Faz agora um ano,
Villas-Boas tinha abandonado o
F.C.Porto, assinado pelo
Chelsea e queria
Alvaro Pereira. O
F.C.Porto não aceitou a proposta do clube inglês,
22 milhões de euros, diz o empresário de
Palito. Já o referi, mas as razões, penso eu, passaram muito pelo facto de
Alex Sandro não ter feito pré-época
- esteve no Mundial sub-20 -, não poder fazer a integração natural no
F.C.Porto e para além disso, veio lesionado;
Rafa ainda não ter recuperado da grave lesão; não ser possível a vinda de
Danilo em
Agosto, o que permitiria, com a passagem de
Fucile para a esquerda, resolver o problema; algum mau estar em relação aos londrinos, pela saída, há última hora, do
Libras. Foi uma opção, um acto de gestão, que à posteriori se viria a revelar errado, mas que não me atrevo a criticar. Primeiro, porque ninguém esperaria o que veio a acontecer; depois, porque quando o
F.C.Porto, com todas as dificuldades inerentes a um clube que não é rico, coloca em primeiro lugar a parte desportiva, eu só tenho de me congratular.
Alvaro não saiu e não gostou, como não gostou o
A.Savich, o seu empresário, que não se cansa de repetir os valores do negócio, como se a
SAD do F.C.Porto fosse obrigada a prestar-lhe contas pelos actos de gestão que pratica.
Foi isto que aconteceu e se é compreensível, da parte do jogador, algum desconforto, os valores que iria auferir eram bem mais altos, a partir do momento que a decisão foi tomada e o mercado fechou,
Alvaro Pereira tinha de ultrapassar o desconforto, ser profissional, não andar, como andou, uma época amuado, jogando claramente abaixo do seu rendimento normal, tendo atitudes lamentáveis, com o corolário a serem as atitudes em
Barcelos e no jogo de
Braga, recorde-se, muito importante na caminhada do
F.C.Porto para o título. Se
Alvaro tivesse ultrapassado a azia, rendesse o que estava aos eu alcance, agora, digo eu, já devia estar noutro lado, como não foi assim, as coisas são mais difíceis, os mercados estão mais fechados e a situação não é boa para ninguém.
Palito está no
F.C.Porto, até vai ao banco, mas não joga e isso, naturalmente, dá aso a especulações. Aceito que este assunto tem de ser gerido com pinças, os superiores interesses do
F.C.Porto obrigam a que tenhamos uma paciência de
Jó, mas nunca por passarmos pelos maus da fita. Está o internacional uruguaio com a cabeça completamente fora do
F.C.Porto, não trabalha bem, está a forçar a saída? E se não houver propostas razoáveis, como devemos agir? Vendê-lo, nem que seja por valores abaixo dos mínimos exigíveis? Não ceder, correndo os riscos de ter, mais uma época, um foco de instabilidade no grupo? Não sei, faltam-me dados, mas às vezes é preferível perder alguma coisa, mas tornar o ambiente mais respirável.
Um Palito igual ao de 2011/2012, por favor, não!
Sapunaru:

Não é uma estrela, tem limitações técnicas, falhas de concentração que às vezes fazem perder a paciência ao mais calminho dos adeptos, mas, pior ou melhor, foi cumprindo, tendo feito uma excelente
2010/2011 sob o comando de
Villas-Boas. Começou a temporada anterior fazendo parte das opções de
Vítor Pereira. Mas a partir de um certo jogo que esteve muito mal, não jogou o seguinte, lesionou-se e como não havia alternativa, avançou
Maicon, uma adaptação que não correu mal, ficando o romeno de fora, mesmo quando já estava em condições para jogar. O treinador justificou a opção com rendimentos no trabalho diário, mais garantias de
Maicon, naquele momento.
Sapu voltou, contra muitas previsões, também porque
Danilo se lesionou, fez a parte final da época. Agora não conta. Como não estou lá dentro e não alimento boatos, acredito que as razões para o seu afastamento serão pertinentes.
Belluschi:

É um jogador de que gosto, apesar de certa irregularidade e por isso lhe chamei o
craque intermitente; torci para que viesse e fiquei contente quando ingressou no
F.C.Porto. Apesar de ser
utilizado regularmente por
Vítor Pereira, umas vezes entrando início, outras como suplente utilizado, isso não chegava, queria jogar sempre, ficar sempre em campo, mesmo a render pouco, como aconteceu em alguns jogos. Não aceitava e certas atitudes na época passada, de contestação constante e pública, quando era substituído, revelando de falta de respeito pelas opções do treinador e pelo colega que o substituía ou manifestando pouca vontade para ir ao banco, como se o contrato obrigasse à titularidade, estiveram na origem da sua saída em
Janeiro e explicam que não conte para esta época, digo eu e já previa
aqui. Lamento, mas
Belluschi teve muitas responsabilidades na matéria. Acho até que, se arrependimento matasse, o argentino nunca teria tido certos comportamentos, manifestado vontade de sair. Alguns, lamentavelmente, só depois de verem outras realidades, tomam verdadeira consciência do que deixaram para trás.
A partir desta opção, acho bem que treinem à parte. Jogadores que é certo, não fazem parte das opções, não devem treinar com o grupo. Não é saudável, digo eu, porque diziam treinadores que passaram pelo
F.C.Porto, alguns que tentaram e não conseguiram ter os dispensados fora do plantel, dizia aquele que quando chegou ao
F.C.Porto acabou com isso.
Alvaro continua junto aos colegas e eles não? Especulando, talvez com o
Palito ainda se possam salvar os dedos e no caso de
Belluschi e Sapunaru, já não há salvação possível.
Uma pergunta que indirectamente tem a ver com o post:
Porque será que
José Bosingwa, internacional português e campeão europeu, mesmo a custo zero, ainda não tem clube?
Nota final:
Neste
post estava convencido que a saída de
Alvaro Pereira estava iminente. Lamentavelmente não foi assim...