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domingo, 6 de março de 2011



Ainda na ressaca de um dia de grandes emoções, nada como o técnico portista e o Pasquim da Queimada, para ter assunto. André, sempre ao ataque, com uma ironia fina, acutilante, sempre pronto a colocar no seu lugar o sectarismo e o facciosismo vermelho. Um treinador à Porto!
Já o pasquim lisboeta é o que vulgarmente se costuma dizer, evolução na continuidade... Como dizia há muito tempo atrás, A Bola dá sempre pano para mangas e que mangas!

André Villas-Boas:
«Já sabemos que as vitórias do FC Porto são difíceis, as dos outros, no último minuto, são fantásticas. Já conhecemos o discurso: ‘vitória complicadíssima, difícil, não meritória, de uma equipa fraca, sob stress físico e emocional’. Esta é mais uma bofetada de luva branca numa série de comentários. Houve um domínio absoluto do FC Porto, com 19 remates e 10 à baliza, contra sete e apenas um à baliza. O treinador adversário acaba de atribuir grande competência ao seu guarda-redes. Convém fazer uma análise lúcida e não colorida.»

Dragão até à morte:
Sr. Presidente Pinto da Costa, o Pasquim da Queimada só não tinha transferido o Helton e o Otamendi, mas hoje já tratou do caso do central argentino: vai para o Real Madrid. Será, Sr. Presidente, que vamos ficar sem equipa e ter de fazer uma equipa nova para a próxima época?

Mike: Melga, achas que A Bola dar grande destaque de capa ao F.C.Porto, na edição Norte, é preciso e é justo dizê-lo, já se deve à parceria entre o melhor clube português e o Porto Canal?

Melga: Mike, não acredito! Deve ser a excepção que confirma a regra; férias dos freteiros do regime; um delírio momentâneo; ou então, hipótese mais verosímel e como se pode ver pela foto, tentar limpar a face de um tal Paulo Pinto que fez dos seus desejos particulares notícia e disse que: «Paga o F.C.Porto a factura?», da derrota do Guimarães frente à Académica, já se vê!
Já agora, o que achas das declarações do MM, no final do jogo de ontem?

Mike: amigo, a teu conselho resolvi dar uma volta pela blogosfera e olha, ainda bem. Passei por aqui e vi lá a delícia que podes ler em baixo. Espero que o Remígio, o João e a Cidália, não me levem a mal... Mas acho que com o "HOMEM NOVO", respondo à tua pergunta...

« UM HOMEM NOVO
Há muito tempo que o homem se sentia mortiço, sem chama para aguentar os dias.
Quando chegamos a este ponto de não haver lume que nos espicace, é muito mais díficil ter vontade de sair da cama ... Depois do divórcio, a família pouco ou nada queria saber dele, embora puxasse do parentesco sempre que o nome dele, por razões profissionais, aparecia na imprensa e nas televisões. Era daqueles homens de quem toda a gente gosta: afável mas reservado. o restaurante onde fazia as refeições, guardavam-lhe os pratos predilectos e uma marmita seguia todas as tardes com o resto do jantar, nao fosse dar-lhe a fome durante a noite (a gente nunca sabe o apetite destes homens sózinhos ...).
Foi durante mais um treino da sua equipa que o homem conheceu a rapariga: tinha vindo acompanhar a miudagem na visita de estudo ao estádio. A rapariga, porque estava ali de vigília, tratou de Ihe fazer muitas perguntas e ele, que já se tinha esquecido de uns olhos curiosos, gostou dela. Os jogadores da bola até lhe mandaram uns piropos: era nova e «jeitosinha» ... Lembrou-se ele (e bem!) de que os míudos haviam de gostar de almoçar com a equipa, e tratou de se pôr muito perto da rapariga. Para quem o via há meses sem um sorriso largo, era como se o homem tivesse renascido naquela manhã: animado, falador e seguro.
(Às vezes um amor desfeito rouba-nos tambem essa segurança.)
Quando os miudos subiram para o autocarro, ele despediu-se da rapariga. Estendeu-lhe a mão - talvez por falta de jeito - e ela deu-lhe a cara e dois beijos rápidos. Foi depois disso que ele Ihe entregou um papel e disse: «Está aqui o meu telemóvel se nos quiser visitar outra vez.»A rapariga sorriu e agradeceu, e o autocarro seguiu a sua viagem com os míudos a entoarem as canções do costume. Ao fim da tarde, o homem retomou a rotina: jantou no mesmo sitio de sempre e levou na mão a marmita com quem se tinha
amigado há meses. Chegou a casa, descalçou os ténis, despiu o fato de treino e tomou um banho. E quase teve a tentação de pensar na rapariga durante o duche, mas afastou dali a ideia. Pensou: <<É na cama
que vou ter tempo para sonhar com ela.» Sentou-se a ver televisao, comeu os restos do jantar das sete e por fim subiu até ao quarto. Foi quando viu o telemóvel. Alguém lhe tinha ligado e ele nao hesitou: respondeu à chamada. Era ela. Nessa primeira noite ficaram horas a conversar. E foi assim o resto da semana.
Até ela decidir visitá-lo no sábado. Na véspera desse encontro ele quase nao dormiu. A ansiedade afinal toma conta de nós a qualquer altura, mesmo quando estivemos tanto tempo dormentes.
O encontro correu muito bem: almoçaram, passearam e a conversa nunca se esgotava. Ela tinha menos 23 anos do que ele, mas isso só parecia aproximá-los. Ao fim de três fins-de-semana seguidos, já toda a gente na cidade comentava aquele < que os unia. Ele teve de dizer à rapariga que se ausentaria por causa de trabalho duas semanas, mas que era impossivel esquecê-la. E que já contava os dias para a ver de novo. Ela soube dele antes disso. Quando os jornais falaram de uma lipoaspiraçao que tinha corrido mal.
Oh God, make me good, but not yet!»

Melga: Mike, estou sem palavras, fantástico e já nem te pergunto mais nada. É o que se chama acabar em beleza...

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