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domingo, 30 de dezembro de 2012


É preciso dizer que foi um excelente jogo e não podia ser melhor para recuperar da pausa natalícia. Pelo ritmo, pela competitividade, porque foi preciso mostrar carácter, dar o corpo ao manifesto, ir à procura do prejuízo, tudo com pouca artilharia e com alguns contratempos que não ajudaram em nada a equipa portista.
Entrando forte e dando sinais que ia para ganhar, o F.C.Porto teve sempre pela frente uma equipa bem organizada, aguerrida, pressionante, recuada, mas que mal recuperava a bola, era sempre rápida a sair para o contra-ataque, principalmente pelas laterais. Do lado da equipa de Vítor Pereira, na primeira-parte, a defesa, Helton excluído, não esteve segura - Otamendi nem parecia o mesmo e os laterais nunca deram profundidade; o miolo, com Fernando muito junto aos centrais, Lucho e Moutinho melhores, mas pouco, não produziu grande jogo; e o ataque, tirando Jackson, raramente teve Varela e nunca teve Kelvin - com Atsu de partida para o CAN, compreende-se que o treinador do F.C.Porto tenha lançado Kelvin para ver com o que podia contar. Pela amostra, não pode contar com muito, o jovem brasileiro não fez nada de relevante, desperdiçou uma boa oportunidade para mostrar serviço, dizer que é alternativa. O Estoril adiantou-se, mesmo sem ter feito nada por merecer, o F.C.Porto empatou por Jackson e pouco mais houve que mereça destaque, numa primeira-parte que sem ser bem jogada, foi entretida.

Na etapa complementar e sem o ponta-de-lança colombiano - com a lesão de Kléber é tipo único, por isso, tem de ser tratado com pinças e não se podem correr riscos -, substituído por Defour, foi um Porto atípico, com Varela no meio do ataque, Kelvin sobre a esquerda, Lucho próximo de Varela, Defour a cobrir as entradas de um Danilo muito mais profundo pela direita. Estava o jogo como no primeiro tempo e depois de Helton ter evitado o 2-1, Otamendi foi traído por um ressalto no terreno que alterou a trajectória da bola, fez penalty e a equipa da linha voltou à vantagem. Novamente a ter de recuperar e sem grandes alternativas no banco, Vítor Pereira fez entrar Atsu para o lugar de Fernando - jogou muito pouquinho... mais tarde entraria Seba para o lugar de Kelvin - e o F.C.Porto voltou a ter de mostrar de que massa é feito, para manter a possibilidade de depender apenas de si para seguir em frente. Com carácter e embora mais com o coração que com a cabeça, a equipa portista arriscou, criou duas boas oportunidades - Moutinho e Lucho - e à terceira, já quase em cima dos 90 minutos, João Moutinho num grande remate fora da área, empatou, para desespero da dupla da TVI, colocando justiça no resultado.

Resumindo, embora o F.C.Porto dominasse e tivesse mais bola, o empate, tudo somado, acaba por se aceitar e mantém o F.C.Porto na luta palas meias-finais, de uma Taça que dá sinais de querer deixar de ser SLB - Senhor Lucílio Baptista - para passar a ser SCM - Senhor Cosme Machado.
Por falar em árbitros, se no jogo do Estoril, na dúvida, sempre contra o F.C.Porto, em Braga, o Porto B, mais uma vez, foi claramente prejudicado, com Paulo Baptista a invalidar, por indicação do seu auxiliar, um golo cristalino ao F.C.Porto.


Inenarrável a transmissão da TVI, onde a um marreta, Fernando Correia, se junta um anti-portista primário  e desonesto, incapaz de ver alguma coisa a favor do F.C.Porto, o nosso bem conhecido João Manhoso.
 
Paulo Futre, muito oportuno, fala dos efeitos da pausa natalícia 




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