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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


Em Setúbal, perante um Vitória muito moralizado pelo empate na Luz, o F.C.Porto para vencer, tem de ser muito mais competente do que foi no último jogo contra a Académica.
Numa altura muito importante da época, em que não se pode perder pontos, o Tricampeão tem de encarar o jogo contra a equipa sadina, da mesma forma, com a mesma atitude e o mesmo espírito, com que encara os jogos da C.League e os jogos, contra os outros grandes do futebol português.
Falo da atitude e do espírito, porque me parece que está aí um dos problemas do conjunto azul e branco na Liga e contra os conjuntos, teoricamente, mais fracos.
Não digo que seja propositado, pode ter a ver com questões mentais, mas que me parece, parece.
Outro problema, é o modelo de jogo do F.C.Porto de Jesualdo. Sendo um modelo que previligia as transições rápidas - contra-ataque - e não a posse de bola, abdicando de ter nas suas equipas o chamado Nº10, normalmente um jogador criativo, capaz de desiquilibrar no último terço do campo, para além de fazer a ligação defesa / ataque, o F.C.Porto tem, com Jesualdo, muitas dificuldades em jogar contra equipas fechadas, que só defendem - todos atrás da linha da bola - e que raramente saem para o ataque com muitos jogadores. Foi esse o problema contra a equipa de Coimbra, tem sido esse o problema contra equipas como a Académica e, como se viu na segunda-feira, há alturas em que a equipa portista fica completamente partida, com três, às vezes quatro, a atacarem e depois todos os outros, a uma distância de mais de trinta metros, o que os impede de ajudar, ganhar segundas bolas e deixa os homens da frente, em clara desvantagem numérica.
Se a tudo isto, juntarmos os laterais que não sobem - mais Sapunaru que Fucile - e a má forma de Lucho, temos a explicação para as dificuldades e o mau futebol, da equipa de Jesualdo, na maioria dos jogos do campeonato.
Resumindo: apesar de tudo isto isto, temos de ganhar e colocar pressão nos nossos mais directos rivais. Só assim estaremos em condições, de na segunda-volta - altura em que os receberemos no Dragão - lutarmos pelos objectivos de ganhar o Tretracampeonato.
O árbitro é Jorge Sousa, auxiliado por José Ramalho e por António Vilaça.

Convocados do F.C.Porto:
Benítez, Bolatti, Bruno Alves, Farías, Fernando, Fucile, Guarin, Helton, Hulk, Lino, Lisandro, Lucho, Mariano, Nuno, Pedro Emanuel, Rodríguez, Rolando, Tarik Sektioui e Tomás Costa


