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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


Quem acompanha de perto o F.C.Porto e a sua estratégia de comunicação, já deve ter percebido que o princípio que lhe está subjacente é: protagonismo aos protagonistas, que é como quem diz, técnicos e jogadores. Concordo, se é assim em variadíssimas actividades, desde a literatura até à música, por exemplo, porque não há-de ser também no futebol? Mas se concordo como tese, discordo, em absoluto, em Portugal. Neste país centralista, com uma C.Social engajada, que só tem olhos, dá destaque e promove os clubes da capital, em particular o clube do regime, enquanto descrimina, maltrata e boicota o clube da Invicta, esta postura low profile, não chega. "Apaga", isola, não dá ao F.C.Porto aquilo a que tem, por mérito e direito próprio, a atenção que merece.
Vale ao F.C.Porto um treinador corajoso, com carácter, politicamente incorrecto, que não tem medo medo de queimar os dedinhos, caso contrário seria um imenso deserto. Quase apetece dizer que, o guarda-chuva de André Villas-Boas é tão grande e de tão boa qualidade, que dá para abrigar muita gente.
Pergunto: até que ponto esta estratégia pouco agressiva, sem a capacidade de luta e sem o espírito guerreiro do passado, não é também, responsável pela pouca afluência de público ao Dragão, numa altura que lideramos o campeonato com uma margem confortável?
Sim, eu sei e já o referi por várias vezes, que há outros factores, a televisão, por exemplo, que está a matar o entusiasmo e a paixão pelo futebol, ao ponto de, com a excepção da Alemanha, em todos os países os estádios têm cada vez menos gente; não esquecendo o horário dos jogos; o preço dos bilhetes; alguns espectáculos pouco apelativos; e também, a Net, os jogos de computador e até os Centros Comerciais, mas, no caso concreto do F.C.Porto, acho que com uma nova e mais agressiva estratégia de comunicação, que aproximasse mais o clube dos adeptos, tenho a nítida sensação que as coisas iriam melhorar.
Nota final: pena que ninguém do F.C.Porto se dê ao trabalho de explicar porque é aquela a estratégia... Quem sabe não estarei a ver mal o problema...

PS - Basta ouvir, em baixo, as declarações do presidente do Varzim, Lopes de Castro, para ter a certeza que não me enganaram quando me disseram que ele era o ponta-de-lança da estratégia de Vieira - colocar Fernando Mãozinhas Seara na FPF - junto de alguns clubes, como referi num post, que podem ver aqui



Rui Moreira e Francisco José Viegas, dois excelentes artigos no coração da máquina de propaganda vermelha.


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