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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Não vale a pena estar com rodeios: esta equipa do F.C.Porto não tem dimensão europeia!

- Em Kiev vamos ter a prova, se esta minha afirmação, é correcta, ou não.
É uma equipa para consumo interno e, mesmo na Liga portuguesa, vai ter dificuldades.
Depois do humilhante jogo de Londres, esperavamos um F.C.Porto forte, dominador, capaz de traduzir essa superioridade, numa vitória e reabilitar-se perante os seus fiéis adeptos. Esperavamos também, um F.C.Porto estimulado pela história dos jogos contra o Dínamo - será que alguém explicou a estes meninos o feito dos anteriores confrontos com a equipa de Kiev? - e capaz de honrar essa memorável meia-final de 1987, em que um Porto de qualidade superior, espantou a Europa do futebol. Mas este F.C.Porto de Jesualdo é uma equipa à imagem do seu treinador: amorfa, cinzenta, incapaz de ter um golpe de asa, de entusiasmar, galvanizar e se sofre um golo e fica em desvantagem, então é quase certo e sabido, que não consegue dar a volta.
Não temos grandes estrelas, temos até, em alguns lugares - laterais da defesa e no ataque -, problemas, mas temos gente para mais. É a minha fortíssima convicção!
Hoje no Dragão, até começamos bem: dominamos, atacamos muito, mas sempre de forma pouco objectiva, sem criar grande perigo, deixando Lisandro muito sózinho na frente e permitindo, que os ucranianos, que defendem bem e tiveram sempre mais gente no meio-campo, lá fossem levando a àgua ao seu moinho. E surgiu o golo, no primeiro remate à baliza de Nuno - aqui abro um parêntesis, para dizer o seguinte: a campanha feita por alguns " notáveis" e "senadores", contra Helton, que recorde-se, é guarda-redes do F.C.Porto e não de um clube rival, é lamentável e o F.C.Porto já hoje sofreu as consequências. Nuno que entrou para a baliza do F.C.Porto, porque dizia-se, o guarda-redes brasileiro não fazia a diferença nos jogos importantes, hoje foi muito mal batido e como o F.C.Porto perdeu 0-1, está ligado à derrota portista.
Daí para a frente foi bater em ferro frio e raramente o conjunto azul e branco, apesar de dominar e ter mais posse de bola, deu mostras de poder mudar o rumo da partida e, já não digo ganhar, mas ao menos empatar.
Mais, a 15 minutos do fim, o F.C.Porto deu um estouro de todo o tamanho e permitiu que o Dínamo trocasse a bola a seu belo prazer e começando a ameaçar, voltar a marcar.
Raúl Meireles foi o melhor do F.C.Porto.
Declarações de Jesualdo no fim do jogo:
Jogo de duas metades
«Este foi um jogo de duas partes distintas. Na primeira, o F.C. Porto apresentou-se com a sua estrutura normal e o balanço ofensivo que conseguiu seria suficiente para chegar ao intervalo sem estar a perder. Sabíamos que não era fácil defrontar uma equipa com duas linhas nas zonas recuadas, que foi a forma como o nosso adversário se apresentou. O Dínamo de Kiev fez um remate ao longo da primeira metade e marcou um golo, enquanto nós tivemos três ou quatro situações, sem conseguirmos concretizar».
Um golo alterava o rumo do encontro
«Aquilo que fizemos até ao intervalo foi o que deveríamos ter feito. A partir de determinada altura, sobretudo quando o golo não aparece, sabemos que os jogadores começam a perder a lucidez. Acredito que um golo nosso teria alterado o jogo e saio com a convicção de que temos de ganhar em Kiev, para depois na Turquia definirmos o posicionamento do grupo. O jogo de Kiev vai ser decisivo».
Equipa séria
«Quero deixar, como registo final, que considero que os meus jogadores foram muito sérios, trabalharam muito e tiveram sempre muita vontade de ganhar o jogo. Este foi um jogo relativamente atípico e nós tivemos oportunidades para resolvê-lo. Os jogadores sofreram muito, estão tristes, mas sentem que deram tudo durante o encontro».

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