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terça-feira, 10 de março de 2009


Imune aos "cães" que ladram, porque são pagos para ladrar e com o sonho no pensamento, o F.C.Porto, melhor clube português e único com estofo europeu, recebe um arrogante Atlético de Madrid, que esquecido do que se passou na capital espanhola - têm a memória curta, estes nossos vizinhos! -, já está novamente, com ares de superioridade. Se no Vicente Calderón, o Tricampeão soube responder no campo a essa arrogância, agora no Dragão e apesar dos problemas sentidos sempre que joga diante do seu público, espero que aconteça o mesmo.

Mas para que isso aconteça, é necessário o Porto das grandes noites europeias, o Porto, que na condição de visitante, tem mostrado qualidade, concentração, coragem, valentia, determinação e que joga bem e não, o Porto abúlico, nervoso, tolhido, que desconfia do seu valor, que temos visto no belíssimo Estádio do Dragão.
Tal como disse na antevisão do jogo de Madrid e apesar do que o jogo da 1ª mão mostrou, a equipa de Abel Resino, é uma grande equipa, recheada de grandes jogadores, do meio-campo para a frente, das melhores da Europa, por isso todo o cuidado é pouco, mas sem exagerar.
Foi também muito importante e pode ser fundamental na abordagem deste jogo, que as exibições conseguidas pelos espanhóis, nas partidas contra o Barcelona e R.Madrid, fossem de grande qualidade: porque por um lado mostraram a verdadeira face da equipa colchonera, por outro, reduziram a pó as teorias que já circulavam por aí - os invejosos disseram-no -, que a equipa onde pontificam Aguero, Forlan, Maxi Rodríguez, Simão e tantos outros, era uma equipa fraca e que seria facilmente derrotada no Dragão.

Assim, com a consciência perfeita de tudo o que o espera, o F.C.Porto, amparado no apoio dos seus adeptos, que vão esgotar o magnífico anfiteatro do Campeão português, vai à terceira tentativa na era Jesualdo, tentar chegar aos quartos-de-final da Champions League.
Seria ouro sobre azul e por duas razões: alcançavamos o objectivo e quem sabe, acabavamos com a tremideira, mandando para trás das costas, definitivamente, os medos e os receios, de jogar na condição de visitado.
Eu que vou lá estar, acredito que vamos estar na eliminatória seguinte e que o sonho vai continuar.

O árbitro é o holandês Pieter Vink, auxiliado pelos seus compatriotas Arend Brink e Wilco Lobbert.
Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes: Helton e Nuno,
Defesas: Sapunaru, Rolando, B.Alves, Cissokho, Stepanov e Tomás Costa,
Médios: Lucho, Fernando, R.Meireles, Andrés Madrid e Mariano,
Avançados: Tarik, Lisandro, Hulk, C.Rodríguez e Farías

Declarações de Jesualdo na antevisão da partida:
Clássicos inconclusivos
«A evolução do Atlético de Madrid é natural, até porque mudou de treinador e a equipa tem ideias novas. Contra o Barcelona, deu a volta ao resultado e, em Madrid, frente ao Real, o jogo foi diferente. Foi muito fechado e muito táctico. Não é destes clássicos que se retiram grandes conclusões, porque são jogos especiais, que não permitem fazer análises seguras.»

Muito táctico
«Na primeira mão, em Madrid, o F.C. Porto foi, de facto, melhor. O Atlético conhece agora o valor do F.C. Porto, que talvez desconhecesse na altura, da mesma forma que nós passamos a conhecer melhor o adversário. Agora não se disputam pontos, disputam-se diferenças de golos, pelo que será, seguramente, um jogo muito táctico.»

Apoio integral
«Queremos muito ganhar e a presença do nosso público é decisiva para que possamos vencer. Pelo apoio que nos vai dar e pela pressão que vai colocar no adversário. Se queremos todos muito passar, é preciso que o estádio esteja cheio. É importante que o F.C. Porto seja apoiado do primeiro ao último minuto.»

Condições para ganhar
«Não sei exactamente como o Atlético vai abordar este jogo, embora saiba que ganhar é a única forma que tem de seguir em frente. Há, indiscutivelmente, planos de jogo diferentes. O Atlético tem um e o F.C. Porto tem outro. Achamos, do ponto de vista táctico, que temos boas razões para acreditar que dispomos de condições para controlar, equilibrar e ganhar o jogo. Neste caso, é irrelevante sabermos como pretende jogar o adversário. Sabemos o que temos e queremos fazer. Essencialmente, a equipa do F.C. Porto sabe exactamente o que tem de fazer para ganhar esta eliminatória.»

Jogo à medida
«O Hulk é um rosto novo do F.C. Porto. Na altura em que chegou, não era tão mau, nem agora é tão bom como querem dar a entender. Está numa equipa habituada a jogar esta competição e que até já a ganhou. Sabe, sobretudo, que o jogo de amanhã é um jogo à sua medida. Diria até que é um jogo à medida desta equipa.

Um dos melhores
«O Hulk está longe de ser um produto acabado. Na verdade, está apenas no começo. E o F.C. Porto tem provado nos últimos jogos, através da rotação do plantel, que não está dependente deste ou daquele jogador. Ele não é a figura da equipa, mas tem muito potencial e capacidade para aprender. Na posição dele, pode ser um dos melhores jogadores do mundo. Assim tenha sorte e cabeça. E eu acredito que ele tem.»
Confiança em Helton
«Quando acontecem algumas situações que não são normais, isso não obriga a trabalho específico. Espero que o Helton esteja lá em pleno, para poder ajudar a equipa a ganhar. Não deixa de haver confiança no guarda-redes.»

O adversário Assunção
«Conheço bem o Paulo Assunção, mas ele agora é um adversário, que queremos neutralizar, impedindo-o de render o máximo. Foi assim que fizemos em Madrid e é isso que pretendemos voltar a fazer amanhã. Mas o Paulo Assunção já não é nosso. Foi.»

Breve gosto das vitórias
«Quando estamos envolvidos profundamente no nosso trabalho, qualquer conquista traz sempre algo de novo. No F.C. Porto, quando isso não acontece, há sempre um mal-estar muito grande. Esperamos passar aos quartos-de-final e, se assim acontecer, a esse sentimento de satisfação juntar-se-ão outras questões, que têm a ver com o alcançar de objectivos. No F.C. Porto, o gosto das vitórias é muito curto, é como aquelas pastilhas elásticas que perdem o sabor depressa, porque, logo a seguir, há outro problema e outra vitória que queremos conquistar. Não há nenhum treinador no mundo que seja muito bom sem títulos. São eles que conferem qualidade ao trabalho dos treinadores.»

Declarações de Hulk:

Sem favoritos
«É um jogo muito importante, em que não há favoritos. Será muito disputado, como foi em Madrid, mas creio que temos condições para vencer enquanto colectivo. Vamos entrar na máxima força.»

Ajuda do treinador
«O treinador tem-me ajudado bastante nos treinos, pedindo-me sempre humildade. Consegui dar a volta por cima e espero ajudar a equipa, da mesma forma que os meus companheiros ajudam.»

Feliz… a trabalhar
«Fico feliz por estar a ser seguido pelo seleccionador brasileiro, mas, como digo, vou continuar a trabalhar. Ser comparado ao Ronaldo é muito bom, porque sempre foi o meu ídolo. Vou trabalhar forte e, se chegar à selecção, vou realizar um sonho.»

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