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sábado, 10 de abril de 2010


De facto, é preciso gostar muito do F.C.Porto e ter uma grande pachorra, para aguentar até ao fim, um jogo que, principalmente na primeira-parte, foi intragável, com um Real-Barça ali ao lado. Melhor a segunda metade portista, mas longe de uma exibição de qualidade, numa vitória que foi justa, indiscutível e pela diferença correcta - o Rio Ave pelo que jogou, não merecia perder por mais...

Frente a uma equipa que vinha de sofrer duas goleadas - 1-5 em casa frente ao Olhanense e 5-0 em Alvalade frente ao Sporting - e que queria limpar a imagem, o Tetracampeão, sem Guarín, jogou com T.Costa deixando Belluschi no banco - tipicamente à Jesualdo, todo o cuidado é pouco... -, entrou mal, displicente, a dar abébias e aos 10 minutos podia estar a perder, não fosse na primeira ocasião o post e na segunda o jogador vilacondense não ter sido expedito frente a Helton. Com Miguel Lopes a não acertar uma, o meio-campo espartilhado, lento, pouco criativo e muito atrás, a equipa portista deixou Falcao sózinho e só criava relativo perigo, quando a bola chegava aos pés de Hulk, mesmo que, talvez pelo toque que chegou a colocar em dúvida a sua participação no jogo, o brasileiro não estivesse num dos seus melhores dias. Melhor, claramente melhor a segunda-parte - não era difícil, tão má foi a primeira! -, do conjunto, hoje de laranja. Foi um Porto mais rápido, mais acutilante, mais determinado, mais dominador, que, principalmente depois da entrade de E.Farías, com mais gente na zona de finalização, fez jus à sua superioridade e chegou à vantagem, que já justificava. Daí para a frente só deu Porto e embora ainda sofresse um susto - valeu uma grande defesa de Helton -, a equipa atingiu o seu objectivo, os três pontos, que pelo menos lhe permitem continuar na luta pela Champions - apesar do triunfo do Braga em Leiria, tornar a situação cada vez mais complicada.

Os jogadores: em bom plano Helton, que fez uma defesa extraordinária e garantiu a vitória; os dois centrais e Álvaro Pereira, se esquecermos o deslize no início do jogo, que podia ter custado caro; Fernando também esteve bem, Raul foi melhorando e Belluschi entrou bem; Hulk mesmo com a condicionante já referida e não sendo tão decisivo, cumpriu: como cumpriu o generoso Falcao, apesar de nunca ter tido bolas em condições para poder marcar. Era suposto a equipa ajudar o colombiano na luta pelo título de melhor marcador, mas hoje a ajuda foi muito pouca; não se pode pedir mais a E.Farías. Entrou, marcou, trabalhou, depois de ter estado tanto tempo afastado. É um excelente profissional o argentino. Não gostei de Rúbem Micael. Pouco activo, longe da área...está claramente a perder gás e a paragem no próximo fim-de-semana, vai-lhe fazer bem; também não gostei de T.Costa. Muito lutador, mas com poucas coisas bem feitas, muitas mal feitas e a sair da sua posição, o que contribuiu para a confusão da primeira-parte; Miguel Lopes, um verdadeiro desastre em 3/4 do jogo. Não foi capaz de abordar um lance sem fazer falta... É, Fucile deve estar muito mal, para perder o lugar para este Miguel Lopes...

Notas finais: uma palavra para as claques, que, mesmo quando a qualidade deixou muito a desejar, sempre apoiaram. Estão de parabéns.
A juntar à vitória do futebol, as vitórias do Andebol, na Madeira, frente ao Madeira Sad por 26-24 e a vitória do Hóquei, em Follonica, por 6-4, tornam este fim-de-semana mais agradável para a família portista.

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