Depois do forrobodó algarvio, um espectáculo deplorável, que devia ter merecido da parte da televisão que o transmitiu, uma bolinha no canto superior direito do écran, indicativa de não ser aconselhável a menores de 18 anos, tal a quantidade de cenas vergonhosas que se presenciaram, o futebol regressou na noite de Domingo ao Dragão, com o F.C.Porto a defrontar o Estrela, para as meias-finais da Taça de Portugal. Entrou forte, poderoso, o Tetracampeão, que baralhou completamente a equipa da Amadora, criou vários lances de perigo e marcou até um golo, que o árbitro - mais uma péssima arbitragem, com prejuízos evidentes, para a equipa portista. Em dois jogos seguidos e nas nossas barbas, já ficaram por marcar 4 grandes penalidades, fora o resto. Se é assim no nosso belo Estádio, como vai ser fora? -, por indicação do auxiliar, invalidou. Foi no entanto, sol de pouca dura - apenas, cerca de 10 minutos - e a partir daí, a equipa de Jesualdo abrandou, relaxou, convenceu-se que as coisas iam ser fáceis, e assistiu-se a um período de futebol lento, devagar, devagarinho, que só terminou, quando aconteceu o primeiro golo. Com o segundo a acontecer passado pouco tempo e com um avantagem tranquila, nunca mais a equipa azul e branca carregou no acelerador e foi jogando a um ritmo de treino, sem qualquer problema, dada a pouca réplica estrelista.
Mudaram um pouco as coisas na segunda-parte: o Estrela subiu, começou a ter mais bola, a aparecer mais junto da baliza portista, embora sem nunca ter colocado Nuno em perigo, com a excepção, de uma desatenção de Fernando - atenção!, contra o Manchester estes erros podem ser fatais - que facilitou, não despachou a bola e podia, não fosse o corte de Stepanov, ter dado golo. Se o Estrela subiu, o F.C.Porto continuou a jogar da mesma forma e mesmo assim, sem forçar, ainda foi perigoso e podia, teve oportunidades para isso, ter dilatado a vantagem por várias vezes, o que resolveria desde logo a eliminatória.
Resumindo: exibição quanto baste da equipa do F.C.Porto e uma vitória, que o torna ainda mais favorito para chegar ao Jamor. Seria o cúmulo, uma verdadeiro golpe de Teatro, se o Campeão, não estivesse mais uma vez, em Oeiras.
Notas finais: apenas 19.108 espectadores estiveram a ver no Estádio. Se o jogo fosse a horas mais próprias - 18, 18-30, vá lá, 19 horas - tenho quase a certeza, que estariam muitos mais. Que sirva de exemplo para o futuro.
Também não gostei de Stapanov. Fez vários cortes para onde estava virado, quando estava sózinho e podia jogar melhor. Porquê? Falta de confiança por ter jogado pouco?
Análise de Jesualdo no fim do jogo:
Resultado justo, mas escasso