Tanto é condenável a violência, como o jornalismo rasca, que tem dois pesos e duas medidas.
Ontem, atiraram pedras ao carro do presidente do Benfica, acto que se condena e se lamenta, mas se olharmos para as capas do Record e da Bola de hoje e as compararmos com as do dia 25 de Janeiro de 2010, dia seguinte ao jogo Estoril 0 - F.C.Porto 2, em que o carro de Pinto da Costa e o autocarro do F.C.Porto, foram também, atingidos à pedrada, podemos concluir e sem margem para dúvidas, que, para factos iguais, tratamento desigual. O pasquim da Cofina, agora, fala em terror na auto-estrada, no ano passado limitava-se a dizer que o carro de Pinto da Costa e o autocarro do F.C.Porto tinham sido atingidos à pedrada. Já a Bola, esse panfleto vermelho encardido, na época anterior, ignorava, hoje lá vem em grandes parangonas o acontecimento que afectou Vieira.
Concluindo: este jornalismo, sectário, faccioso, sem vergonha e sem ética, com dois pesos e duas medidas, que omite e branqueia nuns casos e extrapola noutros, não pode lavar as mãos de todos os problemas, graves, que atingem o futebol português. Enquanto se persistir e se tentar passar a ideia, falsa, que a violência é azul, não se respeitar os portistas e o F.C.Porto, onde, como em todos os clubes, há gente capaz de tudo, temo bastante que isto não páre. Os pasquins A Bola e Record, só nos desportivos, têm grandes responsabilidades neste acirrar de ânimos.