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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009



Ando no futebol e acompanho de perto o meu clube, há tempo suficiente, para conhecer muito bem a táctica, daquilo que costumo designar, como máquina de propaganda vermelha. Consiste basicamente no seguinte: se um árbitro errar nos jogos do Benfica e a favor da equipa encarnada e nos jogos do F.C.Porto, contra a equipa Tricampeã, não há problemas, os árbitros são seres humanos, não têm os meios técnicos de quem está a ver na televisão, o lance era de difícil decisão, etc. Se pelo contrário, um árbitro erra contra o Benfica ou a favor do F.C.Porto, estava feito, pertence ao sistema, não viu porque não quis, etc. Se por exemplo, o F.C.Porto tiver sido prejudicado em três jogos seguidos, mas ao quarto for beneficiado, a máquina esquece os prejuízos e só contabiliza os benefícios. Os jogos das últimas jornadas são sintomáticos do que eu estou a dizer. Mas mais, ao contrário do que apregoam certos fariseus, eles não estão nada preocupados com as melhorias no futebol, não, eles querem é confusão e polémica, senão como explicar, que o saloio do Cristiano Miguel, no fim do jogo Braga/Porto, em vez de perguntar como se sentia Jesualdo, novo líder do campeonato, ou vencedor num campo difícil, lhe perguntou, sobre o golo em fora-de-jogo? Este exemplo do jornalista da RTP, pode multiplicar-se por muitos outros; é só ler os jornais, ouvir a rádio ou ver as televisões.
Serve tudo isto para dizer que a partir de agora o meu comportamento sobre as análises ao trabalhos dos árbitros vai mudar radicalmente. No fim do jogo F.C.Porto/Trofense em post com o título, Sem estofo de líder., entre outras coisas, dizia o seguinte:
«O árbitro errou? Claro que errou, mas quem joga tão pouco, quem não consegue marcar um golo, quem é incapaz de ganhar ao Trofense, não deve, fica-lhe mal, desculpar-se com os erros do árbitro. Tem de olhar primeiro para o seu interior e aí, buscar as razões de mais um empate e a zero.». A partir de agora, lances de dúvida a favor F.C.Porto, passam a ser certezas absolutas, lances de dúvida contra o Tricampeão, não se passa nada. Se quem tem o dever de ser isento, rigoroso e equilibrado, tratar todos por igual, não o faz, não me peçam a mim, que não tenho nenhum código deontológico para respeitar, que o faça. Para concluir este assunto, no F.C.Porto/Trofense e se fosse agora, eu diria: o F.C.Porto só não ganhou porque foi claramente prejudicado pelo árbitro!

Que ninguém ouse pedir aos portistas da blogosfera, uma isenção que não se vê na Comunicação Social.

Uma grande nota final, sobre o Domingo Desportivo de ontem: normalmente não vejo o programa desportivo da RTP, ao fim da noite de Domingo. Não vejo e a razão para não ver é muito simples: tenho o mais profundo desprezo, asco mesmo, pessoal e profissional, pelo Carlos Daniel. Mas ontem resolvi ver e o que vi, só confirma as minhas razões. O benfiquista e anti-portista de Paredes, transformou o programa numa espécie de espaço Benfica na televisão pública.
A entrevista, encomenda, a Paulo Assunção; as análises aos trabalhos dos árbitros a cargo de Paulo Parati e Cruz dos Santos e o tratamento jornalístico, do Belenenses/Benfica, são um espanto de rigor, isenção e credibilidade, pró-Benfica, que só encontra paralelo no Freteiro Delgado, no sinistro Cartaxana, ou nessa figura patética e ridícula, que é Valdemar Duarte.
Sobre a entrevista ao jogador do Atlético de Madrid, retive a parte em que ele diz: «fui ameaçado de levar um tiro se não renovasse o contrato e a partir daí, fiquei sem condições para continuar no F.C.Porto»
Ora, Paulo Assunção não renovou e como é óbvio, também nada lhe aconteceu. Sobre a falta de condições para renovar depois das ameaças, é apenas uma desculpa esfarrapada e uma mentira reles: ele já tinha decidido sair muito antes! Se quisermos especular e sermos mauzinhos, até podemos dizer, que isso lhe deu jeito e foi o pretexto que esperava, para definitivamente, sair pela porta dos fundos, ao abrigo da lei Webster, uma lei injusta, à qual só recorrem, alguns, chamemos-lhes assim, habilidosos!...
Sobre os comentadores de arbitragem do Domingo Desportivo, importa dizer que Paulo Parati, era o árbitro que Luís Filipe Vieira, queria muito a arbitrar os jogos do Benfica. Ele lá saberá porquê. Já Cruz dos Santos é um ex-jornalista de A Bola, reformado, mas continua com uma rubrica no jornal para falar de arbitragem. É também um benfiquista conhecido e aziado e as suas análises ao trabalhos dos juízes são tudo menos isentas.
Finalmente o tratamento jornalístico do Belenenses/Benfica: repito que não costumo ver o programa e por isso não sei se é normal acontecer, mas ontem, eram bolinhas e círculos vermelhos, à volta dos jogadores do Benfica...é normal acontecer com todos os clubes, nomeadamente os grandes, que são os que têm mais destaque? Será que na análise ao Braga/F.C.Porto, eu perdi essa parte das rodinhas e dos círculos e também houveram círculos e rodinhas azuis?

Conclusão: estarei sempre muito atento ao F.C.Porto e serei sempre crítico, quando houverem razões que o justifiquem. Mas as minhas melhores energias, serão para combater e denunciar, os inimigos do F.C.Porto, aqueles que sem vergonha e sem pudor, tratam mal, descriminam, fazem passar sempre, uma imagem negativa de um clube, que pela sua história, pelo seu sucesso, por tudo que tem feito pelo desporto e em particular pelo futebol português, merece ter pelo menos, um tratamento igual aos outros da sua igualha.

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