A minha costela romântica do futebol, aceita e compreende as declarações dos dirigentes e técnico leiriense a proprósito do F.C.Porto, não adiar para segunda-feira o jogo da 3ª jornada da Liga Bwin.

Mas, quando estamos a falar de alta competição, de um futebol que queremos cada vez mais profissionalizado, a postura dos Dragões é legítima (não viola os regulamentos), é normal, é natural, é compreensiva. O clube azul e branco, todos o reconhecem é rigoroso, bem estruturado, muito bem organizado, limitou-se a fazer valer os seus direitos, como o Pr. da U.D.Leiria quando foi o caso, defendeu intransigentemente o clube que preside. O exemplo Maciel é elucidativo.

Este assunto deve ser tratado com a profundidade que merece e não como alguns o fizeram, aproveitando o facto para criticar o F.C.Porto, já nem lhes ligamos.

Vamos ao que interessa: faz sentido participar nas provas da UEFA, quando não se tem as condições económicas e financeiras, para o poder fazer da forma exígivel a profissionais? 12 horas de Leiria a Israel é aceitável? A viagem de regresso com a equipa dividida em 3 voos é admíssivel? Não podiam os leirienses junto da UEFA e da Liga Portuguesa alterar os dias dos jogos com o Maccabi Netanya e a Académica? A diferença entre a viagem que o Leiria organizou e outra em voo charter é assim tão substancial, que não justifique o sacrifício? Resumindo o F.C.Porto agiu com profissionalismo, rigor e respeito pelos regulamentos.

Não merece por isso censura. Se queremos um futebol melhor e mais competitivo temos de ser exigentes.

O romântismo faz cada vez menos sentido, os tempos são outros.

De qualquer forma boa sorte Leiria, eliminem os israelitas.