Populares Mês

domingo, 11 de janeiro de 2009


Para ganhar este campeonato é preciso um Super-Porto - Explicarei porque digo isto, com detalhe, um dia destes, mas como devem imaginar, tem a ver com o que vi hoje no Benfica-Braga.

É preciso um Porto valente, corajoso, audacioso, à imagem e à semelhança, das pessoas que o transformaram, e que fizeram dele, o melhor clube português e um dos grandes clubes europeus.
Também é preciso, um Porto à imagem e à semelhança dos seus sócios, adeptos e simpatizantes, homens e mulheres, de coragem, que com o seu apoio, entusiasmo e dedicação, contribuiram para que isso acontecesse, sendo a rectaguarda mobilizada, que sempre deu força, a quem dirigia.

E não um Porto à imagem e semelhança, do seu treinador: prevísivel, pouco ambicioso, sem chama e seu crença e que mesmo sendo líder, mesmo sabendo que tinha que ganhar, para continuar a ser líder, jogando em casa contra uma equipa vinda da segunda divisão, nunca mostrou ter estofo para continuar a liderar. Uma tristeza!

O árbitro errou? Claro que errou, mas quem joga tão pouco, quem não consegue marcar um golo, quem é incapaz de ganhar ao Trofense, não deve, fica-lhe mal, desculpar-se com os erros do árbitro. Tem de olhar primeiro para o seu interior e aí, buscar as razões de mais um empate e a zero.

Na antevisão do jogo eu tinha escrito:

«...é necessário um Porto, igual ou superior, ao da segunda-parte na Choupana e não aquele Porto, abúlico, que fica à espera que os golos apareçam mais tarde ou mais cedo, que não pressiona, que entra devagar, sem a atitude e o espírito certo, e que já teve, infelizmente, consequências bem desagradáveis, com perdas de pontos, que não estavam nos nossos planos.Vai ser preciso também, ter em conta a postura muito defensiva da equipa da Trofa...»

«Ora contra estas equipas fechadas, Sr. Professor Jesualdo, é preciso ser audaz e não ter medo de arriscar. Nesse sentido, e até porque já não tem a frescura ideal, para disputar dois jogos em tão pouco espaço de tempo, junto ao facto de não ser um lateral e não dar profundidade ao ataque, é logico que não jogue o capitão, Pedro Emanuel e entre no seu lugar Benítez, jogando Fucile no seu lugar de origem. Pela amostra de quinta-feira - ao contrário do que li e ouvi em muita gente, não gostei de Benítez -, é isso que vai acontecer. Assim e contrariando a solução lógica, eu colocaria na lateral-esquerda o internacional uruguaio e na direita, Tomás Costa.»

Tudo isto aconteceu e, o que é absolutamente inacreditável, era previsível que acontecesse. Jesualdo não fez nada, nada de nada, para antecipar os acontecimentos e mais uma vez, viu-se um F.C.Porto a entrar bem, a ter duas oportunidades flagrantes para marcar e depois, até ao intervalo, a deixar correr, a não pressionar, a jogar devagar, devagarinho e a passo, com a defesa a irritar na lentidão de circulação de bola, o meio-campo pouco imaginativo e o ataque, trapalhão e perdulário. Um filme que se tem repetido, sem que o treinador dê um safanão, mexa sem medo e com coragem e não fique à espera que as vitórias caiam do Céu.
Na segunda-parte melhorou um pouco, mas tal como aconteceu contra o Marítimo, foi mais com o coração que com a cabeça e só nos últimos quinze minutos a equipa da Trofa sofreu um verdadeiro sufoco. Pouco, muito pouco, para um Tricampeão e que quer ser Tetra.

Porque não saiu Benítez logo ao intervalo, como aconteceu na Choupana, com P.Emanuel? Porque na Madeira estavamos a perder e no Dragão estavamos a empatar? Mas há alguma diferença entre estar a perder 1-0 e estar empatado em casa, a zero?

Como eu disse no início do post, este campeonato vai ser muito complicado. Que definitivamente, o treinador do F.C.Porto acorde, deixe de lado os medos que o tolhem e esteja à altura da Instituição que representa. Começando por dizer a alguns meninos, que se querem pouco, há muita gente - como se viu na quinta-feira - que quer muito.

O que não pode acontecer é isto e cito Jesualdo:
«Queremos muito público no Dragão, espero ter o estádio cheio, sobretudo porque é importante que a massa associativa do F.C. Porto perceba que precisamos deles nesta fase da época».

E depois, na noite gelada de Domingo, a horas impróprias para ver futebol, os adeptos corresponderem e o treinador e a equipa...não!

Chega de abébias, chega de conversa fiada, chega de desculpas...

Não vou destacar ninguém, mas se tivessse de destacar alguém, era o jovem Fernando, que saiu, quando estava a ganhar todas as bolas e a matar à nascença todos as tentativas do Trofense.

Declarações de Jesualdo:

Intensidade e dificuldade
«As dificuldades que sentimos para marcar explicam-se de duas formas. A incapacidade de dirigir a bola, de a fazer entrar na baliza, e a forma intensa como a equipa entra no jogo, que nos obriga a marcar um golo e a provocar a reacção na outra equipa. Não marcando, a outra equipa passa a acreditar e a defender ainda mais.»

Dominador
«O FC Porto foi dominador, criou um sem-número de oportunidades. O Trofense fez aquilo que o árbitro deixou fazer, envolvendo-se em perdas de tempo e simulações de lesões.»

Dois penáltis
«Ficaram dois penáltis claros por assinalar a favor do F.C. Porto. Convido-os a rever as imagens em que o Fucile e o Lisandro são derrubados na área. Ainda hoje, num jogo que envolveu um candidato ao título e outro que pode assumir essa condição, aconteceu precisamente o contrário. Não houve uniformidade de critérios nesta jornada, sentimo-nos penalizados, mas também sabemos que somos responsáveis por não termos conseguido vencer.»

Agressividade
«Parece que temos dificuldade em ganhar no Dragão. Aconteceu com o Marítimo e, agora, com o Trofense, embora hoje tenha sido diferente, pela forma mais intensa com que jogámos, embora a equipa, na segunda parte, não tenha sido tão agressiva quanto eu pedi.»

Ao ataque na Champions
«Fomos defensivos na Champions, disse o Tulipa? Certamente não viu os jogos do F.C. Porto, porque não se ganham quatro jogos com uma postura defensiva.»

Seis jogos decisivos
«Custa-nos perder o primeiro lugar, porque deixámos de estar na frente e porque isso afecta a equipa. O jogo em Braga vai ser muito complicado, mas sabemos que temos argumentos para vencer. As cinco ou seis jornadas que aí vêm vão definir o título e nós temos de estar preparados para eles. Vamos aprender com estas situações e trabalhar muito. Já superámos situações bem mais difíceis do que as provocadas por um empate em casa com o Trofense.
Nota final: regressa Lino que estás perdoado!

A pedido do Adriano Correia e como eu procuro dentro das possibilidades, fazer a vontade aos meus visitantes, a foto da equipa do F.C.Porto de Andebol, que há 50 anos, participou nas provas europeias.
Clicar sobre as imagens para ler.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset