo, acrescido de 1,5M€ variável).

A FC Porto – Futebol, SAD assumirá a responsabilidade com o mecanismo de solidariedade devida a terceiros e declara que esta transferência não contou com qualquer intervenção de intermediação.»

Já é oficial, Evanilson deixa o FCP. Nas actuais circunstâncias é um bom negócio. 
Agora, o FCP perdeu os dois avançados que mais foram utilizados e mais golos marcaram nos últimos anos, precisa de reforçar o ataque. Espero que o faça sem cometer loucuras, mas com critério e arranje alguém que seja uma mais valia.
Desejo-lhe toda a sorte do mundo nesta aventura inglesa.

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