Depois do F.C.Porto 1 - PSG 0, com as loas ao F.C.Porto a virem de todos os lados, algumas conclusões podemos tirar: não teremos o melhor plantel dos últimos anos, mas com a atitude correcta, temos uma excelente equipa, capaz de vencer até os mais fortes; que mesmo perdendo grandes jogadores - por exemplo e só para lembrar os mais recentes, Falcao e Hulk -, logo aparecem outros a brilhar e a encantar, alguns que se não acontecer nenhuma anormalidade, também vão render muita pasta, fundamental para que o projecto tenha continuidade sustentada; mas também treinadores - fomos pioneiros quando transferimos e recebemos por isso, José Mourinho, considerado por muitos o melhor de todos - apesar dessa obrigatoriedade, própria de um clube grande, de um país pequeno, falido e centralista, há uma cultura F.C.Porto que se vai mantendo, com maiores ou menores dificuldades, como imagem de marca e permite que o Dragão continue no topo. 
É uma cultura sustentada em raízes profundas e sólidas, ganhadora que pode sofrer um ou outro abalo, natural num clube de tanto e há tantos anos, sucesso desportivo, mas que faz do grande clube da Invicta o melhor de Portugal. Cultura que lhe permite continuar a olhar nos olhos os melhores, espantar, ser elogiado e respeitado, lamentavelmente, mais lá por fora que cá dentro. Também faz parte da marca F.C.Porto o perfil recatado dos seus profissionais - cada vez mais difícil neste tempo de Twiter, Facebook, etc -, a humildade e o respeito pelos adversários, como se tem visto na forma séria e sem arrogância, com que se têm referido ao Sporting, conscientes que em futebol não há vencedores antecipados e que um leão, mesmo ferido e em grandes dificuldades, merece todo o respeito.

Um F.C.Porto assim, mantendo este rumo, tem futuro, mesmo a curto prazo, mesmo num ano de desinvestimento e numa aposta em jovens de potencial, mas que ainda precisam de crescer. Um F.C.Porto assim, acha piada ao destaque que os porcos da bola dão às declarações, naturais e com todo o respeito, de Danilo. Um F.C.Porto assim, agradece a exigência e a crítica construtiva, objectiva, equilibrada e sensata dos portistas, mas rejeita o bota abaixo à primeira contrariedade, o insulto gratuito aos que servem com dedicação e profissionalismo.

O vídeo, muito feliz, diz muito do que é ser PORTO, esta paixão que nos alimenta a alma.