sábado, 5 de março de 2011
Com um Dragão muito bem composto, 36.419 espectadores, o F.C.Porto, líder destacado do campeonato, Liga Zon Sagres, venceu, com algum sofrimento é verdade - golos só na segunda-parte e o segundo já em cima do minuto 90 -, mas com um mérito e uma justiça, que só um cretino poderá colocar em causa.
Também é verdade que não foi um Dragão exuberante, contundente, brilhante, mas foi um F.C.Porto em bom plano, que, com excepção dos primeiros minutos, em que o Vitória entrou melhor e até criou o primeiro lance de perigo, dominou, controlou e teve, não muitas, mas duas ou três belas oportunidades que desperdiçou. Sem Hulk e tudo o que ele representa no último terço do campo, o conjunto orientado por Villas-Boas não foi tão forte, tão pressionante, tão perigoso, teve mais dificuldades em se expressar na zona de decisão, mas não permitiu grandes veleidades a uma equipa boa, motivada - e de que maneira! -, que defendeu sempre com muitos atrás da linha da bola e até abdicou do seu avançado de referência e seu melhor goleador, Edgar.
Isto na primeira-parte, porque na segunda e tal como aconteceu em Olhão, o técnico portista voltou a mexer e voltou a mexer bem. Fazendo entrar Guarín primeiro, para o lugar de Belluschi e Rodríguez depois, para o lugar de Varela, André Villas-Boas voltou a acertar e a ser feliz. O jogo do F.C.Porto melhorou, a pressão aumentou, o domínio também, o perigo foi rondando cada vez mais a baliza vitoriana e como corolário de tudo isso apareceu o golo que a equipa azul e branca já justificava, após uma brilhante assistência a rasgar de James que Falcao não desperdiçou. A perder M.Machado fez o que fazem normalmente os treinadores de equipa pequena, lá começou a meter avançados, mas conforme ia metendo ia piorando o jogo da sua equipa e só por mero acaso a vantagem do líder do campeonato não aumentou - só viria a acontecer no último minuto. Para mal dos adeptos e equipa portista que sofreram mais do que mereciam e para bem do treinador do Vitória, pois a sensação que o jogo mostrou e que ficou é que se o segundo golo tem entrado mais cedo, a filial minhota do clube do regime tinha saído do Dragão goleada.
Mais um passo e segunda vitória no ciclo de cinco jogos cinco vitórias que o F.C.Porto, palavras de Villas-Boas, pretende conseguir. Estamos bem, confiantes e cada vez mais próximo do título. Os cães vão ladrando, mas a caravana azul e branca lá segue tranquilamente, com um saldo fantástico de 20 vitórias e 2 empates, em 22 jogos.
Vi jogadores a jogarem muito bem e apenas três e um suplente a destoarem um pouco - Belluschi, talvez o nascimento da filha, com tudo o que isso representa, o tenha afectado e desconcentrado; Varela, ainda não foi desta que fez aquilo que está ao seu alcance, fazendo coisas bonitas e logo a seguir estragando tudo; Maicon, sempre batido pelo ar, ele que é dos jogadores mais altos do plantel; e R.Micael, o suplente que, ao contrário dos outros dois que entraram, Guarín e C. Rodríguez, desperdiçou a oportunidade, mais uma.
Foi um sábado cheio, com vitórias em basquetebol, hóquei, frente ao clube do regime - num excelente jogo e com um ambiente a fazer recordar os bons velhos tempos do Américo de Sá - e em futebol, principal modalidade do clube. Um sábado que deixou o F.C.Porto na liderança das principais modalidades que pratica, contribuindo para mais um fim-de-semana de azias múltiplas, com os agentes da propaganda numa azáfama para verem a melhor forma de desviar as atenções de uma realidade fantástica e que entra pelos olhos dentro.
O único óbice e regressando ao futebol, é estarmos a contribuir, com as nossas sucessivas vitórias, para que o Benfica fique mais rico - 350.000 + 500.000, deixa ver...é só fazer as contas!
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