Ultrapassado, vitoriosamente, o sempre difícil obstáculo da Amadora, que tantos amargos de boca lhe tem causado e com as contas da Liga acertadas, o F.C.Porto recebe o Marítimo na 12ª jornada, última, antes da pausa natalícia. A equipa madeirense que estava a fazer uma excelente prova, ia nos lugares cimeiros e até era considerada umas das boas surpresas da Liga, descarrilou nos dois últimos jogos - Liga Sagres e Taça da Liga - contra o Benfica e o Sporting, onde sofreu 9 golos e não marcou nenhum. É pois, um Marítimo que tudo irá fazer para se reabilitar e à procura de regressar ao período anterior a essa má fase, aquele que se vai apresentar no Dragão e como sabemos, não há melhor remédio para curar feridas, que um resultado positivo em casa do Tricampeão. Para contrariar essa vontade dos verde-rubros, o Melhor Clube Português, que vai numa sequência magnífica de vitórias e quer acabar o ano conquistando o 10º triunfo consecutivo - seria uma boa prenda de Natal, para os seus apaixonados e fieis adeptos -, vai ter de dar o máximo e jogar o seu melhor. Mesmo não tendo sido constante nas exibições, o F.C.Porto que já tem tido períodos muito bons durante os jogos - últimos 25 minutos no Bonfim, primeiros 20 na Reboleira, por exemplo... -, está mais estabilizado, a crescer como equipa, com, principalmente no ataque, jogadores num belo momento de forma e portanto, oferece garantias. A crise - para mim foi uma crise, pois três derrotas seguidas é uma anormalidade no F.C.Porto... - já pertence ao passado, o mau tempo já lá vai e esta equipa, estes profissionais, mostraram estar à altura das responsabilidades e das exigências, de um clube sempre habituado a ganhar.

Agora e resumindo, é só dar continuidade a este ciclo vitorioso. Apesar das dificuldades, acredito que vamos conquistar mais uma vitória e ter, desportivamente - valha-nos ao menos isso -, um Natal feliz.

O árbitro é Duarte Gomes, auxiliado por Bertino Miranda e por Pedro Garcia.

Benítez, Bruno Alves, Farías, Fernando, Fucile, Guarin, Helton, Hulk, Lisandro, Lucho, Mariano, Nuno, Pedro Emanuel, Raul Meireles, Rodríguez, Rolando, Stepanov e Tomás Costa.

«Não encontramos neste cenário de nove vitórias consecutivas mais motivação do que aquela a que o estatuto do F.C. Porto nos obriga em qualquer jogo. Restam três jornadas para disputar na primeira volta da liga e nós perseguimos o primeiro lugar. À medida que nos vamos aproximando dos nossos objectivos, mais nos vamos moralizando. Estamos a aproximar-nos dos líderes e queremos chegar rapidamente à liderança da liga. Na posição em que estamos, temos de pensar jogo-a-jogo, sabendo que faltam 18 para o final do campeonato e que queremos acabar em primeiro».

«Estou certo de que o Marítimo vai ser um adversário difícil, é uma equipa que respeitamos muito e convém recordar que, até à derrota que sofreram frente ao Benfica, eram a defesa menos batida do campeonato. O jogo com o Marítimo surge num momento em que o F.C. Porto se encontra numa espiral de vitórias e pode ficar no ar a ideia de que este é um jogo de festa. Não é. É uma partida que encaramos com grande seriedade e, nesse sentido, gostaríamos de ver o estádio cheio, sendo essa a melhor forma de toda a família portista desejar um natal feliz e um bom ano entre si».

«O patamar em que estamos está longe daquilo que consideramos que a equipa pode vir a ter. Penso que é uma questão de mais trabalho e de mais confiança para chegarmos onde pretendemos. Sofremos muito para chegarmos até aqui, mas estou certo de que vamos prosseguir com melhor rendimento, mais continuidade e mais capacidade de controlo, numa gestão de equipa que tem de ser criteriosa, objectiva e ambiciosa. O F.C. Porto é candidato às quatro provas em que está inserido e temos de ter a capacidade de estar nelas com dignidade e espírito vencedor. Toda a estrutura do F.C. Porto concentra atenções nos cinco meses que restam para competir e, como é característico neste clube, toda a gente está a remar para o mesmo lado».

«A paragem no campeonato é igual para todos. Eu sou a favor de uma pausa nesta altura e apenas pretendo que as estruturas responsáveis pelo futebol traduzam no calendário a qualidade de jogo que as equipas apresentam antes das paragens programadas. Temos seis dias de descanso e vamos aproveitá-los bem. Temos de gerir os nossos processos para evitar que as perdas não sejam significativas e estou seguro de que tal não acontecerá. Eu continuo a defender uma pausa maior para esta altura».