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quarta-feira, 11 de março de 2009



Com dificuldades, com sofrimento, mas com uma justiça, que nem os nossos piores inimigos, ousarão, questionar. Fomos melhores, muito melhores, no conjunto das duas-mãos e só um super Leo Franco, evitou hoje, tal como em Madrid, que o F.C.Porto ganhasse...tranquilamente.

Depois de uma primeira-parte pouco brilhante, em que apenas controlou e deixou a bola ao adversário, que nunca criou perigo, o F.C.Porto arrancou para uma segunda metade de grande qualidade e superioridade, que por só por acaso, não lhe deu a vitória que merecia e que nos teria poupado a um sofrimento, que durou até ao último minuto.
Foi um Porto, seguro, concentrado, dominador e tacticamente, irrepreensível, aquele que regressou dos balneários: ocupando bem os espaços e atacando sempre com perigo, ora por Hulk ora por C.Rodríguez, sem esquecer Lisandro, com um meio-campo que melhorou muito - também beneficiou da saída de Maxi Rodríguez, ficando a partir daí, em superioridade numérica apesar do ligeiro recuo de Fernando, para marcar Forlán -, que subiu mais, pressionando mais à frente e com a defesa segura, com excepção de um nervoso Cissokho, que às vezes acusava a responsabilidade do jogo, a equipa portista controlou totalmente o Atlético e nunca o deixou pôr o pé em ramo verde - só criou perigo em lances de bola parada. Fomos sempre mais perigosos, tivemos duas bolas nos ferros, o guarda-redes foi o melhor jogador adversário e justificavamos claramente, a vitória, que no Dragão, parece que capricha em nos fugir. Estamos pois, nos quartos-de-final e mais uma vez, se ainda era necessário, provamos, que somos a única equipa portuguesa com estofo europeu - com todo o respeito que merece a brilhante campanha do S.Braga na Taça Uefa.
É preciso recordar, que para aqui chegarmos foi preciso passar por muito, estivemos caídos e até fomos maltratados - após o Arsenal em Londres -, mas com a alma, raça e espírito do Dragão, levantamo-nos, demos a volta por cima e estamos a fazer a melhor campanha, depois da conquista histórica, da C.League de 2004.
Uma pergunta: alguém pode chegar aos oito melhores da Europa, com um plantel fraco? Não, não pode! Como disse há meses atrás, não temos o melhor plantel do Mundo, mas também não é tão fraco, como o pintam alguns.
Agora venha o Diabo e escolha, na certeza porém, vão ter de dar tudo, para passarem por cima de nós.
Não posso esconder a alegria por este feito. Mais uma vez respondemos dentro do campo, às faltas de respeito, às insinuações torpes e ordinárias, às campanhas dos medíocres e invejosos, dizendo alto e em bom som, que somos de longe, o MELHOR CLUBE PORTUGUÊS.

O fogo e as Labaredas do Dragão, estão para lavar e durar...contém connosco e respeitem-nos. Sigam o nosso exemplo e não façam as coisas por outro lado, que isso não nos assusta, não nos perturba, antes pelo contrário, dá-nos uma força suplementar e faz de nós um adversário temível e difícil de bater.
O que será preciso mais, para perceberem o que está à frente dos olhos?

Foi um grande feito colectivo e por isso não vou destacar ninguém.
Uma nota final de parabéns ao público do Dragão que foi fantástico!

Declarações de Jesualdo no final da partida:

Abraço a jogadores e adeptos
«Quero deixar aqui expresso o meu grande abraço aos jogadores e ao público que, tal como eu havia perspectivado, foram determinantes na passagem do F.C. Porto. Os jogadores interpretaram fielmente o plano que tínhamos delineado para esta partida e penso que fomos claramente superiores no encontro. Atrevo-me a dizer que o F.C. Porto foi a única equipa que quis ganhar esta noite».

Jogo táctico e de controlo emocional
«Mais uma vez não tivemos sorte a jogar em casa e, tal como aconteceu em Madrid, parece-me que o guarda-redes do Atlético foi o melhor jogador em campo. Pensei que a atitude inicial do Atlético, que entrou muito retraído, pudesse ser uma forma de nos tentar adormecer. O jogo foi táctico e de grande controlo emocional e a estratégia do treinador do Atlético pareceu-nos de respeito pelo F.C. Porto. A dada altura o Atlético começou a subir mais, o que nos permitiu ter mais espaços. Fomos muito melhores na segunda parte e fomos melhores do que o Atlético nos 90 minutos».

Orgulho por estar entre os melhores
«Estamos entre as oito melhores equipas da Europa e isso é, obviamente, um motivo de orgulho para o F.C. Porto. Se olharem com atenção para o quadro de equipas que ainda está em prova, com um grande número de formações inglesas, perceberão certamente que há uma enorme diferença de orçamento dessas equipas em relação ao F.C. Porto. No entanto, este clube já nos habituou a fazer milagres ao longo da sua história e, à medida que vamos ganhando confiança e ultrapassando problemas, acreditamos que podemos discutir uma eliminatória com qualquer equipa».

Equipa em crescimento
«Quero deixar uma palavra especial para os jogadores que estão cá há vários anos e que sempre lutaram, ao longo destas três épocas, para atingirem esta fase da competição. Este é também um momento importante na carreira deles. Os jogadores jovens também têm trabalhado bem e esta qualificação dá-lhes mais responsabilidade para o que se avizinha. A equipa tem crescido muito e está preparada para seguir. Não é fácil fazer o que eles têm feito e passar pelo que eles têm passado e continuar a ganhar».

F.C. Porto a marcar posição
«Esta qualificação não limpa a imagem do futebol português, mas marca uma posição: a do F.C. Porto na Europa. Mostrámos hoje que, tal como vem acontecendo nos últimos anos, somos a única equipa no panorama desportivo português que consegue discutir estas fases adiantadas da Champions. Esta qualificação marca a nossa posição na Europa».


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