Antevisão de Jesualdo:
Vit. Setúbal moralizado
«Sabemos que vamos encontrar muitas dificuldades neste encontro. O Vitória está moralizado pelo resultado que alcançou no Estádio da Luz e, à semelhança de qualquer equipa que defronta o F.C. Porto, vai estar muito motivado. Este jogo apresenta alguns factores condicionantes diferentes, nomeadamente o tempo, com vento, frio e o terreno molhado, que podem dificultar ainda mais a nossa tarefa. Em suma, este é um jogo de grau de dificuldade elevado».
Atitude nos limites
«Tendo noção de que vamos ter um jogo complicado, também podemos garantir que a nossa atitude vai ser a de jogar nos limites, sobretudo porque sabemos que temos três jogos para vencer no campeonato até ao final do ano, de modo a podermos aproximar-nos do nosso objectivo, que é estar na frente da classificação. Este é um período de gestão táctica, sobretudo, e de observação precisa do momento dos jogadores. Temos tudo programado no sentido de chegarmos ao jogo com o Marítimo com todos os jogadores em boas condições, com o objectivo de garantirmos níveis de capacidade bons para que a perda seja menor durante a paragem do fim de ano».
Lucho jogador de equipa
«Quando há três semanas ganhámos em Kiev com um golo de Lucho, que acabou por ser expulso, dizia-se que a falta dele no encontro de Istambul seria muito negativa para o F.C. Porto. Depois de ganharmos ao Fenerbahçe, a questão passou a ser outra e o Lucho passou a já não estar bem, a sua presença passou a ser questionada. Desde que está no F.C. Porto, o Lucho tem vindo a ter uma constância em termos de presenças e, esta temporada, tem vindo a fazer um trabalho diferente do da última época, sobretudo em prol da equipa. Por razões de coesão da equipa, trabalha de forma diferente. O Lucho é um grande jogador de equipa e, a nós, cabe-nos a tarefa de fazermos a gestão do grupo, sob o ponto de vista físico, técnico, táctico e social».
Potenciar capacidades de Hulk
«Li as declarações de Hulk e achei-as muito interessantes. É verdade que não lhe “puxei as orelhas”, porque a primeira coisa a não fazer quando um jogador novo chega a uma equipa é retirar-lhe os seus atributos, retirar-lhe as características que tem e traz para a equipa. O que devemos procurar é potenciar as suas capacidades e colocar-lhe propostas alternativas, de forma a integrá-lo nos processos da equipa. Quando ele entender o jogo, quando estiver no patamar que queremos, em que o detalhe faz a diferença, aí sim, poderá surgir a oportunidade de lhe “puxar as orelhas”».
Ano de muito gozo
«Este é um ano que me está a dar muito gozo. Sabemos que as avaliações ao nosso trabalho são feitas em função das intenções de quem avalia. Para mim, o facto de o F.C. Porto ter conseguido alcançar a qualificação para a próxima fase da Champions é um atestado de competência ao trabalho dos jogadores e de todas as pessoas que trabalham com a equipa. A cultura de exigência do F.C. Porto é fundamental para o clube continuar a ganhar, independentemente do que se passa noutros lados».

Super Flash de Hulk:
«Vai ser um jogo difícil, frente a uma equipa que ainda na última jornada conseguiu um empate no Estádio da Luz. No entanto, sabemos exactamente o que temos de fazer e vamos todos procurar correr o máximo para alcançarmos um resultado positivo.»
«É sempre bom quando um adversário directo perde pontos, mas temos de pensar em nós em primeiro lugar. Independentemente disso, temos de fazer o nosso trabalho e ganhar os nossos jogos, que é o mais importante. Só assim poderemos liderar o campeonato.»
«Faltam-nos disputar três jogos para a Liga até ao final do ano e o nosso objectivo é ganhá-los, embora tenhamos consciência de que não vai ser fácil, uma vez que todas as equipas dão o máximo contra o F.C. Porto.»
«Tenho-me adaptado muito bem ao clube e sinto que melhorei bastante desde que aqui cheguei.»
«Sei que algumas pessoas dizem que sou um jogador que não passa a bola… A verdade é que o treinador nunca me puxou as orelhas por isso, o que é um sinal de que estou a fazer o trabalho certo.»
«Os adeptos são o nosso 12º jogador. Têm-nos apoiado bastante (ainda agora sentimos isso, na partida frente à Académica) e espero que continuem a marcar presença nos nossos jogos.»
«No F.C. Porto não há individualismos. Todos querem dar o máximo para ajudar a equipa. É natural que nem sempre os jogadores tomem as decisões mais acertadas, mas isso faz parte do futebol.»
«Procuro estar sempre bem, sobretudo fisicamente, para poder correr atrás de todas as bolas. Se faltar um minuto para acabar o encontro, um jogador tem de estar preparado para correr e ajudar a equipa.»
«Claro que acalento o sonho de chegar à Selecção Brasileira. Há que continuar a trabalhar bem e esperar por uma oportunidade.»
«Não tenho nenhuma meta de golos para esta época, mas vou certamente agarrar todas as oportunidades que tiver para marcar e ajudar o F.C. Porto. O principal objectivo é ser Campeão.»
«É óbvio que gosto de actuar ao lado do Lisandro. Trata-se de um jogador de qualidade; tem experiência, técnica e velocidade e ainda por cima foi o melhor marcador do campeonato da temporada passada.»

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