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quarta-feira, 22 de outubro de 2008


Sou portista desde que me conheço, costumo até dizer, que sou portista desde que nasci. Atravessei, sem vacilar, um longo deserto de 19 anos, com apenas uma copo de água - Taça de Portugal em 1968 - e serei de certeza, portista até morrer.
Tenho a noção clara, da diferença de poderio económico e financeiro, que separa o F.C.Porto dos grandes potentados da Europa futebolística, mas não aceito, de forma nenhuma aceito, que me tirem o direito de sonhar. E é isso que está a acontecer. Quando se coloca a fasquia tão baixa, quando na antevisão do jogo contra os ucranianos, se fala como se se estivesse a falar de um papão do futebol europeu, não se motiva, não se galvaniza, não se chama público ao Estádio e pior, não se passa a mensagem correcta: de confiança, para dentro e para fora, capaz de levar
à comunhão, que muitas vezes leva à superação, à transcendência - ontem nem era preciso tanto - e às vitórias.
Digo não ao discurso do: - temos de ser realistas -, - os orçamentos são muito maiores que o nosso -, - só o jogador, tal, ganha mais que toda a equipa do F.C.Porto - etc. Se tudo tivesse a ver com os orçamentos, então o F.C.Porto, tinha, por exemplo, de ganhar ao R.Ave e não ganhou.
Foi ousando ser Grande, fazendo das tripas coração, contra os Bayern de Munique, Manchester e tantas outras potências do futebol europeu, que o F.C.Porto liderado por J.N.Pinto da Costa subiu ao topo do Evereste, futebolisticamente falando, tornando-se um caso de estudo no futebol mundial. Ou nós portistas, recuperamos esse entusiasmo, a alma e a raça do Dragão, nos revoltamos no sentido positivo do termo, contra esta pasmaceira e damos um passo em frente, ou então, não há campanhas, por muito boas que sejam, capazes de motivar, entusiasmar e levar público ao Estádio e fazer crescer o clube. O conformismo não se pode instalar, não podemos ser apenas uma equipa para consumo interno e quem não perceber isso, quem não estiver preparado para lutar contra isso, sejam dirigentes, técnicos ou jogadores, só tem um caminho...Rua!
Chegar ao topo da montanha, custou muito, mas para descer até a rebolar se vem.
Faltam 15 dias para Kiev. É tempo suficiente para preparar as tropas, mostrar qual é o caminho e ver quem está preparado para o trilhar.
Eu apoiarei, mas quero um F.C.Porto ambicioso e capaz de honrar a sua História Gloriosa. Ninguém conte comigo para um F.C.Porto de dimensão, apenas nacional. Eu quero mais, chamem-me utópico, sonhador, irrealista, o que quiserem, mas foi assim com utopias e sonhando alto, que conseguimos feitos, que muitos julgavam impossíveis.
Ninguém me pode impedir de sonhar...alto!
Têm a palavra, dirigentes, técnicos e jogadores, do F.C.Porto.
O tempo e a paciência, esgotaram-se, chega de conversa fiada, de desculpas esfarrapadas...no F.C.Porto não há tempo para ter tempo!
PS- As tácticas, a equipa, a gestão do plantel, os argentinos a mais ou os portugueses a menos, não me interessam, agora, para nada. São estes que temos, é com estes que temos de dar a volta ao texto e atingir os objectivos.

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