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quinta-feira, 5 de maio de 2011



É hoje, no El Madrigal, casa do Villarreal C.F., que o F.C.Porto pode carimbar o passaporte para Dublin e 7 anos depois, voltar a uma final europeia. Por tudo o que temos conseguido, cá dentro e lá fora, Liga Europa, onde contamos por vitórias todos os jogos fora de casa; porque estamos a jogar bem, motivados, moralizados, confiantes; porque alcançamos um resultado fantástico; parece coisa feita a presença do Dragão na capital da República da Irlanda. Mas não é e andará muito mal o F.C.Porto se assim pensar. Falta disputar um jogo, um jogo complicado, frente a uma equipa boa, que acredita e não é da boca para fora. Uma equipa que virá com tudo, que tentará marcar cedo, galvanizar-se, fazer história. A vantagem portista é óptima e goleadas a este nível, não acontecem todos os dias, mas para que não aconteçam surpresas desagradáveis, é necessário no El Madrigal, o melhor Porto, um Porto dos grandes dias, humilde, realista, concentrado, de fato de macaco vestido e com  vontade e o espírito correcto. Se for assim, com mais ou menos sofrimento, estaremos em Dublin. Se vestirmos o fato de gala e  jogarmos em bicos dos pés, corremos sérios riscos de ver a final pela televisão.
Posso parecer pessimista, mas como sabem, esta é a minha forma de ver as coisas. Megalomanias, fanfarronices bacocas, género, "somos os maiores, ninguém nos segura, só falta saber por quantos vamos ganhar...", não fazem o meu estilo e diz-me a experiência que esses, os que vão por aí, se as coisas correrem mal, são os primeiros a baixar o pau.

O árbitro é o italiano Gianluca Rocchi, auxiliado pelos seus compatriotas, Cristiano Copelli e Elenito Di Liberatore.

Convocados do F.C.Porto:
Guarda.redes, Helton e Beto;
Defesas, Sapunaru, Rolando, Otamendi, Álvaro, Maicon e Sereno;
Médios, Fernando, Moutinho, Guarín, R.Micael e Souza;
Avançados, Varela, Falcao, Hulk, James, Walter e C.Rodríguez.

Equipa provável: Helton, Sapunaru, Rolando, Otamendi e Álvaro, Fernando, Guarín e Moutinho, Varela, Falcao e Hulk.

Dossier de imprensa da UEFA, muito completo, aqui

Antevisão de André Villas-Boas:
Futebol de ataque
“A nossa identidade será a mesma. Não temos feito alterações nos nossos jogos em termos de filosofia de jogo. Jogamos quase sempre em 4-3-3, com um futebol de ataque. O facto de não alterarmos a filosofia é um dos nossos orgulhos e é isso que vamos fazer, para tentar estar na final, que é o que nos interessa. O caminho é mais fácil quando se acredita na vitória. O Villarreal também abriu a frente de ataque no Dragão, mas depois demos a volta ao jogo. Eles têm uma dinâmica muito boa, mas nós temos uma identidade sólida da qual não abdicamos.”

Adversário de respeito
“É uma realidade que já aconteceram ‘remontadas’ no passado que nos levam a estar alerta. O Villarreal é uma equipa magnífica, que respeitamos ao máximo. Sabemos que revertemos uma eliminatória da Taca de Portugal, portanto eles também terão um sentimento de crença. Porém, queremos chegar à final. Neste ano temos conseguido jogar em ambientes adversos, reagindo com bons resultados.”

Sofrer quatro golos?
“Seria a primeira vez que sofreríamos quatro golos esta época, mas não é impossível que aconteça. Acreditamos na nossa competência. Esta temporada sofremos três derrotas em 53 jogos e isso pode acontecer aqui, mas temos argumentos para superar os obstáculos. Queremos estar no máximo da nossa competência.”

Dúvidas no “onze”
“A questão do Moutinho jogar ou não pode invadir sentimentos de jornalistas e adeptos, mas quem está às portas de uma final não pode facilitar. Nunca facilitamos. Quem entrar em campo dar-nos-á todas as garantias de sucesso. Amanhã se verá a equipa.”

O sonho da Taça
“O percurso do FC Porto é óptimo. Se conseguirmos adicionar mais impacto a esta época magnífica ainda melhor. Os jogadores sentem também um grande amor pelo símbolo que levam ao peito.”

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