quarta-feira, 24 de março de 2010
Num dia marcado pela decisão do Conselho de Justiça da FPF, que corrigiu - parcialmente - um dos maiores atentados à verdade desportiva que há memória no futebol português - uma escandaleira ao nível do Estorilgate -, decisão que destrói por completo a tese do pavão vermelho e mostra claramente, que e ao contrário da ideia que pretendeu passar sobre a inevitabilidade dos castigos a Hulk e Sapunaru e das lágrimas de crocodilo que verteu, tentando passar a imagem que não concordava com as penas excessivas, mas não podia fazer outra coisa, o que é totalmente falso e prova as intenções com que o fez, um F.C.Porto preso por arames, a curar feridas, profundas, que tantos danos lhe causaram, sem alas e por isso obrigado a jogar com muita gente no meio-campo, entrou bem, a pressionar, a dominar, confundiu o adversário e chegou à vantagem com um belo golo de R.Micael - o primeiro com a camisola do F.C.Porto. Ligeira reacção do Rio Ave, jogo equilibrado e Bruno Morais, emprestado pelo F.C.Porto - curioso! -, num belo remate a conseguir a igualdade, resultado com que chegamos ao intervalo e que era justo, mas a haver um vencedor, seria obviamente o Tetracampeão. Na segunda-parte os Dragões foram superiores, jogaram bem, marcaram dois golos, venceram com toda a justiça e têm o Jamor bem à vista, o que me leva a dizer:- prepara o farnel, Paulinha, lá vamos nós até ao, como diz o outro, pulguedo.
Não salvamos nada, nem passa a estar tudo bem, só porque ganhamos um jogo, mas foi, seguramente, um dia para levantar a moral, a um Universo portista, que tão abalado andava.
Que o treinador do F.C.Porto tenha percebido: há mais vida para além do 4x3x3. Ironizando, que pena tantas lesões não tenham acontecido na pré-epoca, quem sabe Jesualdo não aprendia mais cedo a lição que o jogo de hoje, seguramente, lhe deu.
Nota final: hoje acabou um estigma pessoal, que partilho com toda a naturalidade e que alguns amigos conhecem. Sempre que via um carro fúnebre em dia de jogo do F.C.Porto, o F.C.Porto não ganhava - isto tem muitos anos. Hoje vi um e quando disse a alguns amigos, foram interessantes algumas reacções, que foram "porque não ficaste em casa", até, o "mito acaba hoje". Acabou e também por isso, o dia foi óptimo.