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quinta-feira, 23 de outubro de 2008


A ideia deste post surgiu-me depois de uma conversa com um amigo a propósito do F.C.Porto: equipa, treinador, jogadores, etc., após a derrota com o Dínamo e porque ele me disse: " É preciso dar tempo ao tempo. O futebol não é PlayStation. " Como a mesma resposta já me tinha sido dada por outro amigo, versando o mesmo assunto, resolvi, porque a minha opinião, não é a mesma, dizer o que penso.
Nesta minha longa caminhada, jogando, vendo e lendo futebol, sempre torci o nariz, quando ouvia um treinador dizer: " É preciso tempo, é preciso criar automatismos." Agora, essa " velha " expressão, sinais dos tempos, foi substituída, pela expressão referida no título do post. Sempre achei isso um exagero, conversa para desviar as atenções de algumas incapacidades e uma forma de arranjar desculpas, para alguns insucessos. Mas se em determinado período ainda tive dúvidas, perdi-as completamente, na época de 1993/1994, quando o F.C.Porto orientado por Tomislav Ivic, jogava mal, atacava pouco, não entusiasmava - cada vez menos gente ia ao Estádio -, mas pior do que isso, não ganhava. Por malhas que o destino tece, Bobby Robson, foi despedido do Sporting e coincidência, das coincidências, Tomislav Ivic, recebeu um " convite " para instrutor da Fifa - Foi assim, desta forma, elegante e com respeito, que J.N.Pinto da Costa interrompeu a ligação do técnico croata ao F.C.Porto .- Juntou-se o útil ao agradável, contratado, numa jogada de génio, o técnico inglês, logo tudo se alterou no futebol portista. A equipa e os jogadores pareciam outros: o futebol pobre, pouco atractivo e que não entusiasmava ninguém, deu lugar a um futebol de ataque, espectacular, ganhador e o Estádio, ou melhor, os Estádios, onde o F.C.Porto se deslocava, passaram a estar sempre cheios.
Tivesse vindo Bobby Robson, mais cedo umas jornadas e o título que foi para o Benfica, poderia ter vindo para o F.C.Porto. Mesmo assim, discutimos o campeonato até ao fim e ganhamos a Taça de Portugal.
Não se deve extrapolar do que escrevi, que defendo a saída de Jesualdo, mas pode e deve-se concluir, que não concordo nada com essa lengalenga do tipo: " a equipa está a crescer, precisa de tempo ", " os jogadores vêm de outros campeonatos e têm de se habituar a outras exigências " e outras fases parecidas. Isso é para a pré-época, para os jogos de início de campeonato, a partir de de certa altura, esse tipo de conversa para mim não colhe! Repito mais uma vez: - estas coisas devem ser ditas muitas vezes - não temos um conjunto de estrelas, nem um plantel recheado de craques, mas temos gente para fazer mais e melhor.
Ou melhor, temos de fazer melhor, principalmente na C.League!
É preciso mudar e para começar, que tal mudar de discurso?


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