domingo, 17 de março de 2013
Porque era o primeiro jogo após uma derrota e consequente eliminação da Champions, que, queiramos ou não, deixa sempre marcas; também porque era um jogo muito importante, fundamental em termos de campeonato - nem preciso de dizer porquê; a questão que se colocava, era: que Porto no sempre difícil Caldeirão dos Barreiros? Um Porto de cabeça limpa, consciente da importância do jogo, preparado para ganhar, mesmo que fosse preciso abdicar de nota artística e assim, manter a chama acesa e continuar a depender apenas de si para conquistar o título? Ou um Porto ainda a curar feridas, timorato, sem alma e sem força anímica, esvaziado e a baixar os braços? Não foi um grande Porto, mas foi um Porto que fez tudo para ganhar e só não ganhou porque e mais uma vez, Jackson na hora da verdade, falhou mais um penálti. Podemos ficar a 4 pontos da liderança, ficar a depender dos outros para atingir o principal objectivo da época, mas como não aceito que se crucifique sempre o mesmo, Vítor Pereira, também não vou crucificar Cha Cha Cha que se tem marcado o penálti frente ao Olhanense e hoje, estávamos no topo da Liga. Aliás, não tenho nada a dizer acerca da entrega e da atitude do conjunto azul e branco na triste noite dos Barreiros.
Na equipa que iniciou o jogo, Vítor Pereira manteve e bem, Defour, agora no lugar do lesionado João Moutinho, dando-lhe oportunidade de se reabilitar; fez entrar James para a posição que foi do belga em Málaga, mas mais adiantado e com outras funções; tirou Varela e meteu Atsu; não mexeu na defesa, guarda-redes incluído. Nada a dizer, apenas se podia colocar em causa a entrada de início de Alex Sandro, atendendo ao grande estouro que o lateral brasileiro deu na Andaluzia. Só que parece sina, logo aos 5 minutos Atsu lesionou-se e teve de entrar Varela.
Entrou bem o bi-campeão, impondo o seu futebol de posse, dominou, encostou o Marítimo lá atrás, mas criou pouco perigo, muito porque James estava recuado e se o meio-campo era portista, faltava gente na frente, no apoio a Jackson que continua a complicar. Só que a partir dos 20 minutos os insulares equilibraram e o jogo tornou-se repartido, muito jogado no sector intermédio, poucos lances na área, guarda-redes poucas vezes chamados a intervir. Estava o jogo assim, quando o F.C.Porto numa bela jogada entre Varela, Defour, com Jackson a deixar passar para James concretizar, a equipa de Vítor Pereira chegou à vantagem, resultado que nessa altura o conjunto madeirense não merecia. Mas tudo acontece à equipa azul e branca e numa jogada que parecia morrer na defesa portista, Mangala caiu e falhou a intercepção, Suk dominou e à saída, a medo de Helton, marcou. Empate, resultado que se aceitava ao intervalo. Nota para um a jogada na área dos verde rubros, com Lucho a cair e a reclamar penálti. Não sei se foi ou não, mas há uma coisa que tenho a certeza, o capitão do F.C.Porto, não simulou e por isso, não merecia amarelo. Capela, aos jogadores do Marítimo, avisava, aos portistas, mostrava cartão.

Mas como matematicamente ainda é possível, não atiro a toalha, embora reconheça que estamos numa situação muito complicada - escrevo antes de saber o resultado do Guimarães-Benfica
Foi uma semana de difícil digestão, mas que não abala as minhas convicções, nem a diminuiu a minha paixão pelo F.C.Porto. Como disse em Estarreja, o Presidente Pinto da Costa, os portistas vêem-se nos momentos maus, nos bons momentos, é fácil, tudo é um mar de rosas.
Portanto e concluindo, os vampiros e os abutres, aqui, não passam!