Moreirense 1 - F.C.Porto 2. Num jogo intenso, mas demasiado parado, vitória justa de uma equipa com alma...
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Após uma exibição individual e colectivamente aquém das expectativas e que teve como consequência a primeira derrota da época em Nottingham, era importante ver como a equipa do FCP reagiria frente ao Moreirense. Saber se a derrota deixou marcas, teríamos uma equipa do FCP caída, a carpir mágoas, abalada na confiança, ou se, pelo contrário, o conjunto de Francesco Farioli seria capaz de demonstrar que não ficou afectado, foi apenas uma má noite. Não tendo feito um jogo muito inspirado, mas após um jogo duro e que deixou marcas, na última quinta-feira, foi um FCP com atitude, alma, raça e que mostrou capacidade para reagir à primeira derrota da época e conquistar os três pontos num campo muito difícil, frente a uma boa equipa e que se viu cedo em vantagem sem ter feito nada que o justificasse.
De início com Diogo Costa, Alberto Costa, Bednarek, Kiwior e Francisco Moura, Alan Varela, Gabri Veiga e Froholdt, Pepê, Samu e Borja Sainz, o FCP entrou a dominar, mas com dificuldade no último terço e criar perigo.
Do nada, um ressalto em Bednarek traiu Diogo Costa, Moreirense na frente sem ter feito nada para o merecer.
Era preciso reagir, e, principalmente, encontrar as melhores soluções para desmontar a teia defensiva do conjunto de Vasco Botelho da Costa.
FCP tinha bola, mas era lento a definir e decidir, raramente fazia a jogada correcta. Nesse aspecto Borja Sainz abusava. Era preciso ser mais rápido a sair de trás pelos três jogadores com essa função, Bednarek, Alan Varela e Kiwior, ainda por cima, muito previsíveis e ser mais acutilante no último terço
FCP marcou, mas Gabri Veiga que apareceu nas costas da defesa estava fora-de-jogo. Mas era esse o caminho a explorar.
Aos 43 minutos primeiro lance de golo do FCP, excelente defesa de André Ferreira para canto.
Na sequência do canto batido por Gabri, penálti claro sobre Froholdt. VAR chamou o árbitro, João Gonçalves foi ver e confirmou.
Chamado a bater, Samu fez o empate e colocou alguma justiça no resultado.
O jogo chegou ao intervalo empatado, culpa de um FCP com muitas dificuldades em enfrentar equipas que se organizam defensivamente com muita gente e dão poucos espaços. Não há quem consiga desbloquear, desequilibre, encontre o caminho mais fácil para chegar à baliza.
Na 2ª parte Francesco Farioli fez o óbvio, tirou um Borja Sainz muito mal e fez entrar William Gomes. E o jogo recomeçou com uma falta clara sobre Gabri Veiga à entrada da área, mas o árbitro não assinalou. O FCP entrou a tentar a reviravolta e a encostar o Moreirense atrás.
Aos 55 minutos Samu falhou na cara do guarda-redes. De seguida saiu Gabri Veiga e entrou Rodrigo Mora.
Aos 62 minutos lance duvidoso na área do Moreirense. Só dava Porto que dominava, pressionava, já merecia estar a vencer. A equipa de Moreira de Cónegos só perdia tempo. O jogo estava sempre interrompido.
Aos 73 minutos saíram Pepê e Francisco Moura, entraram Deniz Gül e Prpić. E bola no poste na baliza de André Ferreira.
Aos 83 entrou Karamoh e saiu Samu.
FCP precipitado na hora de atacar, perdia bolas fáceis.
De canto, finalmente o FCP chegou ao 2° golo, marcou Deniz Gül de cabeça. Mas mais uma interrupção para VAR analisar. Isto não é futebol. Isto é antítese do que deve ser o desporto rei.
10 minutos de tempo extra com o FCP na frente. Nos descontos o Moreirense tentou, mas o FCP segurou a vantagem e o jogo terminou com a vitória justa de um Dragão que não sendo brilhante, longe disso, mostrou ser forte animicamente, lutou sempre e nunca desistiu de procurar a vitória, mesmo quando tudo parecia estar contra si.
Foi um jogo muito disputado, intenso, com um vencedor justo. Mas foi também um jogo muito parado, paragens que facilitam a vida a quem defende e tornam difícil a missão de quem quer ganhar, tem de ter todas as despesas do jogo.



