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segunda-feira, 22 de julho de 2013


Em Puerto La Cruz, Venezuela e no primeiro jogo da digressão pela América do Sul, o F.C.Porto com uma primeira-parte fraca e uma segunda a um nível bem mais aceitável, venceu com justiça e por uma vantagem que me parece correcta, talvez com mais um ou outro golo para cada lado.
Entrando de início com Fabiano, Fucile, Maicon, Mangala e Alex Sandro, Fernando e Defour, Carlos Eduardo, Iturbe, Ghilas e Varela, o conjunto de Paulo Fonseca, nos primeiros 45 minutos, deu uma pálida imagem do seu valor. Se o calor, a humidade, o jet-lag e até o terreno, são atenuantes que devem ser tidas em conta, também é verdade que frente a um adversário melhor adaptado, aguerrido, rápido a sair para o contra-ataque, o F.C.Porto apareceu mal organizado, a dar demasiado espaço, amorfo, desconcentrado, incapaz de pegar no jogo e vincar a sua sua maior qualidade individual e colectiva. Assim, não admira que o conjunto venezuelano tenha chegado à vantagem e tenha ido para o intervalo a ganhar, justamente, por 1-0, apesar do golo ter nascido de um erro primário de um Mangala com a cabeça no ar.

Com Danilo no lugar de um Fucile diferente, para pior, do jogo na Suiça; Lucho no lugar de Carlos Eduardo mais solto que anteriormente, mas pouco intenso e incapaz de ser o pivot que a equipa precisava;  Jackson a substituir Ghilas que raramente teve bola em boas condições e quando teve nunca fez nada de relevante; o F.C.Porto, ficou por cima, empatou - Jackson, após magnífica assistência de Danilo - e apesar de ainda voltar a cometer mais um erro primário, que lhe custou ficar novamente em desvantagem, rapidamente voltou a empatar - Mangala, após passe de cabeça de Cha Cha Cha - e depois, apesar de uma ou outra desconcentração, com naturalidade marcou mais 2 golos - por Varela -, desperdiçou mais 3 ou 4 e ganhou bem. Para a superioridade portista se acentuar, a qualidade melhorar e a vitória surgir, muito contribuíram as acelerações de Varela, em muito bom momento; um Danilo mais profundo e melhor que o seu colega que jogou a primeira-parte; a rapidez e os os cruzamentos de um Iturbe(o) em grande plano; um Lucho de luxo; mais Fernando; um Defour sempre em bom nível; e um ponta-de-lança que faz a diferença.
Fabiano, dentro dos postes, é bom, fora deles, precisa de melhorar muito. Apesar do erro de Mangala, foi lento a sair e quando chegou era tarde. Repetiu o erro, vá lá, sem consequências, na segunda-parte, em mais uma saída em falso.
De Fucile e Mangala já disse tudo; Alex Sandro sem ser exuberante, foi o melhor defesa, até entrar Danilo; Maicon, demasiados saltos altos para o meu gosto. Lento, emperrava, quando a equipa pedia curto, jogava longo, mal a defender. Precisa voltar a pôr os pezinhos no chão e voltar a ser o Maicon que surpreendeu na 1ª época de Vítor Pereira.
Herrera que substituiu um excelente Defour, enquanto teve Polvo, cumpriu, quando não teve Polvo e teve Castro, piorou. Culpa própria e culpa de Castro, sempre um frenesim.

Concluindo:
Se no processo ofensivo, houve confirmação do que de bom já se tinha visto contra o Marselha - a equipa ataca bem e com muitos, cria lances de golo e marca muitos golos - no processo defensivo, voltamos a cometer os mesmos erros que já se tinham visto em Sion. Frente aos franceses não sofremos golos, apenas por acaso, na partida de hoje, sofremos 2 e podíamos ter sofrido mais. Se o ataque ganha jogos e a defesa campeonatos, é importante que Paulo Fonseca trabalhe os aspectos defensivos e aí, mais que a defesa, o problema talvez esteja na organização do meio-campo. Fernando e já não é de agora, rende bem mais sozinho que com alguém ao lado. Sendo assim, que tal voltar à fórmula do passado recente e esquecer a inversão do triângulo? Digo eu...
Para além de tudo, realçar a importância da vitória para manter o prestígio intacto e dar uma alegria aos emigrantes que receberam a comitiva portista com grande entusiasmo e carinho.
Realçar também, que estes jogos são de preparação, servem par ver defeitos e corrigi-los; aperfeiçoar, se possível, o que já está bem.

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