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terça-feira, 6 de novembro de 2012


Com Abdoulaye no lugar de Maicon, numa aposta de risco, mas que resultou totalmente - ganhamos um central de futuro e para o futuro - e com a já previsível entrada de Defour no posto do outro lesionado, Fernando, o F.C.Porto começou por aguentar a entrada forte e pressionante do Dínamo, sofreu, mas rapidamente foi capaz de se recompor, equilibrar, controlar, até dominar, sendo mais equipa, durante quase todos os 90 minutos - a excepção foram os primeiros 10 minutos da primeira-parte e um período da segunda em que o conjunto ucraniano, com a obrigação de vencer, criou um ou outro lance de perigo, mas sem ter oportunidades claras. 

Limitada por três ausências importantes e ainda com Helton e Lucho sem estarem nas melhores condições físicas, a equipa de Vítor Pereira, fez um jogo sério, teve atitude, organização, funcionou colectivamente e mesmo não sendo contundente no ataque, pertenceram-lhe as melhores oportunidades de golo - na etapa inicial por Jackson, que mesmo tocado, obrigou o guarda-redes adversário a uma excelente defesa e na segunda, por Varela que atirou rente ao poste. Foi um Porto pragmático, objectivo, consciente que podia ganhar, mas que o empate também servia, aquele que esta noite conseguiu, a duas jornadas do fim, garantir o apuramento para os oitavos-de-final. 
Estamos de parabéns.

Notas finais:
Estamos na fase seguinte, já garantimos 15 milhões e 600 mil euros, ainda podemos ganhar bem mais. É um regresso à normalidade, depois de na época passada não termos estado ao nível habitual na prova rainha da UEFA. Primeiro objectivo, embora e para já, mínimo, foi atingido. O sonho continua e ainda não paga imposto.

Sendo este ano um ano de desinvestimento, apostando em jovens, alguns como Atsu, Abdboulaye, Castro, Iturbe, Danilo, por exemplo, nunca tinham jogado na Champions, este Porto, de Vítor Pereira, se tem jogadores de qualidade, destaca-se pelo conjunto. Hoje, mesmo desfalcada de três peças, a máquina funcionou e isso significa que os princípios estão lá, independentemente de quem joga. Mérito de um treinador que tem crescido e tem provado que tem capacidade. Pena que ainda hajam alguns que não pensem assim. Têm direito a pensar doutra maneira, mas não têm, como aconteceu frente a este mesmo Dínamo, no Dragão, de insultar do piorio, um profissional sério, dedicado e competente. Se eu fosse dirigente do F.C.Porto identificava-os e nunca mais entravam no Dragão. Isso não é portismo.

Abdoulaye, alto, rápido, valente, só precisa de refrear certos ímpetos para vir a ser um central de referência, na tradição de bons centrais que a formação deu ao plantel principal. Beneficiou de ter ao lado um Otamendi a mostrar as razões porque o F.C.Porto pagou tanto por ele. Está muito bem.

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