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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009



O treinador do F.C.Porto, Jesualdo Ferreira, na antevisão dos jogos no Dragão, faz sempre um apelo aos portistas, para que compareçam. Os adeptos do F.C.Porto lá vão aparecendo, mas assim, com exibições como a desta noite, de certeza, que cada vez vão ser menos a ir ao Estádio. Não há paixão que resista a tanta falta de qualidade, a tantas exibições abaixo dos mínimos exigíveis, a tanta falta de entusiasmo, ao ponto de se poder dizer, que se não fossem os Super-Dragões estarem sempre a cantar e a apoiar, adormeciamos todos.

Compreendemos e percebemos, que os tempos de crise não admitem grandes banquetes - e nós comiamos muito bem no Dragão -, mas que Diabo, comer sempre sardinhas enlatadas, custa muito, senhor professor.

É, confesso, muito difícil perceber este Porto de Jesualdo: se não marca nos primeiros minutos, as coisas complicam-se e acontecem empates como nos jogos contra o Marítimo e Trofense.
Hoje, marcou cedo, tinha o caminho aberto para uma boa exibição, mas depois de marcar, deixou de jogar, deu a iniciativa ao adversário, não pressionou, não segurou a bola, errou passes e mais passes e só não sofreu grandes dissabores, porque Nuno foi o seu melhor jogador. Foi assim na primeira e na segunda-parte, as melhorias foram muito poucas. Equipa lenta, abúlica, que parecia estar a jogar por jogar, como se a Taça fosse coisa de menor importância...

Sinceramente, esta equipa portista não se dá ao respeito e permite que os adversários lhe faltem ao respeito.
Mas o que é extraordinário é que o técnico portista assiste a isto, impávido e sereno, como se estivesse a assistir a uma grande noite de futebol e não faz nada. Não mexe, deixa rolar, não é pró-activo...hoje teve sorte, o problema é quando ela não aparece...

Muito bem o Leixões, que merecia o prolongamento sem favor.

Não sei, para além de Nuno, quem devo destacar...talvez R.Meireles, Stepanov, B.Alves, Fucile e quem mais?
Mariano, que marcou o golo, tanto faz uma coisa bem como logo a seguir faz o maior disparate.
Guarín, como é possível...? De Benítez não falo mais. Hulk, cansado, egoísta, parecia uma sombra do jogador que desbaratou o S.C. de Braga. Lucho e Lisandro, ainda bem que Maradona não esteve no Dragão. Tomás Costa e C.Rodríguez, entraram na onda do mau futebol e não trouxeram melhoria nenhuma.

Atingimos os objectivos e estamos nas meias-finais. Os pragmáticos dirão que é o que interessa... para mim é pouco! É perfeitamente possível conciliar vitórias com exibições de melhor qualidade, mas devo ser demasiado exigente...

Depois de ler as declarações de Jesualdo, só posso concluir que não vimos o mesmo jogo. Como ele é um expert, só me resta admitir que não percebo nada de futebol. Nem eu nem o meu grupo de amigos que assistiram ao jogo.

Atentem nas declarações do técnico portista:

Jogo intenso
«Assistimos a um jogo muito interessante, defrontámos um grande Leixões e ultrapassámos uma eliminatória difícil. Foi importante marcarmos cedo porque nos permitiu ganhar o jogo. Entrámos bem no encontro mas fomos perdendo progressivamente o controlo da partida, também devido à falta de frescura de alguns jogadores, ainda marcados pelo jogo muito intenso de Braga. Alcançámos o nosso objectivo graças a muito esforço dos jogadores».

Equilíbrio e espectáculo
«Realço que defrontámos uma boa equipa, que conseguiu repartir o jogo connosco e foi muito importante a forma como alguns jogadores novos foram capazes de viver estes momentos importantes. Fizemos uma boa preparação para este jogo, que foi equilibrado, um bom espectáculo e que teve uma boa arbitragem».

Ultrapassar um ciclo difícil
«O F.C. Porto está em todos os objectivos a que se propôs e terminamos o mês de Janeiro, muito preenchido em várias competições, com uma derrota frente ao Nacional que não influencia o nosso desempenho. O mais importante é que à medida que os jogos vão acontecendo, os novos jogadores vão sendo integrados na estrutura da equipa».

Formato promove mérito dos finalistas
«Acho que quem chegar à final neste formato da competição, com dois jogos nas meias-finais, será seguramente merecedor de estar lá. Este formato tem vantagens e desvantagens, mas promove o mérito de quem alcança a final. Dois jogos nas meias-finais atestam melhor a capacidade de quem passa ao jogo decisivo».

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