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terça-feira, 27 de março de 2012


F.C.Porto em Paços de Ferreira:
Helton, Sapunaru, Rolando, Otamendi e Alvaro, Defour, Moutinho e Lucho, Hulk, Janko e James.
Alguma coisa a apontar? Devia ter jogado Fernando, mesmo tendo vindo de uma lesão e tendo feito só  treino condicionado na semana do jogo? Ao intervalo saiu Defour e entrou o Polvo. Nada contra, pois não? Mais tarde saiu Janko e entrou Kléber. Mais valia ter ficado o austríaco, Kléber não acerta uma, foram algumas das críticas que li e ouvi. Aqui a minha opinião é diferente: Vítor Pereira, a ganhar, devia ter sido fiel aos seus princípios e não tentar agradar a alguns adeptos que querem sempre o chamado ponta-de-lança na equipa. Para mim, entrava Varela, saía Janko e Hulk passava a jogar mais pelo meio. Fundamental ter bola, segurá-la, aproveitar o contra-ataque. Depois do empate, então sim, Kléber, para ter alguém na área e saía Lucho, Varela de um lado, Hulk do outro, James mais atrás, no lugar de Lucho. O colombiano teve sempre liberdade para jogar pelo meio, nunca esteve agarrado à linha. A substituição de Sapunaru por Varela, aos 88 minutos, não percebi.
Feita esta análise, fácil depois do jogo, vamos ao jogo jogado. Primeira-parte fraca, lenta, futebol previsível, resultado ajustado, mas as melhores oportunidades a serem do F.C.Porto.
Segunda, golo do F.C.Porto logo ao começar - Luizinho na própria baliza -, domínio total do Campeão, várias e claríssimas oportunidades para aumentar a vantagem e matar o jogo, mas tremenda falta de eficácia -
é preferível marcar com o traseiro ou de bico, que notas artísticas que se perdem nas mãos do guarda-redes, nas traves ou saem ao lado. A juntar a isso, um golo sofrido de forma inacreditável, num canto e um jogador de 1:71 a levar a melhor frente a quem tem mais 15 cm de altura.
Resumindo: 
claras melhorias em relação ao jogo da Choupana, empate, resultado injusto, muito mais por culpa de quem jogou do que quem treinou. Mais uma vez, salvo raras excepções, culpas todas no treinador, jogadores absolvidos. São os mesmos que ganharam tudo o ano passado, já deram provas e Vítor Pereira não, dizem alguns. Pois são, mas este ano parecem conformados, mesmo perante a conquista de mais um título. Não estão com o treinador, ele não serve, mas nem perante a perspectiva da conquista de mais um título, arregaçam as mangas? Os grandes, os que já ganharam tudo, continuam a querer ganhar mais e mais, alguns dos nossos já estão realizados. No futuro é que vão dar valor ao que deixaram para trás...
Como tese: 
pior treinador do mundo pode ser campeão se os jogadores quiserem muito, tiverem a atitude correcta, forem unidos solidários, estiverem dispostos a tudo para ganhar. O melhor treinador do mundo não ganha nada se os mesmos jogadores não quiserem nada.

Nota final sobre o Braga:
Após vencer o Académica por 2-1, resultado manifestamente injusto para a Briosa - no mínimo, merecia o empate - e conseguir a décima terceira vitória consecutiva - não me lembro de outro clube, para além dos três grandes, ter conseguido um feito igual...-, o Braga chegou-se à frente, é líder isolado. Agora as coisas vão apertar, a pressão aumentar, os minhotos já não podem correr por fora, estão bem dentro. Vêm aí dois jogos, Benfica na Luz e F.C.Porto na Pedreira, em que se vai ver se o Braga é ou não, um candidato consistente - se saírem por cima depois nesses dois jogos, serão, sem dúvida. Mas, independentemente do que vier a acontecer - como é óbvio, quero que ganhem ao Benfica, percam com o F.C.Porto, fiquem atrás do F.C.Porto e à frente do clube do regime -, excelente trabalho de Leonardo Jardim. Curiosamente e é por isso que no futebol não devemos ser absolutistas, há meses atrás era assobiado, muito contestado, disseram-me, esteve por um fio. É, no futebol os treinadores passam muito rapidamente de bestiais a bestas e vice-versa.

Mais uma grande lambidê-la do reco-reco anormal, a Vieira, a merecer uma resposta como levou aqui, mas não me apetece.

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