quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Nota de abertura: ao publicar o 1000º post, uma marca de referência, gostaria de agradecer a todos os que visitam o "Dragão até à morte" e que ainda se dão ao trabalho de comentar, o apoio e a força que me permitiu chegar até aqui, a um número muito interessante, decorridos apenas três anos e meio do "nascimento" do blog. Não pretendo, nem quero agradar a todos, não, quem vai por aí, quem tenta agradar a gregos e troianos, acaba por não agradar a ninguém e eu quero agradar a muita gente. A linha editorial, se assim posso dizer, vai manter-se e o apoio, sem medo e sem receio ao F.C.Porto, dirigentes, técnicos, jogadores, adeptos, é para onde vão as minhas melhores energias, sem embargo da atenção crítica, sempre que alguma coisa mereça ser criticada, no clube que amo de paixão. Mas e volto a repeti-lo, pela importância, as minhas melhores energias são usadas no combate externo e depois, como portista militante, há locais para dizer de minha justiça, se for caso disso. Apenas mais uma coisita, neste intróito que já vai longo: durante todo este tempo já me questionei, se às vezes não vou longe de mais, na forma como abordo alguns assuntos, mas logo me arrependo desses pensamentos e quando vejo, oiço e leio, por exemplo, o que dizem alguns fedorentos, os freteiros, os recadeiros, papa jantares, que vão para programas com as cábulas que os clubes colocam à sua disposição, chego é à conclusão que devia era ser ainda mais contundente... E agora, a carta aberta ao nosso Mister, André Villas-Boas.
Caríssimo André, depois de na altura devida me ter congratulado pela tua escolha para treinador do F.C.Porto, venho agora e não é por acaso, dizer-te que ainda não me desiludiste em nada, antes pelo contrário, tens estado dentro das melhores expectativas e só não digo que estás acima, porque as expectativas eram altas. E também não me desiludiste durante e no final do jogo de Guimarães. Não, eu para quem serve apaixonadamente o F.C.Porto, quem dá a cara, com coragem e sem medo de ser politicamente incorrecto ou queimar os dedinhos, como tem sido o teu caso, sou muito tolerante e depois não fizeste nada de mal, nada de que te possas envergonhar. Não fizeste nem mais nem menos do que faz semanalmente um, que, talvez por causa do nome, é tratado nas palminhas das mãos, apesar das constantes bacoradas e declarações que vão do ridículo até ao patético. O que não diriam de ti, André, por exemplo, se fizesses todas as antevisões dos jogos, em conversas em família, que fazem lembrar tempos de vergonha? No mínimo, recusar-se-iam a divulgar as tuas opiniões... Como pessoa inteligente que és, junto à tua experiência, próxima de quem passou por um processo semelhante ao que tu estás e vais continuar a passar, deu-te uma estaleca, que, acredito, faça com que toda esta gritaria não te perturbe, te passe ao lado. A metamorfose da canalha, foi, como sabes, no F.C.Porto, arrogante, prepotente, mau desportista, agora, só não lhe beijam o cu, porque ele não quer.
Ao vires retratar-te, mostraste a nobreza do teu carácter, mas meu caro André, eles não valorizam isso, quem serve o F.C.Porto é preso por ter cão e por não ter e tu só vais ser o Maior, quando um dia, oxalá demore muitos anos, abandonares o Dragão.
Para terminar gostaria de te dizer o seguinte e com toda a frontalidade: na tua carta de apresentação, em Aveiro, para a Supertaça, mostraste uma equipa forte, pressionante, com uma atitude fantástica, que estava a ganhar por um, quis sempre ganhar por dois e quando estava a ganhar por dois, nunca parou de procurar o terceiro. Mas meu caro André, nos últimos jogos, esse espírito não foi o mesmo e a vontade de ganhar, tranquilamente, deu lugar a serviços mínimos, auto-convencimento, conformismo... Estamos a ganhar... Foi assim, na segunda-parte, frente ao Olhanense, ao CSKA e teve, infelizmente, consequências, que embora não sejam muito graves, nos custaram dois pontos escusados, em Guimarães.
Acredito que a lição foi aprendida e não vai voltar a acontecer.
Finalizo com um agradecimento e um pedido: o agradecimente é por teres trazido o espírito do Dragão de volta. O pedido é para não passares cartão ao Vieira. Um bronco é um bronco e um bronco analfabeto é menos que um vintém.