
Meus caros amigos, quando no post de antevisão do jogo falei na neve de
Tóquio e disse que até nesse aspecto os
Campeões Europeus e Mundiais que viajaram até
Viena eram um exemplo, estava longe de imaginar que passados tantos anos uma equipa do
F.C.Porto tivesse de disputar um jogo em condições parecidas, de frio e neve a cair em abundância, como na histórica madrugada de
13 de Dezembro de 1987. Ainda tentei ver o jogo, mas a partir de determinada altura desisti. Aquilo para mim não era futebol, era patinagem no gelo e sinceramente, na patinagem sobre o gelo gosto de outro tipo de artistas.
Que o futebol é um jogo de
Inverno, tudo bem, mas naquelas condições a integridade física dos jogadores é colocada em causa a cada lance, o desgaste físico coloca os jogadores nos limites da capacidade humana, o futebol transforma-se numa lotaria, que, muitas vezes, premeia não os melhores, mas os que têm mais sorte e isso não é para mim. Eu sou um apaixonado pelo desporto-rei, mas um futebol jogado em condições mínimas, em que seja possível os melhores sobressairem e não sob um manto de neve que não parava de cair e tornava os jogadores quase iguais nos atributos. Um futebol de pontapé para a frente e salve-se quem puder, não é para mim...
Notas finais: ganhamos e independentemente do que acontecer na última jornada seremos sempre primeiros, o que é óptimo. Continuamos invencíveis, as lesões de
Beto e de Fernando não parecem graves e assim, tudo está bem quando acaba bem.

Não vou distinguir ninguém, nem mesmo o goleador
Falcao que fez um hat-trick, mas envio uma palavra de parabéns para todos os profissionais do
F.C.Porto pela atitude e forte espírito de sacrifício. Quais
futebolistas/patinadores sobre o gelo, os actuais profissionais portistas souberam honrar a história e mais que isso, atendendo ao paralelismo com
Tóquio, 13 de Dezembro de 1987, deixaram orgulhosos,
J.Pinto, André, Madjer, Juary e todos os outros que foram homenageados em
Viena, na certeza que o
Dragão vai continuar a lançar labaredas e a prestigiar o futebol português, mesmo que esse futebol e tudo o que o rodeia, o discriminem, tratem mal e boicotem.
Um enorme orgulho Dragão é o sentimento, depois de mais uma bela página e uma marca de qualidade que fica registada, num país e numa cidade de tão belas e inesquecíveis recordações.