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sábado, 10 de novembro de 2012


Não seria preciso que a Académica tivesse conseguido um feito digno de registo e derrotasse o Atlético de Madrid, que já não perdia para as provas europeias há muito tempo, 16 jogos?, para que o F.C.Porto estivesse prevenido e consciente das dificuldades que a equipa dos estudantes lhe vai criar. Não, já na época passada, quer para a Taça de Portugal - portistas derrotados em Coimbra por 3-0 e fora da prova -, quer para o campeonato - empate a um no estádio do Dragão -, a equipa de Pedro Emanuel não foi fácil de aturar. Por isso, no fim da tarde de amanhã - 18 horas, uma hora, para mim, excelente para ir à bola -, temos de manter o nível dos últimos jogos, aproveitar e manter o entusiasmo e a confiança que temos sabido conquistar. Respeitar a equipa que nos visita, sim, mas com a certeza que se formos Porto, na atitude, na qualidade e no espírito de equipa, por mais problemas que a boa equipa da Académica nos crie, venceremos.
Os tempos estão muito difíceis, mas este Porto vale a pena o sacrifício. E como a hora é boa...
 
O árbitro é Hugo Pacheco, auxiliado por João Silva e Pedro Ribeiro

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Helton e Fabiano;
Defesas, Danilo, Miguel Lopes, Abdoulaye, Otamendi, Rolando e Mangala;
Médios, Lucho, Moutinho, Defour e Castro;
Avançados, Atsu, Jackson, Iturbe, Kelvin, Varela e James.

Equipa provável:
Helton, Danilo, Abdoulaye, Otamendi e Mangala, Defour, Moutinho e Lucho, Varela, Jackson e James

Antevisão de Vítor Pereira:
Adversário rápido e perigoso
"O jogo com a Académica é complicado. Mais difícil ainda, depois da vitória moralizadora que conseguiu frente ao vencedor da Liga Europa. É uma equipa especialmente rápida nas transições e que se sente mais à vontade frente a equipas como a nossa, que preferem a posse. Pode tornar-se um adversário muito perigoso, mas estamos preparados para o superar."

Jogo de muito trabalho
"Somos uma equipa muito consciente da qualidade que tem. Se não impusermos um ritmo forte, se individualmente não estivermos inspirados e colectivamente não estivermos ligados, então sentiremos grandes dificuldades para vencer. É um jogo de muito trabalho, mas sinto a equipa muito séria, empenhada e que não se deslumbra."

Sem transfer
"Não esquecemos o resultado da época passada [n.d.r.: empate a um golo], mas este ano estamos a jogar um futebol diferente, no meu ponto de vista mais consistente e, assim sendo, creio que não há muitas razões para fazer o transfer do jogo da época passada para este. Queremos, fundamentalmente, somar mais três pontos."

Kiev confirmou qualidade
"Gosto de trabalhar com plantéis curtos, mas também me posso dar a esse luxo, porque temos um departamento médico de excelência, que faz milagres. Este plantel, apesar de curto, oferece qualidade e o jogo de Kiev, que confirmou a minha antevisão, é a prova disso mesmo."

Fadiga versus confiança
"Muitas vezes, a fadiga reflecte-se muito mais no aspecto emocional do que no físico. A vitória da Académica sobre o Atlético de Madrid transmite muita confiança aos seus jogadores. Por outro lado, nós, embora não tenhamos ganho, conseguimos o apuramento para os oitavos-de-final da Champions, o que também é um bom tónico. Queremos evoluir mais na dinâmica do jogo, mas tê-lo conseguido transmite-nos a ideia de que estamos no bom caminho."

Juventude madura
"O facto de termos apresentado em Kiev a defesa mais jovem da Champions reflecte, em primeiro lugar, a capacidade que este clube tem de se renovar continuamente sem perda de resultados e rendimento. A todo o momento fabrica jogadores. Estou satisfeito com a juventude e com a maturidade revelada pelos jogadores."

O individual apoiado no colectivo
"Fico muito orgulhoso quando se fala deste ou daquele jogador, porque a equipa sustentou a sua qualidade. O jogador evidenciou-se apoiado por um colectivo. Daí a consistência com que nos apresentamos. Mas queremos mais, com dinâmicas mais fortes."

Lucho "Speedy" González
"Por questões físicas e anatómicas, o Lucho pode ser mais lento, mas, do ponto de vista mental e de capacidade de decisão, é dos mais rápidos que eu conheço. É dos que interpreta mais depressa. Para mim, é rapidíssimo. Sacrifica-se pela equipa, colocando-a acima de tudo e é natural que tenha registos desse género [n.d.r.: é o jogador do FC Porto com maior distância percorrida em quatro jornadas da Liga dos Campeões]."

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