quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Meus caros amigos, quando no post de antevisão do jogo falei na neve de Tóquio e disse que até nesse aspecto os Campeões Europeus e Mundiais que viajaram até Viena eram um exemplo, estava longe de imaginar que passados tantos anos uma equipa do F.C.Porto tivesse de disputar um jogo em condições parecidas, de frio e neve a cair em abundância, como na histórica madrugada de 13 de Dezembro de 1987. Ainda tentei ver o jogo, mas a partir de determinada altura desisti. Aquilo para mim não era futebol, era patinagem no gelo e sinceramente, na patinagem sobre o gelo gosto de outro tipo de artistas.
Que o futebol é um jogo de Inverno, tudo bem, mas naquelas condições a integridade física dos jogadores é colocada em causa a cada lance, o desgaste físico coloca os jogadores nos limites da capacidade humana, o futebol transforma-se numa lotaria, que, muitas vezes, premeia não os melhores, mas os que têm mais sorte e isso não é para mim. Eu sou um apaixonado pelo desporto-rei, mas um futebol jogado em condições mínimas, em que seja possível os melhores sobressairem e não sob um manto de neve que não parava de cair e tornava os jogadores quase iguais nos atributos. Um futebol de pontapé para a frente e salve-se quem puder, não é para mim...Notas finais: ganhamos e independentemente do que acontecer na última jornada seremos sempre primeiros, o que é óptimo. Continuamos invencíveis, as lesões de Beto e de Fernando não parecem graves e assim, tudo está bem quando acaba bem.
Não vou distinguir ninguém, nem mesmo o goleador Falcao que fez um hat-trick, mas envio uma palavra de parabéns para todos os profissionais do F.C.Porto pela atitude e forte espírito de sacrifício. Quais futebolistas/patinadores sobre o gelo, os actuais profissionais portistas souberam honrar a história e mais que isso, atendendo ao paralelismo com Tóquio, 13 de Dezembro de 1987, deixaram orgulhosos, J.Pinto, André, Madjer, Juary e todos os outros que foram homenageados em Viena, na certeza que o Dragão vai continuar a lançar labaredas e a prestigiar o futebol português, mesmo que esse futebol e tudo o que o rodeia, o discriminem, tratem mal e boicotem.
Um enorme orgulho Dragão é o sentimento, depois de mais uma bela página e uma marca de qualidade que fica registada, num país e numa cidade de tão belas e inesquecíveis recordações.