O jogo do próximo Sábado em Aveiro, para a Supertaça, frente ao Benfica, equipa forte e pelos vistos em grande forma - não tenho visto os jogos dos vermelhos, mas pelo que leio e oiço, mesmo descontando os habituais exageros da propaganda, parece que é verdade...-, é o jogo ideal para testar o novo F.C.Porto de A.Villas-Boas. É um jogo oficial, a sério, há uma grande rivalidade, uma grande carga emocional e portanto, vai permitir analisar em que patamar estamos, com quem contamos - quem se encolher nestes jogos, não serve para o clube azul e branco -, se já há um novo Porto na postura, na ambição, na vontade e no espírito do Dragão, ou se ainda estamos muito longe do que pretendemos, conforme indicam os últimos sinais. Vai permitir verificarmos se já temos um Porto tacticamente equilibrado, concentrado, forte mentalmente, que não se rende perante ninguém, ou uma equipa desorganizada, aérea, desequilibrada, frágil psicologicamente, que cai como um castelo de cartas, se as coisas lhe começam a correr mal.
Agora que a pré-época acabou e as experiências também, sabendo o que está em jogo e o que significa começar bem, tenho a certeza que nesta semana, o treinador portista trabalhará tudo ao pormenor, passará todas as informações sobre o adversário - que já deve ter sido visto e revisto -, saberá ter o discurso correcto, motivador, galvanizador, pró-activo, de maneira que a equipa em Aveiro se apresente já com outra face. Não estaremos na cidade da Ria com o nosso melhor fato - seria uma surpresa se isso acontecesse -, mas estaremos de forma digna, discutindo o jogo, do primeiro ao último minuto, olhando o adversário nos olhos, sem medo de nada, muito menos de arrogâncias próprias de quem se julga vencedor antecipado.
Digo isto, não da boca para fora, mas porque sinto e porque mantenho intactas as convicções que me levaram a dizer que, o meu preferido para treinar o F.C.Porto, época 2010/2011, era A.Villas-Boas, neste post que podem ler ou reler, aqui: O meu preferido é André Villas Boas