Cansado, mas feliz, com poucas horas de sono, cá estou, depois de ter assistido a mais uma alegria, mais uma vitória, mais uma taça conquistada, de forma brilhante. Acabamos a época como a começamos, a ganhar.
Foi uma época Histórica, que vai para o pódio das melhores de sempre, não sei em que lugar, mas sei que foi aquela que mais e maiores alegrias me proporcionou, já o disse e não me cansarei de repetir: nas emoções, a temporada 2010/2011, ocupa o primeiro lugar do pódio.
Meus caros, tinha pedido apenas mais uma forcinha, mas depois do que vi, nem sei que dizer deste jogo.
Uma equipa que joga quarta-feira e ganha uma final europeia, com tudo o que isso significa - só anormais não dão valor a um sucesso desportivo dessa dimensão -, relaxa, descomprime, festeja até às tantas; viaja na quinta para o Porto e volta a festejar muitíssimo; era para treinar na sexta, mas como os festejos de arromba, duraram mais do que o previsto, já não treinou e descansou; treinou apenas no sábado, ligeiramente e viajou para Lisboa; e espeta SEIS ao Vitória, resultado que já não acontecia desde os tempos que o Benfica ganhava provas europeias, tempos da televisão a preto e branco, anos sessenta do Século passado e quando o adversário esteve em estágio uma semana, deixa-me louco de alegria, mas dá-me um grande trabalho para segurar o EGO. O desalmado quer explodir!
Sim, sei que sofremos golos que não deviamos; que o momento do jogo foi o penalty que Beto defendeu exemplarmente e na jogada imediata fizemos o 5-2, quando poderia ser 4-3 e que a ser assim, ficaria tudo em aberto; mas não ficou e como tal nada disso conta, perante a forma brilhante como ganhamos.
Este Porto Vintage, colheita 2010/2011, é uma lição de profissionalismo, qualidade, espírito de conquista. Este grupo encarna a alma, raça e que de melhor tem o Dragão.
Parabéns, muitos parabéns a todos. Gozem bem as férias, divirtam-se. Ninguém merece mais que vocês.
O portismo agradece tantas alegrias, algumas para além do sonho.

Notas finais:
Como disse atrás, foi um dia inesquecível, onde tudo correu lindamente, mas há uma excepção e lamentavelmente, não o posso deixar de referir. Os adeptos do F.C.Porto, claramente, em maior número, apesar do Vitória ter estado muito bem acompanhado, concentraram-se na parte sul do estádio, aí estacionaram os carros e os autocarros, foi aí que piquenicaram. Natural, portanto, que na altura de entrarem no estádio, tivessem procurado a porta mais próxima do local onde se encontravam.
Assim foi e milhares de adeptos do F.C.Porto, muitas senhoras e crianças, foram apertados, pisados, perderam objectos e só não aconteceu nada de mais grave, porque não calhou. Porquê? Porque a organização do jogo, para tantos milhares de pessoas, tinha apenas duas aberturas de portas, manifestamente pouco para tanta gente. Ao verem, porque dezenas de polícias viram, as autoridades foram incapazes de resolver o problema - abertura de mais portas - e limitaram-se a ameaçar com porrada  aqueles que mais apertados e quase a serem encostados às grades, reagiram contra aquela vergonha.
É, a polícia que vai para os estádios, só sabe remediar, só vai para bater, quero dizer, prevenir não é com eles!
Senhores responsáveis deste país, o Jamor precisa de obras, precisa de ter condições para receber uma final de taça. Criem condições ou então, assumam e mudem o local da final, antes que volte acontecer uma tragédia.

Não falo do João e do Ferrari, se foi penalty de Fernando ou se o golo de Mariano era ou não fora-de-jogo. Mas continuo a pensar que na dúvida, é sempre contra o F.C.Porto.

O Porto voltou a sair à rua e a festejar. Não admira o S.João já não ser o que era...
Os homens do jogo: Beto pelo que defendeu, James pelo que marcou.

Viva a taça Latina, prova mais importante do calendário futebolístico mundial!


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